TRANSTORNOS
MENTAIS
Durante séculos as pessoas com
sofrimento mental foram afastadas do resto da sociedade, algumas vezes
encarcerados, em condições precárias, sem direito a se manifestar na condução
de suas vidas. Hoje em dia, as atitudes negativas os afastam da sociedade de
maneiras mais sutis, mas com a mesma efetividade. Você provavelmente conhece
alguém que tem problemas mentais.
Transtornos mentais como a
ansiedade, depressão, distúrbios alimentares, uso de drogas e álcool, demência
e esquizofrenia, pode afetar qualquer pessoa em qualquer época da sua vida. Na
realidade, elas podem causar mais sofrimento e incapacidade que qualquer outro
tipo de problema de saúde.
Apesar disso, pessoas com essas
condições, muitas vezes atraem medo, hostilidade e desaprovação em vez de
compaixão, apoio e compreensão. Tais reações não somente influem para que se
sintam isolados e infelizes, como são impedimentos para que busquem ajuda
efetiva e tratamento. A saúde mental é componente chave de uma vida saudável.
O termo “doença mental” ou
transtorno mental engloba um amplo espectro de condições que afetam a mente.
Doença mental provoca sintomas tais como: desconforto emocional, distúrbio de
conduta e enfraquecimento da memória. Algumas vezes, doenças em outras partes
do corpo afetam a mente; outras vezes, desconfortos, escondidos no fundo da
mente podem desencadear outras doenças do corpo ou produzir sintomas somáticos.
Um grande espectro de fatores –
nosso mapa genético, química cerebral, aspectos do nosso estilo de vida podem
causar algum tipo de transtorno mental. Acontecimentos que nos acometeram no
passado e nossas relações com as outras pessoas – participam de alguma forma.
Seja qual for à causa, a pessoa que desenvolve a “doença mental” ou o
transtorno mental, muitas vezes se sente em sofrimento, desesperançada e
incapaz de levar sua vida na sua plenitude.
Existem muitos tratamentos
efetivos para a doença mental. Eles podem incluir medicamentos e outros
tratamentos físicos, ou tratamentos pela fala (Psicoterapias) de várias
espécies, aconselhamento e/ou apoio no dia a dia da vida em diferentes formas.
Diferentes profissionais da saúde podem estar envolvidos na assistência da
pessoa que está mentalmente enferma: clínicos gerais, psiquiatras, enfermeiros,
psicólogos, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais e grupos de apoio
voluntários, dentre outros.
As causas do sofrimento mental
são complexas e os psicólogos, assim como outros profissionais da saúde mental
não têm todas as respostas. Sabe-se que alguns aspectos da doença mental, tais
como ansiedade, desespero e sentimentos suicidas, nem sempre são fáceis de
serem tratados, pois envolvem âmbitos os mais diversos da existência humana.
Na antiga Grécia, sinais
corporais ou “stigmata” feitos por cortes ou queimaduras no corpo, marcavam as
pessoas como diferentes. Pessoas com doença mental que há muito não são
marcadas no corpo, mas atitudes críticas e prejudiciais podem ser tão danosas
quanto às marcas corporais. Basta abrir um jornal, ligar a TV ou ir ao cinema
para perceber tais atitudes.
Enquanto a mídia não aceitar
essas queixas pelas percepções negativas, toda vez que um programa, artigo ou filme
retrata um estereótipo ou falha em esclarecer um mal entendido sobre doença
mental, ela auxilia na manutenção de mitos.
Os estigmas podem surgir por
diferentes caminhos. As pessoas com sofrimento mental podem agir de forma
diferente. Uma pessoa deprimida pode se apresentar triste ou apática; alguém na
fase maníaca da doença bipolar pode parecer exageradamente feliz ou irritável.
O problema é que quando alguém é
marcado como diferente, é difícil para ele ser aceito, não importa o quanto ele
tente, eles não conseguem afastar o estigma e o resultado disso, pois perdem a
confiança em si mesmos. Com o tempo, começam a se sentir como estranhos e que
não se enquadram na vida.
Pessoas com transtornos mentais
ou doenças mentais continuam a ser prejudicados e discriminados em todas as
áreas de suas vidas, desde onde encontrar um lugar para viver, encontrar um
trabalho. Não é surpreendente que muitas pessoas com doença mental grave
terminem pobres ou sem teto.
Cabe a todos nós tomarmos
conhecimento do dano que provocamos com nossas atitudes negativas e nossa
colaboração para isolá-los. Seja quem formos e seja o que fazemos, nós podemos
combater os efeitos danosos do estigma estendendo nossa amizade, apoio e
compreensão em vez do nosso julgamento e discriminação, para as pessoas que
estão mentalmente doentes.
Descrever pessoa com doença
mental como “louco”, “esquisito”, “Pinel” “lunático”, o diminui como pessoa a
não ser levada seriamente ou com a percepção que ele é perigoso pode excluí-lo
das atividades do dia a dia. Muitas pessoas acreditam que doença mental é
incurável. Eles podem até ver certos tratamentos, como com antidepressivos ou
psicoterapias, como sem valor ou mesmo danosos, mesmo que em muitos casos
tenham se mostrado efetivos.
O fato é que cientistas estão
fazendo progressos no desvendamento da estrutura e química do cérebro. Como
consequência tem-se melhor compreensão da mente e com ela funciona. Entretanto,
a doença mental tem muitas causas. Ela não é apenas uma questão de química
alterada e envolve questões sociais, emocionais, cognitivas e físicas.
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