Bullying
Bullying é uma palavra de
origem inglesa que designa atos de agressão e intimidação repetitivos contra um
indivíduo que não é aceito por um grupo, geralmente na escola.
A
prática do bullying consiste em um conjunto
de violências que se repetem por algum período. Geralmente são
agressões verbais, físicas e psicológicas que humilham, intimidam e traumatizam
a vítima. Os danos causados pelo bullying podem ser profundos, como a depressão, distúrbios comportamentais e até o suicídio.
O que é bullying?
Bullying é uma palavra que se originou na língua inglesa. “Bully” significa
“valentão”, e o sufixo “ing” representa uma ação contínua. A palavra bullying
designa um quadro de agressões contínuas, repetitivas, com
características de perseguição do agressor contra a vítima,
não podendo caracterizar uma agressão isolada, resultante de uma briga.
As agressões podem ser de ordem verbal, física e psicológica,
comumente acontecendo as três ao mesmo tempo. As vítimas são intimidadas,
expostas e ridicularizadas. São chamadas por apelidos vexatórios e sofrem
variados quadros de agressão com base em suas características físicas, seus
hábitos, sua sexualidade e sua maneira de ser.
As vítimas de bullying podem sofrer agressões de uma pessoa isolada ou
de um grupo. Esse grupo pode atuar apenas como “espectadores inertes” da
violência, que indiretamente contribuem para a continuidade da agressão.
Normalmente, chamamos de bullying o
comportamento agressivo sistemático cometido por crianças e adolescentes.
Quando um comportamento parecido acontece entre adultos, geralmente no
ambiente de trabalho, classificamos o ato como assédio moral.
Comumente,
o bullying é uma prática injusta, visto que os agressores ou agem em grupo (ou
com o apoio do grupo) ou agem contra indivíduos que não conseguem se defender
das agressões. Apesar de considerarmos o sofrimento da vítima, também devemos
tentar entender o comportamento dos agressores.
Muitas vezes, são jovens que passam por problemas psicológicos ou
que sofrem agressões no ambiente familiar e na própria escola, e tentam
transferir os seus traumas por meio da agressividade contra
os outros.
Também é na escola o lugar onde os reflexos da sociedade fazem
com que se crie uma espécie de micro-organismo social,
que tende a recriar a sociedade em um espaço menor e isolado. A sociedade em
geral é agressiva e excludente, e esses fatores tendem a se repetir entre os
jovens no âmbito escolar.
.
Além
da intimidação, da perseguição e da violência psicológica, o bullying pode
levar à violência física. Os profissionais da educação devem ficar atentos para
evitar os casos de bullying e resolver a situação, conscientizando os
agressores e auxiliando as vítimas.
Consequências do bullying:
As consequências do bullying podem
ser devastadoras e irreversíveis para a vítima. Os primeiros sintomas são
o isolamento social da vítima, que não se vê como alguém que pertence àquele
grupo. A partir daí, pode haver uma queda no rendimento escolar, queda na autoestima,
quadros de depressão, transtorno de ansiedade, síndrome
do pânico e outros distúrbios psíquicos. Quando não
tratados, esses quadros podem levar o jovem a tentar o suicídio.
Se
os traumas
do bullying não forem tratados, a vítima pode guardar
aquele sofrimento em seu subconsciente, que virá a se manifestar diversas
vezes em sua vida adulta,
dificultando as relações pessoais, a vida em sociedade, afetando a sua carreira
profissional e até levando ao desenvolvimento de vícios em drogas e álcool.
Como identificar o alvo do bullying
O alvo
usual do bullying é o tipo de pessoa que não se enquadra
nos padrões sociais tidos como normais, por questões físicas, psicológicas ou
comportamentais. Geralmente, os agressores procuram alguém que seja diferente
para ser a sua vítima: pessoas com excesso de peso ou magras demais, pessoas de
estatura menor, pessoas que não se enquadram no padrão de beleza ditado pela
sociedade, pessoas de condição socioeconômica inferior, homossexuais,
transexuais, pessoas com dificuldade de aprendizagem ou muito estudiosas etc.
É preciso ficar atento ao
comportamento dos jovens, sobretudo quando eles apresentarem baixa autoestima, falta de
vontade de ir à escola, dificuldade
de aprendizagem e comportamento autodepreciativo ou
autodestrutivo. Se o jovem apresentar um quadro semelhante, a família e a
escola devem entrar em ação para investigar o que se passa, a fim de colocar um
ponto final em uma possível intimidação sistemática e oferecer o auxílio e o
conforto de que a vítima necessita no momento.
Como solucionar o bullying
A
violência não é combatida com mais violência. Às vezes, punições aos agressores
são necessárias quando estes extrapolam qualquer limite razoável, porém, na
maioria das vezes, os agressores também são jovens que sofrem por algum motivo.
Nesses casos, a melhor maneira de solucionar o problema é pelo diálogo e conscientização.
É necessário conscientizar aqueles que assistem, repetem ou indiretamente
contribuem com o bullying, pois eles também mantêm o sistema de agressividade
funcionando.
Para
além das campanhas governamentais e não governamentais, é necessário que as
famílias unam-se com os profissionais da educação para que todos possam
trabalhar na conscientização de seus filhos e no apoio emocional de que as
vítimas do bullying necessitam.
Lei sobre o bullying escolar
No
dia 6
de novembro de 2016, foi sancionada no Brasil pela
presidente Dilma Rousseff a Lei 13.185, que institui
o Programa de Combate à Intimidação Sistemática.Fonte: Francisco Porfírio/Professor
de Sociologia
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