A dificuldade de sermos humildes
JOSÉ JOÃO TORRES
JOSÉ JOÃO TORRES
Brasília - DF
Não acredite quando alguém disser para você é uma pessoa humilde. Seja ela quem for. A pessoa humilde jamais se revela como tal. Se pensa que é, nunca foi. Se pensa que não é, está aprendendo a ser. Humildade é qualidade que só as almas nobres, que passaram pelo buril da humilhação, carregam sem guardar mágoas e ressentimentos. Perdoaram sinceramente seus algozes e vivem em paz com a sua consciência. São criaturas que não experimentam mais a influência da hipocrisia nem da dissimulação. Jamais se apresentam revestidas da aura de humildade e sabedoria que ainda não conquistaram. Tampouco vivem ensinando aos outros lições que pouco ou mal assimilaram. São comedidos no falar. Não acreditemos também naqueles religiosos e políticos que se identificam como humildes, mas preferem conviver com quem apenas lhes dispensam atenção e elogio, mesmo de forma interesseira. Vale ressaltar o pensamento lúcido do espírito Emmanuel (que já dizem estar encarnado entre nós), pela psicografia do saudoso médium Francisco Cândido Xavier:
“Não temos o que possuímos; temos aquilo que damos. Acima do que sabemos,vale aquilo que somos. Sobre a própria palavra, olhemos as ações que criamos.Mais além do que podemos, importa o que toleramos. De tudo quanto cremos que somos, vale mais o que fazemos”.
A Psicologia Transpessoal ensina que o ser humano tem três tipos de caráter: 1) o que ele exibe; 2) o que ele tem; e 3) o que ele pensa que tem.
Ser humilde passa pelo processo de profundo aprendizado reeducativo de mudanças interiores, feitas pelo Espírito humano em laboriosa conscientização do conhecer-se a si mesmo.Dizer-se humilde, bom, caridoso, qualquer um diz. O problema está em ser com educação e respeito pelos outros. E esse “ser” exige a anulação do ego negativo.
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