sexta-feira, 2 de abril de 2021

 

O ACASO NÃO EXISTE

Nos questionamos do porquê de estarmos a passar por determinadas situações que absolutamente fogem ao nosso controle e poder de solução imediata. Diante desses acontecimentos que geram instabilidade emocional, há de se perguntar: porque e para que estou a passar por isso: como enfrentar uma situação difícil? Como enfrentar conflitos que nos levam ao teste quando da veracidade daquilo que nós pregamos e acreditamos como princípios filosóficos de conduta moral e ética?
O ser humano tem o poder de discernimento, do livre-arbítrio, da escolha entre o que deve e o que não deve fazer, o caminho que poderá trilhar e o caminho que não deverá trilhar.
Levando-se em consideração a lei de causa e efeito, que para toda ação há uma reação correspondente, é preciso averiguar com mais clareza e nitidez a responsabilidade do próprio livre-arbítrio.
No impulso não se analisa, apenas se reage. Na ação refletida não se reage, mas sim age. A reação tem conotação emocional. Quanto mais predomine no ser a razão, direcionando-a à conduta moral, menor probabilidade de desacerto no seu próprio caminhar.
A emoção leva-nos a atitudes impulsivas, tempestivas, desconectadas de uma profunda reflexão que a própria ação requer para ser proativa e eficaz; a clareza do que se deve ou não fazer é inerente ao grau de maturidade individual já conquistado. O entrechoque entre os desejos necessidades e expectativas, leva o ser a reações abruptas. Todas as vezes que a tecla do interesse pessoal vir à tona significa ainda impregnação de tudo o que é material na vida do ser humano. Se todas as ações estiverem relacionadas diretamente ao interesse pessoal, este ser é prisioneiro do seu próprio ego. Quantas vezes refletimos: devo ou não fazer tal atitude, devo ou não seguir tal caminho? Reflita. Coloque-se no lugar do outro e você compreenderá se deverá ou não fazer.
Se o caminho é livre para a escolha individual de cada um, a responsabilidade por essa mesma escolha está diretamente relacionada a sua capacidade ou não de discernimento. A responsabilidade individual é intransferível; cada um colha o que planta. A semeadura é livre, e a qualidade da semente é livre, individual para cada um. Preferível seria analisar-se um pouco mais, com um pouco mais de profundidade, resistindo às compulsividades tão naturais na vida do cotidiano atual. O homem inteligente é aquele que aprende a distinguir o que convém daquilo que não lhe convém. Usar a inteligência significa você usar a razão acima do interesse pessoal o que não é tarefa nada fácil para aqueles que vivem na modernidade atual. Razão e emoção precisam andar de mãos dadas, caso contrário o homem ainda será prisioneiro de si próprio, aprisionando-se aos seus desejos, seus interesses, expectativas imediatistas. Na dúvida abstenha-te de tomar uma decisão. Só tome uma decisão com a devida absoluta certeza que a decisão requer e lembrando-se de que para cada decisão há a responsabilidade correspondente.
Estás preparado para assumir a responsabilidade de tal decisão, então siga adiante; se não estiver preparado, acautela-te, porque não há maturidade suficiente para opinar ou decidir quanto ao melhor caminho a ser trilhado. O homem não dá saltos incomensuráveis; é um passo seguindo-se de outro passo. No cômputo geral do trilhar individual de cada um, as lições aprendidas são indiscutíveis neste processo de aquisição da maturidade, da sabedoria que lhe é tão imprescindível à conquista evolutiva. A luta do interesse pessoal para o cumprimento do dever é algo que acompanha a humanidade há séculos. Todas as vezes que o interesse pessoal ferir o cumprimento do dever o conflito se instala.
Sendo assim, trava-se no campo mental uma batalha invisível, mas de uma dor moral incontestável. O que deve ser feito e o que não deve ser feito do ponto de vista moral e ético. Jesus resumiu toda a sabedoria em "faça ao próximo o que gostaria que o próximo lhe fizesse", perfeito ensinamento para todos aqueles que se veem em conflito sobre qual caminho a percorrer.
(Mensagem ditada pelo espírito Luis Carlos, através do médium Karla Júlia, no Livro Esperança).

Pode ser uma imagem de texto que diz "SERIE ORVANGELOO VOLUME III ESPERANÇA DIVERSOS ESPÍRITOS MÉDIUM Karla Júlia Marcelino Edições ManuelQuintão Manuel Quintão"
Tânia Santos, Katia Santos e outras 16 pessoas

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