domingo, 19 de outubro de 2025

 A imagem serve como um alerta contundente para empresas, líderes e colaboradores sobre a importância de criar ambientes de trabalho saudáveis e de reconhecer os danos profundos que o assédio e o estresse podem causar. É uma chamada à ação para uma cultura organizacional mais humana e empática.




 O ASSÉDIO PODE GERAR TRAUMAS?


Sim, o assédio pode gerar traumas. Seja ele moral ou sexual, é uma forma de violência psicológica que pode levar a um estresse crônico e intenso, com profundos impactos no funcionamento mental e físico da vítima.O trauma do assédio é muitas vezes descrito como uma ferida psicológica que, se não tratada, pode deixar efeitos duradouros. É fundamental que as vítimas busquem apoio psicológico, médico e, se for o caso, orientação legal.
O trauma psicológico afeta o cérebro de formas complexas, alterando a estrutura, a função e a conectividade de áreas chave envolvidas na emoção, memória e tomada de decisão.
Quando uma pessoa passa por um evento traumático (como o assédio), o cérebro ativa o seu sistema de "luta, fuga ou congelamento", e essa experiência intensa pode deixar "marcas" duradouras, especialmente se o trauma for repetitivo.

Entre as consequências do assédio estão:
.Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT)
.Depressão e Ansiedade
.Danos à Saúde Mental: Perda de autoestima e autoconfiança, insegurança, sentimentos de vergonha, e em casos mais graves, pensamentos suicidas.
.Sintomas Físicos (psicossomáticos): Dores de cabeça, insônia, problemas gastrointestinais, palpitações, dores no corpo e até mesmo a Síndrome de Burnout ou fibromialgia.

As principais alterações cerebrais observadas em vítimas de trauma (TEPT) envolvem o Circuito do Medo e da Memória:
1. Amígdala (O Alarme do Medo)
.O que faz: É a central de processamento das emoções, especialmente o medo e ansiedade.
.Efeito do Trauma: Torna-se hiperativa e aumentada em volume/atividade. O "alarme" do cérebro dispara com mais frequência e intensidade, mesmo em situações que não são realmente perigosas, levando à hipervigilância (a pessoa está sempre em estado de alerta), ataques de pânico e medo exagerado.
2. Hipocampo (A Central da Memória)
.O que faz: É crucial para a formação e recuperação de memórias contextuais (lembrar quando e onde algo aconteceu) e para regular a resposta ao estresse.
.Efeito do Trauma: A memória do evento traumático não é armazenada corretamente como uma lembrança do passado, mas sim como uma ameaça contínua no presente. Isso explica os flashbacks (revivência do trauma como se estivesse acontecendo de novo),dificuldades de memória e concentração.
3. Córtex Pré-Frontal
.O que faz: É responsável pelas funções executivas (raciocínio lógico, o controle dos impulsos, a regulação emocional e tomada de decisões).
.Efeito do Trauma: Tende a ter menor atividade (hipoativação). Quando o alarme da amígdala dispara, o córtex pré-frontal não consegue intervir e acalmar a situação. Isso dificulta o controle das emoções, resulta em reações impulsivas e prejudica a capacidade de pensar com clareza ou de "sair" do estado de medo.
4. Desregulação Hormonal (Eixo HPA)
O trauma prolongado leva a uma disfunção do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA), que controla a resposta ao estresse,podendo alterar o cortisol (hormônio do estresse).