VISÍVEIS PARA SI MESMO
TRABALHANDO O CHAKRA ESPLÊNICO
FICAR SOZINHO NÃO É ESTAR ABANDONADO, AO CONTRÁRIO: É UM ENCONTRO DOS MAIS SAGRADOS.
Se você fosse um super-herói, qual o poder que gostaria de ter? Pergunta clássica, resposta clássica: 99% das pessoas gostariam de ficar invisíveis. É o desejo também do senhor Y, o enigmático personagem de O Homem Visível, de Chuck Klosterman, livro que mistura ficção científica, bizarrice e suspense numa trama que, ainda que inverossímil, prende o leitor e faz refletir.
Y trabalhou num projeto ultrassecreto do governo americano e acabou desenvolvendo uma tecnologia de camuflagem. Ele criou uma espécie de segunda pele que o torna invisível. Com que propósito? Entrar na casa de pessoas que morem sozinhas e, sem ser percebido, vê-las em sua rotina comum. O obcecado Y acredita que uma pessoa é 100% autêntica apenas quando ninguém a está observando.
Ah, super Y. Além de invisível, você lê pensamentos? Acredito no mesmo que você. Sozinho não finjo, não disfarço, não retruco, não provoco, não julgo, não condeno, não sumo, não volto. Sozinho não há céu que me rejeite, assim encerra um poema que escrevi certa vez sobre o benefício da solidão.
Não que sejamos todos uns falsos ao sair pela porta de casa, mas é indiscutível que, assim que entra um vizinho no elevador, você automaticamente aciona um dispositivo que produz um sorriso e um comentário sobre o clima, quando na verdade está morta de sono e preferiria continuar calada. Uma atuação inofensiva e gentil, mas ainda assim uma atuação. É preciso contracenar.
No entanto, em suas visitas secretas a homens e mulheres que se acreditavam em total privacidade dentro de seus apartamentos, Y repara que elas não se sentem tão relaxadas como deveriam. Ele se dá conta de que as pessoas não consideram o tempo que passam sozinhas como parte de suas vidas. Diz o personagem: “Sempre me senti mais vivo quando estava sozinho, porque esses eram os únicos momentos que não sentia medo de ter minhas ações examinadas e interpretadas. O que acabei descobrindo é que as pessoas precisam que suas ações sejam examinadas e interpretadas, para acreditar que o que fazem tem importância”.
É preocupante. Hoje, as pessoas só confirmam sua existência quando estão em público. No entanto, creio que é justamente quando estamos misturados aos demais que nos tornamos invisíveis.
Acabamos infiltrados na manada e compartilhamos opiniões originadas do senso comum, tudo pela ansiedade de fazer parte de alguma coisa. Já ao nos concedermos momentos de isolamento, entramos em real conexão com nossos desejos, processamos as experiências vividas e esculpimos silenciosamente o homem e a mulher que estamos nos tornando. Ficar sozinho não é estar abandonado, ao contrário: é um encontro dos mais sagrados. Invisível para os outros, extremamente visível para si mesmo.
É divertido ser invisível e todos nós temos esse poder, basta estar numa festa para 800 convidados, por exemplo. A visibilidade é que é rara: olhar profundamente para dentro e enxergar o que ninguém mais consegue ver.
Por Martha Medeiros
Revisão e edição por Carlos Cares
Terapeuta Holístico
www.twitter.com/
www.terapia-reiki.com
TRABALHANDO O CHAKRA ESPLÊNICO
FICAR SOZINHO NÃO É ESTAR ABANDONADO, AO CONTRÁRIO: É UM ENCONTRO DOS MAIS SAGRADOS.
Se você fosse um super-herói, qual o poder que gostaria de ter? Pergunta clássica, resposta clássica: 99% das pessoas gostariam de ficar invisíveis. É o desejo também do senhor Y, o enigmático personagem de O Homem Visível, de Chuck Klosterman, livro que mistura ficção científica, bizarrice e suspense numa trama que, ainda que inverossímil, prende o leitor e faz refletir.
Y trabalhou num projeto ultrassecreto do governo americano e acabou desenvolvendo uma tecnologia de camuflagem. Ele criou uma espécie de segunda pele que o torna invisível. Com que propósito? Entrar na casa de pessoas que morem sozinhas e, sem ser percebido, vê-las em sua rotina comum. O obcecado Y acredita que uma pessoa é 100% autêntica apenas quando ninguém a está observando.
Ah, super Y. Além de invisível, você lê pensamentos? Acredito no mesmo que você. Sozinho não finjo, não disfarço, não retruco, não provoco, não julgo, não condeno, não sumo, não volto. Sozinho não há céu que me rejeite, assim encerra um poema que escrevi certa vez sobre o benefício da solidão.
Não que sejamos todos uns falsos ao sair pela porta de casa, mas é indiscutível que, assim que entra um vizinho no elevador, você automaticamente aciona um dispositivo que produz um sorriso e um comentário sobre o clima, quando na verdade está morta de sono e preferiria continuar calada. Uma atuação inofensiva e gentil, mas ainda assim uma atuação. É preciso contracenar.
No entanto, em suas visitas secretas a homens e mulheres que se acreditavam em total privacidade dentro de seus apartamentos, Y repara que elas não se sentem tão relaxadas como deveriam. Ele se dá conta de que as pessoas não consideram o tempo que passam sozinhas como parte de suas vidas. Diz o personagem: “Sempre me senti mais vivo quando estava sozinho, porque esses eram os únicos momentos que não sentia medo de ter minhas ações examinadas e interpretadas. O que acabei descobrindo é que as pessoas precisam que suas ações sejam examinadas e interpretadas, para acreditar que o que fazem tem importância”.
É preocupante. Hoje, as pessoas só confirmam sua existência quando estão em público. No entanto, creio que é justamente quando estamos misturados aos demais que nos tornamos invisíveis.
Acabamos infiltrados na manada e compartilhamos opiniões originadas do senso comum, tudo pela ansiedade de fazer parte de alguma coisa. Já ao nos concedermos momentos de isolamento, entramos em real conexão com nossos desejos, processamos as experiências vividas e esculpimos silenciosamente o homem e a mulher que estamos nos tornando. Ficar sozinho não é estar abandonado, ao contrário: é um encontro dos mais sagrados. Invisível para os outros, extremamente visível para si mesmo.
É divertido ser invisível e todos nós temos esse poder, basta estar numa festa para 800 convidados, por exemplo. A visibilidade é que é rara: olhar profundamente para dentro e enxergar o que ninguém mais consegue ver.
Por Martha Medeiros
Revisão e edição por Carlos Cares
Terapeuta Holístico
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www.terapia-reiki.com
VISIBLE FOR YOURSELF
WORKING The Spleen Chakra
STAND ALONE NOT BE ABANDONED, UNLIKE: IS ONE OF THE MOST SACRED ENCOUNTER.
If you were a superhero, what power would you have? Question classic, classic response: 99% of people would like to be invisible. It is also the desire of Mr. Y, the enigmatic character of The Visible Man, by Chuck Klosterman book that mixes science fiction, weirdness and suspense in a plot that, although unlikely, engages the reader and makes you reflect.
Y worked on a top secret U.S. government project and ended up developing a cloaking technology. He created a kind of second skin that makes it invisible. For what purpose? Enter the house of people who live alone and unnoticed, seeing them in his usual routine. The Y obsessed believes that a person is 100% authentic only when nobody is watching.
Oh, super Y. Besides invisible, you read thoughts? I believe the same as you. Alone do not pretend, not disguise, no retort, no tease, do not judge, do not condemn, not juice, not back. Alone there is no heaven to reject me, so ends a poem that I once wrote about the benefits of solitude.
Not that we are all one false step outside the door, but it is indisputable that, as you enter a neighbor in the elevator, you automatically triggers a device that produces a smile and a comment about the weather, when in fact dead sleep and would rather keep quiet. A role harmless and gentle, but still a performance. You need to play opposite.
However, in his secret visits to men and women who believed in complete privacy within their apartments, Y notices that they do not feel as relaxed as they should. He realizes that people do not consider the time you spend alone as part of their lives. The character says: "I always felt most alive when alone, because those were the only times that he was not afraid of having my actions examined and interpreted. What I discovered is that people need that their actions are examined and interpreted, to believe that what they do is important. "
It is worrying. Today, people only confirm its existence when out in public. However, I believe that it is precisely when we are mixed with others that we become invisible.
We just infiltrated the herd and share opinions derived from common sense, all the anxiety of being part of something. Already in the concedermos moments of isolation, we enter into real connection with our desires, we process their experiences and sculpt silently men and women that we are becoming. Being alone is not to be abandoned to the contrary, it is a meeting of the holiest. Invisible to others, extremely visible to himself.
It's fun to be invisible and we all have this power, just be a party for 800 guests, for example. The visibility is that it is rare: to look deep inside and see what no one else can see.
By Martha Medeiros
Proofreading and editing by Carlos Cares
Holistic Therapist
www.twitter.com / carloscares_
www.terapia-reiki.com
WORKING The Spleen Chakra
STAND ALONE NOT BE ABANDONED, UNLIKE: IS ONE OF THE MOST SACRED ENCOUNTER.
If you were a superhero, what power would you have? Question classic, classic response: 99% of people would like to be invisible. It is also the desire of Mr. Y, the enigmatic character of The Visible Man, by Chuck Klosterman book that mixes science fiction, weirdness and suspense in a plot that, although unlikely, engages the reader and makes you reflect.
Y worked on a top secret U.S. government project and ended up developing a cloaking technology. He created a kind of second skin that makes it invisible. For what purpose? Enter the house of people who live alone and unnoticed, seeing them in his usual routine. The Y obsessed believes that a person is 100% authentic only when nobody is watching.
Oh, super Y. Besides invisible, you read thoughts? I believe the same as you. Alone do not pretend, not disguise, no retort, no tease, do not judge, do not condemn, not juice, not back. Alone there is no heaven to reject me, so ends a poem that I once wrote about the benefits of solitude.
Not that we are all one false step outside the door, but it is indisputable that, as you enter a neighbor in the elevator, you automatically triggers a device that produces a smile and a comment about the weather, when in fact dead sleep and would rather keep quiet. A role harmless and gentle, but still a performance. You need to play opposite.
However, in his secret visits to men and women who believed in complete privacy within their apartments, Y notices that they do not feel as relaxed as they should. He realizes that people do not consider the time you spend alone as part of their lives. The character says: "I always felt most alive when alone, because those were the only times that he was not afraid of having my actions examined and interpreted. What I discovered is that people need that their actions are examined and interpreted, to believe that what they do is important. "
It is worrying. Today, people only confirm its existence when out in public. However, I believe that it is precisely when we are mixed with others that we become invisible.
We just infiltrated the herd and share opinions derived from common sense, all the anxiety of being part of something. Already in the concedermos moments of isolation, we enter into real connection with our desires, we process their experiences and sculpt silently men and women that we are becoming. Being alone is not to be abandoned to the contrary, it is a meeting of the holiest. Invisible to others, extremely visible to himself.
It's fun to be invisible and we all have this power, just be a party for 800 guests, for example. The visibility is that it is rare: to look deep inside and see what no one else can see.
By Martha Medeiros
Proofreading and editing by Carlos Cares
Holistic Therapist
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