sábado, 13 de dezembro de 2025

 

Relação entre as emoções e o coração

A relação entre as emoções e o coração é profunda e bidirecional, sendo um tema amplamente estudado pela neurociência e cardiologia. O coração não é apenas uma bomba física; ele é altamente sensível aos sinais do cérebro, especialmente aqueles que refletem nossos estados emocionais.

Essa conexão ocorre principalmente através do Sistema Nervoso Autônomo e da liberação de hormônios do estresse.

 

O Efeito das Emoções Negativas (Risco Cardiovascular)

Quando as emoções negativas se tornam crônicas (como estresse, ansiedade ou depressão prolongada), o coração é constantemente sobrecarregado, o que aumenta o risco de doenças:

  • Hipertensão: A ativação simpática contínua leva ao aumento da pressão arterial, um fator de risco primário para doenças cardiovasculares.
  • Inflamação: O estresse crônico libera hormônios que promovem a inflamação, contribuindo para o desenvolvimento de aterosclerose (acúmulo de placas nas artérias).
  • Eventos Agudos: Emoções intensas e súbitas (como raiva extrema ou choque) podem atuar como gatilhos para infartos e arritmias, mesmo em pessoas sem histórico, devido à sobrecarga hormonal súbita.
  • Síndrome do Coração Partido: É uma condição física real, onde um estresse emocional intenso (como a perda de um ente querido) causa uma disfunção temporária na forma do músculo cardíaco, simulando um ataque cardíaco.

 

O Efeito das Emoções Positivas (Proteção)

Por outro lado, emoções como alegria, amor, gratidão e bem-estar estão ligadas à atividade do sistema parassimpático e à liberação de hormônios como a Oxitocina (o "hormônio do amor").

 

-Benefícios: A oxitocina tem sido associada à diminuição da pressão arterial, à redução da inflamação e a um efeito calmante geral, promovendo a saúde e a longevidade do coração.

-Comportamento: Pessoas com maior bem-estar emocional tendem a ter hábitos mais saudáveis (dormir melhor, se exercitar, ter melhor alimentação), o que indiretamente protege o sistema cardiovascular.

 


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