Editoria: POLÍTICA
Tipo: Matéria
Data: 11/04/2016
Assunto: GOVERNADOR, CASA
MILITAR
''É ato político", diz Câmara
Antes de ser chamado para o primeiro time do
governador Eduardo Campos, de Pernambuco, tragicamente falecido em agosto de
2014, o economista Paulo Câmara passou 12 anos como auditor de contas públicas
do Tribunal de Contas do Estado. Licenciou-se do emprego, em 2007, para virar
secretário de Campos -da Administração e da Fazenda, entre outros
cargos.
Em 2014, com o peso da tragédia, elegeu-se
governador, pelo PSB, no primeiro turno, com 68% dos votos. É o único governador
do País com a expertise de auditor - o que o deixa a cavaleiro para comentar as
questões técnicas do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. É
também o único a ser casado com uma juíza de carreira, Ana Elisa, mãe de seus
dois filhos, de seis e 11 anos. Hoje, o PSB decidirá, majoritariamente, que é
favorável ao afastamento da presidente.
"Ocorreram muitos fatos que aumentaram demais a
instabilidade do país, que ainda não foram devidamente julgados, mas que põem em
xeque a continuidade, a credibilidade e a confiança de um governo. O processo de
impeachment é, claramente, julgamento político e, como tal, não pode se ater
apenas aos fatos denunciados", afirma.
Segundo ele, há muitos questionamentos sobre o
processo do impeachment, mas para ele é fato concreto que ele vai ocorrer.
"Nesta segunda-feira (hoje), o PSB vai se posicionar majoritariamente a favor
(do impeachment). Mas tenho uma posição muito clara de que o melhor caminho é a
realização de novas eleições", disse ele.
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