Recife lidera pela segunda vez o índice 
de transparência do TCE
No segundo lugar ficou o município de Jaboatão 
do Guararapes, com a pontuação 697, seguido do Cabo de Santo Agostinho, com 
687
O Portal da Transparência da Prefeitura do Recife 
lidera pelo segundo ano consecutivo o Índice de Transparência dos Municípios de 
Pernambuco (ITMPE) apesentado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) nesta 
quarta-feira (21). A capital alcançou a pontuação 800,50, numa metodologia 
desenvolvida pelo próprio TCE, sendo o único a alcançar um nível desejado de 
transparência, embora ainda possa melhorar.
No segundo lugar ficou o município de Jaboatão do 
Guararapes, com a pontuação 697, seguido do Cabo de Santo Agostinho, com 687. 
Ambos num nível considerado moderado. Todos os 184 municípios do Estado foram 
observados. Para chegar ao resultado, o TCE analisou 51 critérios e 149 
subcritérios, de julho a setembro deste ano. O trabalho, desenvolvido por uma 
equipe de quatro pessoas, começou em março e seguiu até novembro. A pontuação 
máxima varia de 0 a 1.000.
Conforme o levantamento realizado entre os meses de 
julho a setembro, houve um aumento de prefeituras cujos Portais da Transparência 
foram melhor avaliados e passaram a integrar o rol dos enquadrados no nível 
moderado de transparência pública. O percentual de municípios que atingiram o 
nível moderado passou de 26,63%, em 2015, para 42,39%, em 2016. Foi o caso do 
município de Correntes, que saiu dos 59 pontos, em 2015, para 519, em 
2016.
Cinco municípios, não reincidentes, foram 
considerados de transparência inexistente, não marcando nenhum ponto. São eles: 
Araçoiaba, Tracunhaém, Camaragibe e Pedra. Tendo esse último saído de um patamar 
moderado, com 506.5, em 2015. Sobre isso, o chefe do Núcleo de Auditoria 
especializada do TCE, Fausto Stepple de Aquino, explica que o levantamento é uma 
fotografia do momento verificado e que vários fatores influenciam para que isto 
aconteça. 
No geral, 116 municípios aumentaram suas notas, 55 
melhoraram seus Portais de Transparência e 48 saíram da inexistência. O índice 
médio de Pernambuco, apesar de não ser tão elevado quantitativamente, evoluiu 
cerca de 17%, aumentando de 362,11 em 2015, para 422,80, em 2016. O conteúdo 
completo do levantamento poderá ser conferido num hotsite hospedado no site do 
TCE, lançado na manhã desta quarta. 
Advertências e Punição
Entre as ações citadas por ele estão processos de 
gestão fiscal, alertas de responsabilização e possibilidades de aplicação de 
multa aos gestores responsáveis, podendo servir de endossos em processos de 
reprovação de contas. Novos gestores são alertados da situação do município, mas 
não respondem processo da gestão anterior. De acordo com Fausto Stepple, o 
objetivo do ITMPE é estimular a melhoria da transparência pública e, 
consequentemente, facilitar o controle social. O intuito do Tribunal em 
continuar com as ações é melhorar a transparência dos municípios. 
Com ações pedagógicas, 
de cobrança. O objetivo é que ano a ano esses níveis de transparência melhorem. 
O caminho é esse, diagnosticar, notificar, em alguns casos autuar, 
disse. A Coordenadora 
de Controle Externo, Bethânia Melo, explica que o TCE oferece uma Escola de 
Contas Públicas aos gestores que tenham interesse em esclarecer a gestão da 
transparência. Ao longo do ano a escola ofereceu cursos e foram diversas 
turmas, para que aquele gestor que carecia de entendimento mais detalhado, 
pudesse conhecer melhor essa questão da legislação, disse. Para Stepple, a 
baixa transparência está ligada a problemas com a gestão, como corrupção. 
Transparência não é uma coisa acessória, opcional, é extremamente importante 
hoje. 
Câmaras Municipais
Desde o lançamento do ITMPE, em 2015, o TCE almeja 
expandir a verificação para as Câmaras Municipais de Vereadores. Segundo 
Stepple, ainda não há uma metodologia definida para fazer levantamentos em 
Câmaras Municipais, mas a partir de janeiro de 2017, os presidentes das casas 
legislativas já serão notificados com alertas aos seus Portais de 
Transparência. O 
objetivo do alerta é que mesmo sem as avaliações do TCE dos portais,as 
presidências das casas cuidem da sua transparência. Isso já é um primeiro 
passo. Avaliação ou não vai depender da estruturação da metodologia, disse 
Stepple.   
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