INTELIGÊNCIA ESPIRITUAL
Há três níveis de Inteligência: inteligência tradicional (QI), inteligência emocional (QE) e inteligência espiritual (QS). A QI busca entender “o que” sendo, portanto, linear. A QE busca entender o como, expressando através da linguagem corporal as emoções; e QS é a inteligência que procura entender o porquê das coisas, sendo a luz pura da inteligência. A inteligência espiritual remete-se à profundidade do ser, refletindo a causa e razão de ser das coisas, partindo do princípio que não há acaso nos acontecimentos; busca, portanto, a realidade superior que não podemos escapar, enganar ou nos afastar. “Espiritual é relativo ou pertencente ao espírito: vida espiritual” (Novo Dicionário Aurélio).
Enquanto estivermos desconectados da nossa essência espiritual,permaneceremos na “superficialidade” das relações interpessoais e perdidos no turbilhão de ilusões e necessidades não realizadas, aparentando uma felicidade que longe estamos de vivenciá-la. A auto-ilusão traduz-se num mecanismo de fuga da sua própria realidade consciencial, não suportando o ser entrar em contato com a sua própria intimidade (pensamentos, sentimentos e emoções). As nossas preocupações, distrações habituais sobre nós mesmos nos distanciam da realidade na qual estamos vivenciando experiências que deveriam traduzir-se em oportunidades de aprendizado. O processo de fuga é um mecanismo de defesa extremamente arraigado naqueles que ainda não desenvolveram sua inteligência espiritual. O vazio existencial é sinal de “dor” e no mundo ocidental tentamos preenchê-lo buscando no mundo exterior aquilo que não temos no nosso mundo interior.
Aprender a aprender é uma das condições fundamentais no processo de libertação interior, refletindo no aqui e agora os impactos das emoções, sentimentos e atitudes na sua própria vida. Esse aprendizado exige disciplina e estar focado nas questões que realmente são importantes, não permitindo distrair-se do que lhe é realmente essencial: você próprio. O somatório de todas as impressões internas e externas chama-se auto-percepção, sendo uma atividade dos nossos sentidos.
Compreende-se por carência falta, ausência, privação. Do ponto de vista afetivo, a carência é um estado de desnutrição que pode ter tido início desde a fase da infância, advindo de "Desejos recalcados, expectativas não colimadas, frustrações não superadas; uma descompensação emocional pelas experiências traumáticas mal elaboradas, gerando episódios de conflitos e sofrimentos no automatismo da vida mental. A maior carência humana é de afeto e carinho, sem os quais ninguém se sente humanizado" (Dufaux,p.81).
Nesta prisão dos sentimentos, o ser limita-se a viver na superficialidade, sem aprofundar em si mesmo a consciência espiritual imprescindível ao seu processo de autodescoberta. Sentimentos de conotação perturbadora como solidão, ciúme, dependência psicológica, baixa auto-estima, complexo de inferioridade, insegurança, timidez, ambivalência sexual são decorrentes dessa prisão emocional que construímos a nível do inconsciente, empobrecendo-nos afetivamente e não permitindo-se vivenciar as experiências libertadoras que proporcionam o aprendizado necessário. Neste quadro de desnutrição afetiva generalizada, poucos são os que optam pelo caminho de amar ao próximo como a si mesmo, permanecendo na condição de reféns do amor alheio, vulnerabilizando-se ainda mais numa carência afetiva que não se satisfaz. Quando optamos pelo caminho da perseverança e coragem, mergulhando na nossa intimidade consciencial com a necessária abertura de mente para descortinar as nossas contradições internas, visando o próprio processo de auto-libertação, damos um passo significativo para a auto-superação. Neste sentido, a auto-estima é fator determinante, quando ela se torna escassa, a criatura estará escrava de complexos de inferioridade atormentadores.
À medida que o ser humano evolui sua alma amplia-se, desobstruindo barreiras e ampliando sua consciência, consequentemente, sua espiritualização. Superando em si mesmo as trevas da ignorância, alcança novos patamares de compreensão acerca da sua unicidade com o universo, descobrindo as forças espirituais que é portador e colaborando efetivamente para o seu próprio processo de iluminação interior. O auto-conhecimento é um processo gradativo e deverá ser exercitado ao longo da existência. Ele possibilitará desenvolver uma coerência interna sobre nossos sentimentos e pensamentos, mediante seu poder transformador, à longo prazo, das nossas vulnerabilidades em pontos fortes, ou seja, nossos temores transformam-se em coragem, nosso sofrimento em evolução.
Enquanto estivermos desconectados da nossa essência espiritual,permaneceremos na “superficialidade” das relações interpessoais e perdidos no turbilhão de ilusões e necessidades não realizadas, aparentando uma felicidade que longe estamos de vivenciá-la. A auto-ilusão traduz-se num mecanismo de fuga da sua própria realidade consciencial, não suportando o ser entrar em contato com a sua própria intimidade (pensamentos, sentimentos e emoções). As nossas preocupações, distrações habituais sobre nós mesmos nos distanciam da realidade na qual estamos vivenciando experiências que deveriam traduzir-se em oportunidades de aprendizado. O processo de fuga é um mecanismo de defesa extremamente arraigado naqueles que ainda não desenvolveram sua inteligência espiritual. O vazio existencial é sinal de “dor” e no mundo ocidental tentamos preenchê-lo buscando no mundo exterior aquilo que não temos no nosso mundo interior.
Aprender a aprender é uma das condições fundamentais no processo de libertação interior, refletindo no aqui e agora os impactos das emoções, sentimentos e atitudes na sua própria vida. Esse aprendizado exige disciplina e estar focado nas questões que realmente são importantes, não permitindo distrair-se do que lhe é realmente essencial: você próprio. O somatório de todas as impressões internas e externas chama-se auto-percepção, sendo uma atividade dos nossos sentidos.
Compreende-se por carência falta, ausência, privação. Do ponto de vista afetivo, a carência é um estado de desnutrição que pode ter tido início desde a fase da infância, advindo de "Desejos recalcados, expectativas não colimadas, frustrações não superadas; uma descompensação emocional pelas experiências traumáticas mal elaboradas, gerando episódios de conflitos e sofrimentos no automatismo da vida mental. A maior carência humana é de afeto e carinho, sem os quais ninguém se sente humanizado" (Dufaux,p.81).
Nesta prisão dos sentimentos, o ser limita-se a viver na superficialidade, sem aprofundar em si mesmo a consciência espiritual imprescindível ao seu processo de autodescoberta. Sentimentos de conotação perturbadora como solidão, ciúme, dependência psicológica, baixa auto-estima, complexo de inferioridade, insegurança, timidez, ambivalência sexual são decorrentes dessa prisão emocional que construímos a nível do inconsciente, empobrecendo-nos afetivamente e não permitindo-se vivenciar as experiências libertadoras que proporcionam o aprendizado necessário. Neste quadro de desnutrição afetiva generalizada, poucos são os que optam pelo caminho de amar ao próximo como a si mesmo, permanecendo na condição de reféns do amor alheio, vulnerabilizando-se ainda mais numa carência afetiva que não se satisfaz. Quando optamos pelo caminho da perseverança e coragem, mergulhando na nossa intimidade consciencial com a necessária abertura de mente para descortinar as nossas contradições internas, visando o próprio processo de auto-libertação, damos um passo significativo para a auto-superação. Neste sentido, a auto-estima é fator determinante, quando ela se torna escassa, a criatura estará escrava de complexos de inferioridade atormentadores.
À medida que o ser humano evolui sua alma amplia-se, desobstruindo barreiras e ampliando sua consciência, consequentemente, sua espiritualização. Superando em si mesmo as trevas da ignorância, alcança novos patamares de compreensão acerca da sua unicidade com o universo, descobrindo as forças espirituais que é portador e colaborando efetivamente para o seu próprio processo de iluminação interior. O auto-conhecimento é um processo gradativo e deverá ser exercitado ao longo da existência. Ele possibilitará desenvolver uma coerência interna sobre nossos sentimentos e pensamentos, mediante seu poder transformador, à longo prazo, das nossas vulnerabilidades em pontos fortes, ou seja, nossos temores transformam-se em coragem, nosso sofrimento em evolução.
Karla Júlia Marcelino
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