Educação para mudar a cultura do machismo
Estado investe em programas voltados a minimizar a violência contra a mulher, que está em queda localmente
Na tentativa de reduzir os índices de homicídios contra mulheres, a Secretaria estadual da Mulher está investindo em ações e campanhas educativas, que instiguem as gerações mais jovens a se tornarem adeptos da não-violência. A secretária-executiva da pasta, Bárbara Kreuzig, disse que há duas importantes ações na pauta. A primeira, em curso desde o começo do ano passado é a "Campanha Maria da Penha Vai à Escola". A segunda, "Violência contra a Mulher não dá Frutos", terá início em março. Já durante o Carnaval, a Secretaria da Mulher sai com um trio durante o desfile do Galo da Madrugada, com a campanha "Violência Contra a Mulher é Coisa de Outra Cultura", quando serão distribuídos folders informativos.
A "Campanha Maria da Penha Vai à Escola" está dentro do projeto que criou os 52 Núcleos de Estudos de Gênero e Enfrentamento da Violência Contra as Mullheres. O programa atua em 25 instituições de Ensino Superior e em 27 escolas de referência em Ensino Médio (Erens). "Estamos atuando junto à geração mais jovem para desenvolver a cultura da não-violência contra a mulher. Essa filosofia tem sido incorporada dentro do conteúdo programático de cada disciplina para incentivar os alunos a refletirem", conta Bárbara. O programa "Violência contra a Mulher Não Dá Frutos" é um projeto que está sendo levado para as áreas rurais, para levar a cultura da não-violência contra a mulher rural. "Apesar de não ser novo, temos um outro projeto que é a nossa ouvidoria, um portal de informação para mulheres que sofrem algum tipo de violência. Muitas vêm aderindo a essa ferramenta porque se sentem menos exposta", afirma a secretária-executiva.
A Secretaria da Mulher ainda destaca uma maior atuação da rede de abrigamento, que acompanha o desenvolvimento das mulheres após receberem alguma medida protetiva. "Trabalhamos o empoderamento das mulheres, no sentido de educá-las a saber o direito que elas têm, incentivando a autoestima, para que elas possam enfrentar uma situação de autonomia financeira e pessoal", disse Bárbara. Hoje são seis casas-abrigo para proteger as mulheres em situação de violência doméstica, sob risco de morte (Lei Estadual nº 13.977/2006).
Ao longo de sete anos, outras ações também têm se destacado. Além do aumento do número de delegacia das mulheres (hoje são 10 em todo o Estado) e centro de referências (são 15 no estado), além dos sete serviços de saúde para o atendimento de mulheres em vítimas de violência sexual, inclusive com aborto previsto em lei.
Fonte: Diário de Pernambuco
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