segunda-feira, 7 de novembro de 2016

“O país que Queremos”
“Nestes casos, a sociedade perde os freios necessários para limitar as ações das pessoas. É o que dá sinais no Brasil, quando os cidadãos passam a não acreditar nas suas instituições e, aí, lançam mão de alternativas, normalmente na ilegalidade, para suprir o que o Estado, ou, mesmo, o que a vida, não lhes oferece. Daí, a segurança paralela, o mercado negro, a pirataria, a sonegação, o assalto para alcançar a moda, a água no leite, o benzeno na gasolina, a farinha no remédio, o metanol na cachaça, entre outros desvios. É assim que, sabedor da impunidade e alimentado pela baixa legitimidade das instituições, o crime se multiplica.”
Pedro Simon
A Democracia não garante o paraíso na Terra, mas impede que o inferno se instaure”
Leandro Karnal, historiador


Perda anual da economia brasileira com a corrupção:
ü 1% a 4% do PIB (dados da Fundação Getúlio Vargas)
ü 2,3 % do PIB (R$ 100 bilhões) estimativa da FIESP
ü R$ 20 bilhões somente com as licitações viciadas (combinação, cartel, fraude) [dados da Secretaria de Direito Econômico, em 2007]
ü 25% de desvios dos recursos federais repassados aos municípios/prefeituras (cerca de R$ 120 bilhões) [estimativa dos órgãos de fiscalização]
ü O Banco Mundial estima a perda anual, no mundo, só com suborno e propina, em 1 trilhão de dólares.
ü A redução de apenas 10% no nível de corrupção no país aumentaria em 50% a renda per capita dos brasileiros, dentro de 25 anos [dados da FGV]. O prejuízo anual com a corrupção, se evitado, geraria cerca de 500 reais anuais para cada brasileiro ou cerca de 2000 reais para cada grupo familiar (04 pessoas, em média). Sem corrupção, o Brasil duplicaria o orçamento federal da educação e da saúde.
ü Segundo a CGU, 4 em cada 5 Prefeituras fiscalizadas (80%) apresentam irregularidades graves e médias, que indicam a ocorrência de desvios de recursos públicos federais. Um terço dos Municípios foram fiscalizados nos últimos anos. Em apenas um escândalo ("Sanguessugas"), 10% dos municípios brasileiros (mais de 500) estavam envolvidos.
ü Segundo a CGU, 4 em cada 5 Prefeituras fiscalizadas (80%) apresentam irregularidades graves e médias, que indicam a ocorrência de desvios de recursos públicos federais. Um terço dos Municípios foram fiscalizados nos últimos anos. Em apenas um escândalo ("Sanguessugas"), 10% dos municípios brasileiros (mais de 500) estavam envolvidos.
ü Investimento do Brasil na saúde ainda é muito baixo: cerca de 9,5 % do PIB, sendo que o poder público responde por menos da metade, cerca de 4,5 %.
ü O investimento público, envolvendo as 3 esferas de governo (União, com 47%; Estados, com 26%; e Municípios, com 27%), representa 44% do total aplicado, apesar de atender a 75% da população. O investimento privado (56%) atende a 25%. Na média da OCDE, o investimento público é de 70%.
ü O investimento público per capita, no Brasil, ainda é muito baixo (512 dólares ao ano), praticamente o mínimo recomendado pela OMS (500 dólares por ano), sendo que alguns países europeus chegam a investir 10 vezes mais.

ü O investimento público per capita, no Brasil, ainda é muito baixo (512 dólares ao ano), praticamente o mínimo recomendado pela OMS (500 dólares por ano), sendo que alguns países europeus chegam a investir 10 vezes mais.

ü O investimento público da educação no Brasil gira em torno de 4,7 % do PIB, similar ao aplicado pelos países mais desenvolvidos. Apesar disso, o gasto brasileiro anual por aluno ainda é baixo (1/3 da média da OCDE).

ü Isso não é suficiente para garantir a apregoada universalização do ensino no país.

ü Apesar de termos mais de 95% de alunos matriculados no Ensino Fundamental (7 a 14 anos), nem metade dos jovens brasileiros de 15 a 17 anos chega ao ensino médio, e apenas 10% dos jovens entre 18 e 24 anos alcançam as universidades.

ü Os desvios de recursos na área só são menores do que os verificados na saúde. Dados da CGU apontam que, de 2003 a 2007, a educação é o segundo setor onde foram detectados mais desvios de recursos federais (471 milhões de reais).





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