ÁGUA POTÁVEL, SANEAMENTO BÁSICO E HIGIENE
A importância da água para a vida, em especial para a dinâmica da vida humana em assentamentos e comunidades, é tão grande que no mês de julho do ano de 2010, a Assembleia Geral das Nações Unidas, por meio da Resolução 64/292, reconheceu que “o direito à água potável e ao saneamento básico é um direito humano essencial para o pleno desfrute da vida e de todos os direitos humanos”. Posteriormente, em ampliação dos debates no mês de dezembro do ano de 2015, a mesma Assembleia Geral das Nações Unidas edita a Resolução 70/169, a qual distingui os direitos humanos à água potável e ao saneamento, tornando-os independentes, mas não descorrelacionados, ao contrário, complementares.
“A água potável, o saneamento e a higiene em casa não devem ser um privilégio apenas daqueles que são ricos ou vivem em centros urbanos”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. “Esses são alguns dos requisitos mais básicos para a saúde humana e todos os países têm a responsabilidade de garantir que todos possam acessá-los”.
- 842 mil pessoas morrem anualmente pela precariedade de água, saneamento e higiene.
- Cerca de 3 em cada 10 pessoas em todo mundo, ou 2,1 bilhões de pessoas, não tem acesso a água potável e disponíveis em casa, e 6 em cada 10 pessoas, ou 4,5 bilhões de pessoas, não tem acesso a saneamento gerido de forma segura, de acordo com o relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e o UNICEF. Das 4,5 bilhões de pessoas que não possuem saneamento gerenciado de forma segura, 2,3 bilhões ainda não têm serviços básicos de saneamento. Isso inclui 600 milhões de pessoas que compartilham um banheiro ou latrina com outras famílias e 892 milhões de pessoas – principalmente em áreas rurais – que defecam ao ar livre. Devido ao crescimento populacional, a defecação ao ar livre está aumentando na África subsaariana e na Oceania.
“Se os países não conseguirem intensificar os esforços em saneamento básico, água potável e higiene, continuaremos a viver com doenças que deveriam ter sido há muito tempo deixadas nos livros de história, como diarreia, cólera, febre tifoide, hepatite A e doenças tropicais negligenciadas, incluindo tracoma e esquistossomose” (OMS).
Todos os anos 361 mil crianças com menos de 5 anos morrem devido a diarreia.
- 35 milhões de brasileiros não têm acesso à água tratada, mais de 100 milhões não têm coleta de esgoto e apenas 44,92% dos esgotos do país são tratados.(Instituto Trata Brasil). A falta de saneamento causa graves doenças, como diarreias, verminoses, hepatite A, leptospirose e esquistossomose. Por conta dessas doenças, foi gasto cerca de R$ 1,1 bilhão com internações entre 2010 e 2017 (R$ 140 milhões por ano) no Brasil..
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