quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020


ANSIEDADE: CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), distúrbios relacionados à ansiedade afetam 33% da população em todo o mundo, o que significa 264 milhões de pessoas.


No Brasil, as estatísticas apontam que 9,3% (18.657.943) dos brasileiros sofrem com transtorno de ansiedade, ou seja, quase três vezes mais do que a média mundial.
O transtorno de ansiedade generalizada (conhecido pela sigla TAG) ocorre quando a ansiedade persiste por longos períodos de tempo e passa a interferir nas atividades do dia a dia. O principal sintoma do quadro é a “preocupação excessiva ou expectativa apreensiva”.

De acordo com o DSM-5 (Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais) os transtornos de ansiedade incluem transtornos que compartilham características de medo e ansiedade excessivos e perturbações comportamentais relacionadas.
Medo é a resposta emocional a ameaça iminente real ou percebida, enquanto ansiedade é a antecipação de ameaça futura.
O medo é com mais frequência associado a períodos de excitabilidade aumentada, necessária para luta ou fuga, pensamentos de perigo imediato e comportamentos de fuga.
Os ataques de pânico se destacam dentro dos transtornos de ansiedade como um tipo particular de resposta ao medo.
Já a ansiedade é mais frequentemente associada a tensão muscular e vigilância em preparação para perigo futuro e comportamentos de cautela ou fuga.

1 – Enxergar perigo em tudo
Indivíduos com transtornos de ansiedade em geral superestimam o perigo nas situações que temem ou evitam. O medo ou a ansiedade são excessivos ou fora de proporção. Você já conheceu alguma pessoa que não viaja de avião por que tem medo de acidente aéreo? Está sempre pensando que o avião vai cair? Já imagina inclusive a cena de luto?

Um outro exemplo é alguém que passa por um procedimento ou exame médico simples e teme ter uma doença grave ou ficar incapacitado após o exame. Em casos mais extremos chega até a cogitar a possibilidade de morrer no procedimento.
2 – Assaltar a geladeira ou descontar a preocupação no docinho
Não faltam casos de pessoas que encontram na comida uma solução para seus problemas emocionais. Ao menor sinal de preocupação você recorre ao brigadeiro, a um docinho ou qualquer outro alimento para aliviar a tensão. Em geral mastigam pouco o alimento, e ingerem grande quantidade de comida em pouco tempo.

Comer indiscriminadamente, sem fome, por ansiedade, estresse ou outra emoção negativa é um sinal de alerta. E cuidado, esta atitude também pode desencadear uma compulsão alimentar.
3 – Alterações de sono
Sentem dificuldade para dormir ou apresentam episódios de insônia em vésperas de reuniões importantes e eventos. Não conseguem se desligar do que fizeram ao longo do dia no trabalho e passam a noite processando o que farão no dia seguinte. Algumas vezes chegam a sonhar e despertar pensando em soluções possíveis para determinada questão.

4 – Sofrer com tensão muscular
Estão sempre com dores nas costas, ombros e nuca. Seus músculos do pescoço estão travados e a dor é tanta que mal dá para virar de lado? Essa tensão muscular, quase constante, geralmente acompanha os transtornos de ansiedade. Quanto maior a preocupação e o desânimo, maior a possibilidade de transferir as tensões para a região cervical.

5 – Ter medo de falar em público
Somente ao pensar na necessidade de realizar uma apresentação para uma plateia sinais como sudorese excessiva, mãos geladas, taquicardia, falta de ar e respiração ofegante aparecem. Esse medo pode estar relacionado às preocupações com o ego, receio de julgamento e a apreensão, aumentando a ansiedade.

6 – Preocupar-se em excesso
Estão sempre preocupados com o futuro. Ainda mais em épocas de crise econômica, é comum ver pessoas preocupadas com a manutenção do emprego. Será que estarei empregado mês que vem? Terei dinheiro para pagar minhas contas? Como vou cuidar da minha família?

A preocupação excessiva é uma fonte direta de dores de cabeça, úlceras, ansiedade e stress, podendo inclusive afetar o sistema imunológico.
7 – Ficar à beira de um ataque de nervos
Irritabilidade, mudanças de humor repentinas e sem explicação aparente. Pessoas que estão a ponto de entrar em um ataque de nervos, podem passar da euforia ao pranto rapidamente. Esses sintomas surgem em momentos de maior pressão e estresse, por exemplo, quando da perda de um emprego ou de um ente querido.

8 – Conviver com medos irracionais
Medos de estar perdendo alguma coisa, de não ser bom o suficiente, medo do fracasso, pânico de ficar sozinho ou de não ser aceito também perseguem pessoas ansiosas. Campeões de autocrítica, são os primeiros a não se sentir capazes o suficiente para concluir uma determinada atividade. O excesso de medo pode comprometer a segurança nas relações pessoais, seja no trabalho ou na família.

9 – Apresentar inquietação constante
Dificuldade de concentração, inquietação e fadiga. O indivíduo apresenta uma angústia intensa, não consegue ficar quieto, caminha de um lado para o outro, desespera-se. Fatores que geram grande desconforto ao atrapalhar a conclusão de uma tarefa, ao afetar a qualidade de vida da pessoa e de quem está ao seu lado.

10 – Sofrer com sintomas físicos
Nos momentos de ansiedade, podem surgir sintomas físicos como tremores, cansaço fácil, sensação de falta de ar ou asfixia, coração acelerado, suor excessivo, mãos frias e suadas, boca seca, tontura, náuseas, diarreia, desconforto abdominal, ondas de calor, calafrios, micção frequente, dificuldade para engolir, sensação de engasgo, entre outros.

11 – Pensamento obsessivo
O pensamento obsessivo é uma incapacidade de ganhar controle sobre pensamentos e imagens, angustiantes e recorrentes. Estudos de imagem cerebral indicam que está associado a uma disfunção neurológica de causa desconhecida que força os pensamentos em ciclos repetitivos. O pensamento obsessivo também pode estar associado a transtornos do humor, incluindo distimia, depressão, transtorno bipolar e é o sintoma definidor de Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC), Transtorno de Pânico e muitas outras condições psicológicas.

12 – Perfeccionismo
O perfeccionismo caracteriza-se pela insistência em estabelecer padrões altos e pela busca incessante em alcançar esses padrões. E de fato, os perfeccionistas muitas vezes têm alto desempenho – mas o preço desse sucesso pode ser a infelicidade e insatisfação crônicas. Pode estar fortemente ligado ao medo de errar e a comportamentos de auto-sabotagem, como a procrastinação. Como a perfeição é algo praticamente impossível de se atingir, pessoas perfeccionistas acabam sofrendo com a ansiedade por não conseguir atingir o objetivo estabelecido.

13 – Problemas digestivos
Um sistema muito afetado pelo estresse e ansiedade é o gastrointestinal. Dores, má digestão, mal-estar no abdômen, diarreia e azia são alguns desses sinais que podem causar incômodo. Ansiedade excessiva e estresse agudo podem alterar as funções gastrointestinais por meio do sistema nervoso. Como consequência dessas alterações podem surgir úlceras, gastrites, doenças inflamatórias, refluxo gastroesofágico e síndrome do intestino irritável.


Sintomas emocionais: tristeza, nervosismo, irritabilidade,
Sintomas fisiológicos: coração acelerado, sensação de formigamento, falta de ar, sudorese, tontura, dor de cabeça, dores musculares, insônia
Sintomas comportamentais: impulsividade, agressividade, fala acelerada;
Sintomas cognitivos: dificuldade de concentração e tomada de decisão, preocupações excessivas.

Resultado de imagem para ansiedadeResultado de imagem para ansiedade

Nenhum comentário:

Postar um comentário