terça-feira, 31 de março de 2020





DADOS MUNDIAIS DA SITUAÇÃO SÓCIO-ECONÔMICA


SAÚDE:

O que é uma pandemia?
Pandemia é uma designação usada para referir-se a uma doença que se espalhou por várias partes do mundo de maneira simultânea, havendo uma transmissão sustentada dela. Isso quer dizer que, em vários países e continentes, essa mesma doença está afetando a população, a qual está infectando-se por meio de outras pessoas que vivem na mesma região.
É importante deixar claro que o termo pandemia não diz respeito à gravidade de uma doença, sendo o fator geográfico determinante para essa classificação.

Pandemia e epidemia são sinônimos?
Epidemia e pandemia são dois termos diferentes que não devem ser utilizados como sinônimos. Quando falamos em epidemia, referimo-nos ao aumento de casos de uma doença em uma região que excede o número esperado para aquele período do ano. As epidemias podem atingir municípios, estados e até mesmo todo um país. No caso da pandemia, observa-se a distribuição da doença por diferentes países.

Peste bubônica - 1331-1353 - 75-200 milhões (30-60% população)
Epidemia Cocoliztli - 1545-1580 - 7-17 milhões
Grande peste - 1738-1740 - 50 milhões
Pandemia cólera asiático - 1817-1837 - 100.000 
Pandemia gripe - 1889-1890 - 1 milhão
Tuberculose - 1850 - 1950 - 1 bilhão 
Varíola - 1896 - 1980 - 300 milhões
Gripe espanhola - 1918-1920 - 100 milhões
Tifo - 1918 - 1922 - 3 milhões
Gripe asiática - 1957-1958 - 2 milhões
Gripe de Hong Kong - 1968-1969 - 1 milhão
Pandemia HIV/AIDS - 1960 - presente - 22 milhões
Malária - desde 1980 - 3 milhões de mortos por ano
Surto SARS - 2002 - 2004 - <1.000
Pandemia gripe 2009 - 203 milhões
Surto cólera Haiti - 2010-presente - 10 milhões
Surto sarampo Congo  - 2011-presente - 6 milhões
Ebola África Ocidental - 2013-2016 - > 11.000
Gripe suína indiana - 2015 - 2 milhões
Coronavírus Wuhan - 2019 - presente - a calcular

Nos últimos 1.500 anos mais de 3 bilhões de pessoas no mundo morreram em decorrência de doenças provocadas por novos vírus e bactérias. 


FOME:

O relatório anual de várias organizações da ONU publicado  alerta que cerca de 821,6 milhões de pessoas passaram fome em 2018 em todo o mundo, um aumento de 10,6 milhões em relação ao registrado no ano anterior, o que representa o terceiro aumento consecutivo.
Depois de décadas de declínio, a desnutrição vem aumentando desde 2015. Contra um dos objetivos de desenvolvimento sustentável de 2030, a perspectiva de um mundo sem pessoas subnutridas neste período é um “imenso desafio”, diz o relatório.
Intitulado “O estado da segurança alimentar e nutricional no mundo”, o relatório pede ação: “Para garantir a segurança alimentar e nutricional, é fundamental ter políticas econômicas e sociais para neutralizar os efeitos de ciclos econômicos adversos quando eles chegam, evitando a redução de serviços essenciais como assistência médica, saúde e educação”, diz o texto.

821,6 milhões com fome no mundo (2018);
  . 513,9 milhões na Ásia;
  . 256,1 milhões na África;
   .  42,5 milhões na América Latina e Caribe;
8.500 crianças morrem diariamente no mundo por desnutrição;
1 pessoas morrem por desnutrição no Brasil;
- a cada 40 s morre no mundo 1 pessoa;
- População Mundial atual - 7.774.404
5 crianças morrem no mundo a cada minuto.

Estimativas da ONU indicam que das cento e oito milhões de pessoas que convivem diariamente com ela no mundo, pelo menos nove milhões estão no Brasil. Dentre elas, cerca de sete milhões não têm sequer perspectiva de quando será sua próxima refeição, ao passo as demais estão em lares em que para que alguns comam, outros deixarão de comer.
Aquilo que é desperdiçado diariamente seria suficiente para alimentar não apenas essas pessoas, mas também aqueles que têm pouco acesso à comida e estão em estado de subnutrição. A FAO, órgão das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura, estima que um terço de todos os alimentos produzidos no mundo sejam jogados fora, ainda em boas condições para consumo, montante suficiente para alimentar pelo menos 800 milhões de pessoas. 

Em seu estudo mais recente sobre a fome no mundo, publicado em 2018, as Nações Unidas indicaram que cerca de 5,2 milhões de brasileiros estavam em estado de subnutrição, no período de 2015 a 2017, por volta de 2,5% da população.


Desde 2014 o Brasil não está mais no Mapa da Fome feito pela FAO, a agência das Nações Unidas da área. Isso não significa que não haja pessoas passando fome, e sim que menos de 5% da população do país ingere uma quantidade diária de calorias inferior ao recomendado

Existem diferentes estados de insuficiência alimentar categorizados cientificamente. Todos eles afetam tanto o desenvolvimento das pessoas atingidas como a sociedade e a economia do país. Abaixo está a classificação feita pela FAO, órgão das Nações Unidas que trata da alimentação.

As classificações da FOME:

INSEGURANÇA ALIMENTAR

Situação de quem não tem garantia de acesso a quantidades suficientes de comida saudável e nutritiva para seu desenvolvimento normal. É causada pela inexistência de comida à disposição, falta de poder aquisitivo para a compra de alimentos ou uso inadequado da comida em casa. Pode ser crônica, temporária ou transitória.


DESNUTRIÇÃO

Condição de absorção deficiente de nutrientes causada por repetidas doenças infecciosas.


SUBNUTRIÇÃO

Estado de incapacidade de obter comida suficiente para atingir os níveis mínimos de energia necessários para uma vida saudável e ativa.


FOME

Sensação física desconfortável ou dolorosa, causada por consumo insuficiente de calorias. O termo é sinônimo de subnutrição crônica, ou seja, quando o estado de subnutrição é contínuo e dura mais de um ano.


PRINCIPAIS CAUSAS DE MORTE NO MUNDO SEGUNDO OMS:

1º Cardiopatia Isquêmica
2º Acidente vascular cerebral
3º Doença pulmonar - 3 milhões
4º Infecções das vias respiratórias - 3 milhões
5º Alzeimer e outras demências
6º Câncer de pulmão - 1,7 milhão
7º Diabetes - 1,6 milhão
8º Acidentes de trânsito
9º Doenças diarreicas
10º Tuberculose


ÁGUA POTÁVEL



Água potável é a água de qualidade suficiente para consumo humano, tanto para se beber como para preparar alimentos. Globalmente, em 2012, 89% das pessoas tinham acesso a água adequada para beber.[1] Quase 4 bilhões de pessoas não têm acesso a água encanada, enquanto outras 2,3 bilhões têm acesso a poços d'água ou torneiras públicas. 

A importância da água para a vida, em especial para a dinâmica da vida humana em assentamentos e comunidades, é tão grande que no mês de julho do ano de 2010, a Assembleia Geral das Nações Unidas, por meio da Resolução 64/292, reconheceu que “o direito à água potável e ao saneamento básico é um direito humano essencial para o pleno desfrute da vida e de todos os direitos humanos”[7]. Posteriormente, em ampliação dos debates no mês de dezembro do ano de 2015, a mesma Assembleia Geral das Nações Unidas edita a Resolução 70/169, a qual distingui os direitos humanos à água potável e ao saneamento, tornando-os independentes, mas não descorrelacionados, ao contrário, complementares. A mesma Resolução afirma-os, ainda, como “componentes do direito a um nível de vida adequado”[8] , em uma consagração de seu reconhecimento como direitos humanos.
Não obstante, a água potável não é um direito fundamental, isto é, não está elencada na Constituição Federal de 1988 como tal. Apesar disso, é dever do Município e, em alguns casos, também do Estado, garantir o acesso à água potável por meio da prestação de serviço público de seu abastecimento regular. O que não dispensa o Estado brasileiro de garanti-lo por meio da prestação do serviço público de abastecimento de água potável. Por este motivo é que a deficiência na prestação do serviço de abastecimento de água potável pode configurar uma violação dos direitos humanos pelo Estado.
Nesse sentido, no mês de março do ano de 2018 é que foi que um grupo de entidades formado por um think tank, uma Oscip e duas ONGs submeteram ao Setor de Petições do Escritório do Alto Comissariado dos Direitos Humanos da ONU, uma Comunicação no âmbito das Resoluções mencionadas acima pela histórica e sistemática  violação ao direito  humano de acesso à água potável e aos serviços de esgotamento sanitário por parte do Estado brasileiro.
O Brasil, a Rússia, a China e o Canadá, são os países que basicamente têm as maiores reservas de água do mundo.
A África e o Oriente, especialmente não dispõem de recursos hídricos para abastecer sua população com o mínimo necessário, que varia de 20 a 50 litros diários por pessoa.
No Brasil, que abriga 12% de toda a água superficial do planeta, há um desequilíbrio em sua distribuição, onde 70% da disponibilidade hídrica está na Bacia Amazônica. O Sudeste densamente povoado, guarda apenas 6% das reservas.
A água de poços e fontes vem sendo utilizada intensamente como abastecimento humano, segundo o IBGE/2008, 10% dos domicílios brasileiros usam água subterrânea para abastecimento. O Brasil possui importantes reservatórios subterrâneos de água potável, entre eles, o Aquífero Guarani, o Alter do Chão, Cabeças, Furnas, Itapecuru e Serra Geral.
- 2,2 bilhões de pessoas não tem acesso a água potável
- 1 em cada 3 pessoas no mundo
- 4,2 bilhões de pessoas não tem acesso a esgotamento sanitário


ANALFABETISMO

793 milhões são analfabetos ( UNESCO)
No Brasil mais de 11,3 milhões são analfabetos


DESEMPREGO

- 190,5 milhões de pessoas no mundo estão desempregados (OIT)
- 12,3 milhões de desempregados no Brasil.


Os primeiros e mais afetados pela falta de emprego devem ser os trabalhadores informais — aqueles sem carteira assinada ou empreendedores sem registro.
Esses profissionais representam 40,7% da força de trabalho ocupada no país, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ou seja, quase metade dos trabalhadores do país se veem hoje na berlinda com a quarentena que vem sendo implementada em diversas cidades do país. E o pior: sem data para acabar.

Ao incluir as pessoas subempregadas ou que não estão procurando mais trabalho, o número chega a 470 milhões, adicionando 165 milhões de pessoas que têm emprego, mas gostariam de trabalhar mais e 120 milhões que abandonaram a busca ativa ou não têm aceso ao mercado de trabalho.


IDH DOS PAÍSES


O Índice de Desenvolvimento Humano é uma medida comparativa de riquezaalfabetizaçãoeducaçãoexpectativa de vidanatalidade e outros fatores para os diversos países do mundo. É uma maneira padronizada de avaliação e medida do bem-estar de uma população, especialmente bem-estar infantil. É usado para distinguir se o país é desenvolvidoem desenvolvimento ou subdesenvolvido, e para medir igualmente o impacto de políticas econômicas na qualidade de vida. O índice foi desenvolvido em 1990 pelo economista paquistanês Mahbub ul Haq] e pelo economista indiano Amartya Sen.

Qualidade de vida e muito mais do que dinheiro. Por isso, a Organização das Nações Unidas (ONU) criaram o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que avalia várias áreas importantes da vida, como a saúde, a educação e a economia. O sistema não é perfeito, mas nos dá uma boa ideia de quais são os países com melhor nível de vida.

RANKING DO DESENVOLVIMENTO HUMANO

Há, ainda, o ranking do desenvolvimento, que avalia 189 lugares, entre países e territórios, e mostra quais são os mais e menos desenvolvidos do mundo de acordo com a média dos avanços feitos em três dimensões: expectativa de vida, educação e renda per capita. Com os resultados, é calculado o IDH. Quanto mais próxima de 1 a pontuação, mais desenvolvido é o local.
Na edição 2019 do ranking do desenvolvimento, poucas novidades. Entre os mais desenvolvidos, o território de Hong Kong subiu uma posição na comparação com a análise anterior, da 6ª colocação para a 5ª, posição antes ocupada pela Austrália.
Estados Unidos e Reino Unido estão na mesma posição, que é, ainda, a mesma registrada no ano passado, a 15ª, o que o índice coloca como estagnação. Já entre os menos desenvolvidos, a lista é composta por países africanos.
Os países menos desenvolvidos do mundo em 2019
188 – Níger (IDH 0,377)
188 – República Centro-Africana (IDH 0,381)
187 – Chade (IDH 0,401)
186 – Sudão do Sul (IDH 0,413)
185 – Burundi (IDH 0,423)
184 – Mali (IDH 0,427)
182 – Eritréia (IDH 0,434)
182 – Burkina Faso (IDH 0,434)
181 – Serra Leoa (IDH 0,438)

180 – Moçambique (IDH 0,0446)

Os países mais desenvolvidos do mundo em 2019
1 – Noruega (IDH 0,954)
2 – Suíça (IDH 0,946)
3 – Irlanda (IDH 0,942)
4 – Alemanha (IDH 0,939)
4 – Hong Kong (IDH 0,939)
6 – Austrália (IDH 0,938)
6 – Islândia (IDH 0,938)
8 – Suécia (IDH 0,937)
9 – Singapura (IDH 0,935)
10 – Holanda (IDH 0,933)
11 – Dinamarca (IDH 0,930)
12 – Finlândia (IDH 0,925)
13 – Canadá (IDH 0,922)
14 – Nova Zelândia (IDH 0,921)
15 – Reino Unido (IDH 0,920)
15 – Estados Unidos (IDH 0,920)

REFUGIADOS:

O mundo tinha, no fim de 2018, cerca de 70,8 milhões de pessoas forçadas a deixar suas regiões de origem por motivos de guerra, perseguição, violência e violação aos direitos humanos. 

De acordo com a publicação do ACNUR, mais de dois terços de todos os refugiados vêm de apenas cinco países:
  • Síria — 6,7 milhões;
  • Afeganistão — 2,7 milhões;
  • Sudão do Sul — 2,3 milhões;
  • Mianmar — 1,1 milhão;
  • Somália — 900 mil.
Os países que acolhem os maiores contingentes de refugiados são:
  • Turquia — 3,7 milhões;
  • Paquistão — 1,4 milhão;
  • Uganda — 1,2 milhão;
  • Sudão — 1,1 milhão;
  • Alemanha — 1,1 milhão.


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