terça-feira, 31 de março de 2020



IMUNIDADE SUA MELHOR DEFESA CONTRA A GRIPE E OUTROS VÍRUS

Flávio Passos

"Em termos gerais, a imunidade consiste em todos os elementos e mecanismos que nos protegem de invasores, toxinas e combatem infecções, pode ser dividido em duas partes principais: 1. IMUNIDADE INATA É aquela com a qual a pessoa nasce. É a primeira linha de defesa do organismo. Funciona de maneira rápida e eficiente. Ela possui mecanismos de ação e destruição de invasores que são sempre os mesmos, independentemente do tipo de contaminação. Muitas bactérias e vírus são neutralizados sem que a gente sinta qualquer sintoma. Os componentes da imunidade inata são os macrófagos, neutrófilos, células dendríticas e células Natural Killer (NK). É chamada também de não específica, pois atua das mesmas maneiras para qualquer tipo de invasor. Quando essa resposta inata não é suficiente, entra em ação a imunidade adaptativa, ou específica. 1. IMUNIDADE ADQUIRIDA OU ADAPTATIVA É aquela aprendida ao se expor a vários patógenos. Sua resposta demora alguns dias, à medida que o organismo planeja a ação. Pode ser dividida em imunidade mediada por células células T (exterminadoras e auxiliares) e células B (que produzem anticorpos) e imunidade humoral (com base em fluidos). Possui mecanismos especializados para cada tipo de invasor.
Você pode ter notado que, às vezes, sua reação a um patógeno pode ser categorizada das seguintes formas: a) Assintomática: seu corpo não apresenta sintomas. b) Leve: os sintomas são leves e se vão com poucos dias. c) Patogênica Completa: com sintomas fortes e demora cerca de 1 a 2 semanas para a resolução completa, no mínimo. Essas diferenças são causadas por diferenças individuais na resposta do sistema imunológico e pelo fato que você pode ou não ter tido contato com o patógeno anteriormente. É importante lembrar que, independente da força com os quais os sintomas se apresentam, nosso corpo ainda é capaz de transmitir o patógeno - inclusive na categoria assintomática. Se um patógeno é desconhecido, leva algumas semanas para o sistema imunológico adaptativo reconhecer, marcar e eliminar o intruso.

Com o aumento das viagens internacionais, infecções virais e bacterianas podem se espalhar por toda parte do planeta em um curto período de tempo. A produção de alimentos em larga escala também coloca agentes infecciosos, animais e humanos em proximidade, criando condições para uma contaminação que atravessa a barreira das espécies (chamada de doença zoonótica). Desse modo as epidemias se tornam cada vez mais comuns, e a probabilidade de encontrar uma doença infecciosa potencialmente fatal durante a vida desperta preocupação, mesmo que você não viaje para lugares exóticos e sempre se lembre de lavar as mãos. Estes são efeitos da globalização. Felizmente, os tempos modernos também trazem respostas e soluções: surtos são identificados muito mais rapidamente, as epidemias são contidas e os tratamentos são desenvolvidos com mais rapidez. A tecnologia, a medicina e os cuidados com a saúde reduziram significativamente a probabilidade de morte, os centros de pesquisa aceleraram nossa compreensão coletiva, e a melhora da higiene diminuiu a transmissão de doenças.

Mas, apesar de tudo isso, ainda permanece o potencial para uma pandemia altamente contagiosa em um futuro próximo, que pode resistir aos tratamentos existentes, tais como antivirais e antibióticos. Novas ameaças incluem o risco de cepas bacterianas resistentes a antibióticos, doenças cruzando a barreira entre as espécies, surtos em fazendas e mercados e até mesmo patógenos de bioengenharia escapando de laboratórios. Doenças zoonóticas são aquelas transmitidas de animais para seres humanos. Anualmente, estima-se mais de um bilhão de casos de doenças zoonóticas. Uma vez que um vírus animal se hospede em humanos, a transmissão de humano para humano ocorre com uma rapidez e alcance muito maiores do que quando restrita apenas ao contato animal para a transmissão. Os vírus podem se tornar mais perigosos quando cruzam a barreira entre espécies: nossa biologia não teve tempo suficiente para se adaptar e criar imunidade contra tais ameaças. Manter-se saudável e estar preparado pode literalmente salvar a sua vida.

Peste bubônica - 1331-1353 - 75-200 milhões (30-60% população)
Epidemia Cocoliztli - 1545-1580 - 7-17 milhões
Grande peste - 1738-1740 - 50 milhões
Epidemia Varíola norte-americ. - 1775-1782 - 30% da população dos EUA
Pandemia cólera asiático - 1817-1837 - 100.000 
Epidemia tifo - 1847-1848 - 20.000
Pandemia gripe - 1889-1890 - 1 milhão
Gripe espanhola - 1918-1920 - 100 milhões
Gripe asiática - 1957-1958 - 2 milhões
Gripe de Hong Kong - 1968-1969 - 1 milhão
Pandemia HIV/AIDS - 1960 - presente - > 30 milhões
Surto SARS - 2002 - 2004 - <1.000
Pandemia gripe 2009 - 203.000
Surto cólera Haiti - 2010-presente - 10.000
Surto sarampo Congo  - 2011-presente - < 10.000
Ebola África Ocidental - 2013-2016 - > 11.000
Gripe suína indiana - 2015 - > 2.000
Coronavírus Wuhan - 2019 - presente - a calcular

O PAPEL DE UMA MUCOSA INTESTINAL ÍNTEGRA 
A permeabilidade intestinal (leaky gut) acontece quando a barreira entre os intestinos e a corrente sanguínea fica menos eficiente devido à microfissuras na parede intestinal. Isto faz com que partículas entrem na corrente sanguínea e causem desequilíbrios, como doenças autoimunes e o desenvolvimento de diversas doenças inflamatórias e imunidade baixa. A inflamação sistêmica subclínica torna o organismo mais propenso a infecções. Vale a pena se estudar e observar que tipos de alimentos podem irritar os intestinos e contribuir para a permeabilidade excessiva. Elementos que causam problemas em muita gente, principalmente quando consumidos em excesso e frequência são o glúten, presente no trigo e outros cereais, a caseína do leite, antinutrientes como lectinas presentes em leguminosas (feijões, soja), cereais e vegetais da família das solanáceas como tomate e batata.

L-GLUTAMINA 
A L-glutamina é o aminoácido mais abundante no corpo. Ainda que o organismo seja capaz de sintetizá-la, é importante ingerir alimentos ricos em glutamina (como o whey protein) ou suplementar glutamina pura, especialmente se você possui problemas intestinais, se exercita com frequência, sofre de estresse crônico ou está debilitado. A glutamina é utilizada por várias células do sistema imunológico e é necessária para auxiliar a proliferação ideal de linfócitos. A glutamina ajuda a proteger e reparar as células epiteliais intestinais, prevenindo a permeabilidade intestinal e ajudando a corrigir o intestino permeável e, assim, também melhora a função do sistema imunológico. SUGESTÃO: Tomar 5g de Glutamina (aproximadamente 1 colher de sobremesa ) por dia, misturada em qualquer líquido.

BUTIRATO 
O butirato é um ácido graxo essencial para nutrir o cólon e a fonte de energia principal para as células no intestino grosso. As bactérias intestinais benéficas produzem butirato a partir da fermentação de fibras da alimentação, mas também podemos obter o butirato diretamente de alimentos, sendo a manteiga a principal fonte (de longe), sem substitutos vegetais à altura. Os ácidos graxos do butirato possuem propriedades anti-inflamatórias, além da capacidade de reparar o revestimento intestinal no cólon. SUGESTÃO: consumir manteiga ou manteiga ghee (caso você tenha intolerância à lactose ou caseína) diariamente no preparo de alimentos ou mesmo junto ao café (bullet coffee)

NUTRIENTES RELEVANTES AO SISTEMA IMUNOLÓGICO 
Pessoas mal nutridas são mais vulneráveis a infecções e doenças porque seu sistema imunológico não tem os recursos necessários (energia, aminoácidos, ácidos graxos, vitaminas e minerais) para funcionar adequadamente. Corrigir as deficiências de nutrientes é um passo fundamental. A intervenção nutricional em casos de deficiência de vitamina D, zinco, ferro e vitamina A, por exemplo, mostrou melhorar a eficácia de prevenção e tratamento da pneumonia. O uso de um multivitamínico de qualidade, com as formas corretas de cada nutriente e dosagens efetivas é uma ótima estratégia para facilitar a ingestão adequada de micronutrientes ao corpo.

VITAMINA D3 
A vitamina D desempenha um papel-chave na regulação do equilíbrio do sistema imunológico. Ela age, por exemplo, como uma fonte de energia para as células T. Sem ela, as células T nunca despertam de seu estado de dormência, o que leva a um funcionamento deficiente do sistema imunológico. Pessoas com deficiência de vitamina D são mais propensas a ter gripes e resfriados. Baixos níveis de vitamina D estão associados a um risco aumentado e prevalência de infecções em múltiplos estudos. Pessoas com níveis inferiores de vitamina D são mais propensas a sofrer de infecções do trato respiratório superior. Um estudo de 2012 verificou que a administração de 1200 UI de vitamina D por dia a crianças reduziu o risco de contrair influenza. Diversas análises sistemáticas de suplementação diária de vitamina D mostraram proteger contra infecções do trato respiratório. Otimize seus níveis de vitamina D3 obtendo luz solar suficiente ou através de suplementação. Também é importante saber seus níveis de vitamina D3 no sangue, medindo-os regularmente. SUGESTÃO: Tenha uma exposição saudável ao sol e reforce com bons suplementos, dosagens podem variar entre 2.000 e 10.000 UI por dia.

SELÊNIO 
O selênio é um mineral essencial para o equilíbrio hormonal, sinalização redox de defesa antioxidante. Infecções virais quase sempre produzem um número maior de espécies reativas de oxigênio. Ao sobrecarregar o sistema de defesa antioxidante, a produção excessiva de ROS induz ao estresse oxidativo, que por sua vez, pode intensificar a replicação viral. Então, a infecção viral aumenta a necessidade de certos micronutrientes, tais como o selênio, na defesa antioxidante. A deficiência de selênio foi relacionada à maior patogenicidade de vários vírus e menor taxa de sobrevivência na pneumonia devido ao vírus influenza. SUGESTÃO: Castanha-do-Pará e peixes são ótimas fontes de selênio, suplementos com até 170 mcg também são boas opções.


VITAMINA C 
A vitamina C é um antioxidante que a maior parte dos animais produz em resposta ao estresse. Os seres humanos perderam essa habilidade durante a evolução, e precisam obtê-la a partir da dieta ou suplementação. O corpo pode armazenar 300 a 2.000 mg de vitamina C, mas especialmente em épocas de doenças e infecções, as reservas são gastas rapidamente para necessidades prementes. Portanto, se você notar que está pegando um resfriado ou mesmo gripe, seria bom começar a tomar altas doses de vitamina C nas primeiras 24 horas dos primeiros sintomas. Os estudos mais atuais demonstram que o consumo regular de vitamina C pode diminuir a duração de resfriados e fazer com que os sintomas sejam menos severos. Pessoas que tomam vitamina C regularmente são 50% menos propensos a pegar um resfriado do que aquelas que não a tomam. Um estudo de 1999 feito com 463 estudantes mostrou que a mega dosagem de vitamina C pode ser útil no tratamento da gripe logo após o surgimento dos primeiros sintomas, com doses de hora em hora de 1000 mg de vitamina C nas 6 primeiras horas e, a seguir, 3 vezes ao dia (mantendo a dose de 1000mg). Em geral, os sintomas de gripes e resfriados relatados no grupo de teste diminuíram 85% em comparação ao grupo de controle após a administração dessa estratégia.

ZINCO 
O zinco é importante para a produção hormonal e a imunidade. Também é conhecido por combater infecções. Baixos níveis de zinco podem causar problemas gastrointestinais e aumentar o risco de pneumonia. Foi demonstrado que suplementos de zinco podem impedir que o vírus do resfriado se agregue às células, encurtando a duração da gripe. A dose ideal, de acordo com estudos, é de 75 a 90 mg por dia, dividida em múltiplas doses, a cada 2-3 horas. Melhores resultados são obtidos ao iniciar o tratamento dentro de 24 horas dos primeiros sintomas. O uso regular de zinco também pode reduzir a incidência de gripe, de acordo com estudos. Pesquisas mostram que apenas certas formas de zinco são eficazes contra a gripe e o resfriado comum: • Acetato de zinco (25 mg 3 vezes ao dia ou 15 mg 5 vezes ao dia) • Picolinato de zinco (18 a 20 mg a cada 2 horas durante o dia, desde o início dos sintomas). Dosagens de até 100mg ao dia podem ser tomadas por, no máximo, duas semanas.

SUGESTÃO: Tome por volta de 25 mg de zinco (idealmente dentro da fórmula de um bom multivitamínico) diariamente para a saúde do sistema imune.

LACTOFERRINA 
Muitos estudos demonstraram a atividade antiviral da lactoferrina contra patógenos virais que causam infecções comuns. O consumo de lactoferrina pode proteger o hospedeiro contra infecções virais através da inibição da anexação de um vírus às células, a replicação do vírus nas células e o reforço das funções do sistema imunológico. Os peptídeos derivados da lactoferrina estão sendo estudados como potentes inibidores terapêuticos das infecções pelo vírus influenza. A melhor fonte de lactoferrina é o whey protein concentrado (não isolado ou hidrolisado). Faça uso de uma dose de Whey por dia não apenas para ampliar sua imunidade, mas para ter acesso a um bom aporte de proteínas, o que te permite manter a massa muscular na idade madura, além de pele mais firme e outros aspectos saudáveis. E NÃO: whey não engorda, mesmo se você não fizer atividade física.

SPIRULINA 
A Spirulina é uma microalga especialmente nutritiva, dotada de propriedade especiais. É reconhecida por saciar o apetite quando tomada em jejum, o que facilita vencer compulsões alimentares. Ao mesmo tempo, é muito rica em vitaminas do complexo B, ferro, cálcio e diversos nutrientes, além de ficocianina, um composto que os estudos demonstram ter propriedades anti tumorais e protetoras do fígado. Mas o benefício pelo qual a Spirulina está sendo listada aqui é a sua atuação no sistema imune. De acordo com evidências listadas no fim deste ebook, uma dose diária de 3g por dia (6 tabletes), tomados em qualquer horário, junto ou separado das refeições, oferece proteínas bioativas com a capacidade de estimular a resposta imune com grande eficiência. SUGESTÃO DE USO: Tomar 3 gramas diariamente. Procure por uma spirulina orgânica, de boa procedência.

PRÓPOLIS VERDE 
Dentre as variedades de própolis, a verde é a mais potente e recomendada, especialmente devido à presença da artepelina C e a bacarina, substâncias cujos estudos demonstraram benefícios ao organismo no combate e prevenção de doenças - especialmente as virais. Funciona melhor como prevenção do que como tratamento, e por isto a recomendação é de uso diário, mesmo que você esteja saudável. SUGESTÃO DE USO: A dosagem ideal seria em torno de 20-30 gotas em jejum ou 2-3 cápsulas ao acordar e logo antes de dormir (pelo menos 2,4 mg de compostos fenólicos).

CHÁS 
O chá verde, o chá preto e os chás herbais apresentam propriedades medicinais, tais como polifenóis, que estimulam os sistemas de defesa antioxidante e combatem infecções. Chás de gengibre e cravo também são excelentes e reconhecidos pela medicina popular há milênios. 

MEL E PÓLEN DE ABELHA 
O mel possui peptídeos antimicrobianos (incluindo defensina-1, defensina-2, hemenopectina e apidaecina de abelha) e propriedades medicinais (tais como flavonoides, polifenóis, vitaminas e minerais), que fortalecem o sistema imunológico. Também pode inibir o crescimento de patógenos como E. coli e Salmonella. O pólen de abelha também é um modulador potente da função do sistema imunológico. O mel é um tratamento eficaz para a tosse causada por infecção do trato respiratório superior.

GENGIBRE 
O gengibre ajuda a diminuir a inflamação, tratar agentes infecciosos e proteger contra agentes estressores ambientais, tais como fumaça e substâncias químicas. SUGESTÃO: Chá bem concentrado de três a cinco vezes por dia, quando estiver debilitado. Você também pode mastigar a raiz, ou preparar sucos com o gengibre. O importante é que esteja mais para o ardido.

ALIMENTOS E SUBSTÂNCIAS QUE ENFRAQUECEM O SISTEMA IMUNOLÓGICO

TABACO 
O tabagismo enfraquece o sistema imunológico e aumenta o risco de infecções respiratórias, pneumonia e o risco de morte a partir dessas doenças. Fumantes também têm um risco 2 a 4 vezes maior de doença pneumocócica invasiva. O risco de gripe é muitas vezes maior e o vírus é muito mais grave em fumantes do que não fumantes. Recentemente, estudos verificaram que COVID-19 e SARS compartilham do mesmo receptor, ACE2. Há uma expressão de gene ACE2 significativamente maior nas pessoas que fumam do que nas que não fumam. Isso indica que os fumantes podem ser mais suscetíveis a COVID-19.


ÓLEOS INFLAMATÓRIOS E GORDURAS RANÇOSAS 
Óleo de canola, margarina, óleo de girassol e óleos de sementes em geral são altamente inflamatórios e danificam as membranas celulares. A maioria dos óleos usados em restaurantes e fast food são óleos vegetais que oxidam com facilidade. 


GLÚTEN E GRÃOS 
Mesmo que você não seja intolerante ao glúten, o consumo excessivo de grãos pode prejudicar o revestimento intestinal e causar inflamação crônica. Evitar totalmente o glúten pode não ser uma boa ideia, porque seu corpo pode perder a capacidade de lidar com ele. A redução do consumo de grãos irá melhorar a saúde intestinal e diminuir a inflamação, especialmente se você tiver sensibilidade ao glúten e grãos em geral.


CONSUMO ELEVADO DE AÇÚCAR E CARBOIDRATOS REFINADOS 
A glicose em excesso reduz a habilidade dos neutrófilos (um tipo de leucócito) de ingerir e acabar com as bactérias. Em um estudo de 1973, indivíduos que consumiram 100 g de carboidratos de diferentes fontes, após um jejum durante a noite, reduziram a eficácia dos neutrófilos em cerca de 40% por 5 horas. Isso se aplica à sacarose, à frutose e ao mel, bem como à glicose. Quantidades excessivas de carboidratos refinados também podem promover uma inflamação de baixo nível, aumentar o risco de diabetes tipo 2 e tornar a pessoa mais propensa a infecções. Ou seja: quanto mais açúcar você come (ou bebe, na forma de refrigerantes, sucos, etc), mais fracas as suas defesas se tornam.

ESTRATÉGIAS PARA O FORTALECIMENTO DO SISTEMA IMUNOLÓGICO 
Além da nutrição e suplementação, é possível aumentar a resistência contra os patógenos com intervenções no estilo de vida: EXERCÍCIO REGULAR A atividade física estimula os mecanismos de defesa do organismo e fortalece a imunidade. O exercício regular reduz a prevalência de infecções do trato respiratório superior. Exercícios leves e moderados durante uma infecção podem até mesmo ser benéficos para combater a doença. O exercício também ativa o sistema linfático e aumenta a circulação sanguínea. No entanto, o treino excessivo é uma fonte de estresse e desgaste, podendo te deixar mais vulnerável a doenças. Caso se sinta realmente doente e apresente febre, não se exercite.


EXPOSIÇÃO LEVE AO FRIO 
A exposição moderada ao frio aumenta a resistência contra infecções. Apenas certifique-se de que o tempo de exposição ao frio não seja longo demais. Um banho frio pode ajudar e é recomendado quando você ainda não está doente. Caso se torne, evite o banho frio. CETOSE A dieta cetogênica ativa o trajeto Nrf2 que diminui a inflamação e o estresse oxidativo. As cetonas também têm propriedades de sinalização que inibem as HDACs (desacetilases de histona; uma classe de enzimas) associadas com o envelhecimento. A exposição a estresse, ao jet lag, a infecções e à poluição é mais segura em um estado de cetose, seja através de jejum ou do consumo de uma dieta cetogênica, porque o organismo fica em um estado elevado de autodefesa. Com base em um estudo de 2019, camundongos que receberam uma dieta cetogênica combateram melhor o vírus da gripe do que os alimentados com uma dieta com alto teor de carboidratos. Um dos mecanismos fisiológicos foi uma expansão aumentada das células T nos pulmões. 

LUZ SOLAR REGULAR 
A fonte mais biodisponível de vitamina D é através da exposição ao sol mais forte, no fim da manhã, meio dia e comecinho da tarde. Exponha-se à luz solar tanto quanto possível, mas evite se queimar. A exposição pela manhã é excelente para ajudar a equilibrar o ritmo circadiano, o que também tem um efeito sobre o funcionamento do sistema imunológico. O sistema imunológico possui, na verdade, seus próprios relógios circadianos que, quando perturbados, também prejudicam o seu funcionamento.

REDUÇÃO DO CORTISOL (ADMINISTRAÇÃO DO ESTRESSE) 
O estresse contínuo enfraquece e desgasta o organismo de inúmeras formas. Para um sistema imune forte e eficiente, você precisa administrar o estresse com atividades relaxantes, bom sono, momentos de lazer e prazer - como desligar-se do celular e ler um bom livro. Níveis de cortisol elevados cronicamente reduzem de forma drástica a eficiência da imunidade.

SONO ADEQUADO 
A melatonina, o hormônio do sono, também é um antioxidante potente que modula a autofagia e o reparo celular profundo durante o sono. A melatonina também age sobre as respostas inatas e específicas do sistema imunológico através dos mecanismos combinados que envolvem principalmente a modulação de citocinas e a produção do estresse oxidativo. Além disso, os anticorpos e as células que combatem infecções são reduzidas durante os períodos em que você não dorme o suficiente. Apenas uma noite mal dormida já diminui a eficiência do seu sistema imunológico e te deixa mais vulnerável. Quando isso ocorre com frequência você fica debilitado.


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