VAZIO EXISTENCIAL
É o vazio espiritual, é o vazio na vida. Quem somos? A que viemos? Para onde vamos?
Todos desejamos intensamente encontrar um sentido para a vida e ficamos felizes quando constatamos que estamos a caminho dele, que vamos encontrar as respostas.
Várias pesquisas comprovam que a falta de significado para a vida, a sensação de vazio e o desconhecimento da razão existencial são os mais angustiantes sentimentos do homem moderno.
A maioria de nós é prisioneira da dimensão física; ainda somos conduzidos pelo aspecto psíquico-afetivo, mas, na dimensão do espírito, somos inteiros, completos, jamais vazios.
Nós não apenas existimos, mas exercemos influência sobre nossas vidas. Ignorar a dimensão transcendental é reducionismo. A origem da sensação de mal-estar, de incômodo e de insatisfação está na falta de algo que desconhecemos e na crença de que a vida está desprovida de significado.
Em vez de permitir que alguém nos use e que vá além do razoável, magoando-nos de forma constante, estabeleçamos limites e aprendamos a legitimar nossa dignidade pessoal. É preciso desenvolver a arte de amar a si mesmo, para que se possa amar melhor os outros, pois, em se tratando do campo do sentimento, urge a necessidade de delimitar fronteiras e de jamais anular a própria identidade.
Imolar-se em nome do amor, sendo massacrado emocionalmente por alguém simplesmente para manter um relacionamento destrutivo, é sinal de que se está amando a pessoa errada e de forma errada. Amar não significa sofrer.
Quando encaramos de forma tranqüila a sensação de fragilidade que nos invade de tempos em tempos, é porque nos conscientizamos de que ela faz parte da condição humana.
Quando a admitimos em nossa constituição Íntima, não temos mais a pretensão de sermos invulneráveis e fortes em todas as circunstâncias da vida. Só aceitando nossa fragilidade é que encontraremos estabilidade interior. Encarar os pontos fracos não é se conformar com eles, mas mapeá-los e discernir a razão que os motivou. Alimentar a idéia de que somos super-homens é sustentar uma personalidade doentia. Nenhum ser humano é assim. Não precisamos nos mostrar “durões” e “formidáveis” o todo tempo. Isso é utopia.
Hammed
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