quinta-feira, 11 de abril de 2013

Trauma pode ser transmitido de avós para netos

Maior risco de ansiedade está relacionado a interação de fatores sociais e bioquímicos

konstantin Christian/Shutterstock
Eventos estressantes vivenciados na infância, como negligência ou abuso, deixam marcas e não raro se manifestam em problemas psíquicos na vida adulta. Agora, um estudo mostra que as sequelas podem extrapolar gerações: filhos e netos de pessoas que sofreram traumas tendem a ser mais ansiosos e vulneráveis ao estresse.

Os bioquímicos Larry Feig e Lorena Saavedra-Rodríguez, da Universidade Tufts, em Massachusetts, estimularam o estresse em ratos jovens, mudando-os seguidamente de gaiola ao longo de sete semanas. Quando os animais se tornaram adultos, os pesquisadores os submeteram a testes que avaliam a ansiedade social em roedores, como a frequência com que se aproximam e interagem com ratos desconhecidos. As fêmeas adultas apresentaram comportamentos mais ansiosos em comparação com animais do grupo de controle, mas os machos não. Entretanto, posteriormente, os filhotes dos ratos de ambos os sexos mostraram-se mais vulneráveis ao estresse que a média.

O interessante, segundo Feig e Lorena, é que os ratos machos do início do estudo transmitiram o comportamento para as fêmeas de sua terceira geração, as “netas”. “Estudos anteriores sugerem que as fêmeas têm maior risco de ansiedade, o que pode ser causado por uma interação de fatores sociais e bioquímicos”, diz Feig. Ele afirma, porém, que é cedo para estender os resultados a humanos. “Os ratos do estudo foram criados em gaiolas simples, com número limitado de influências ambientais. Humanos, claro, são sujeitos a uma variedade muito maior de estímulos e também têm a habilidade de desenvolver formas de enfrentamento”, acredita.


Trauma can be passed from grandparents to grandchildren
Increased risk of anxiety is related to the interaction of social factors and biochemical

konstantin Christian / Shutterstock

Stressful events experienced in childhood, such as neglect or abuse, and often leave marks manifesting in psychological problems in adulthood. Now a study shows that sequels can extrapolate generations: children and grandchildren of people who have experienced trauma tend to be more anxious and vulnerable to stress.

Biochemists Larry Feig and Lorena Saavedra-Rodriguez, of Tufts University in Massachusetts, stimulated stress in young rats, then changing the cage over seven weeks. When animals become adults, researchers subjected to the tests that assess social anxiety in rodents, the frequency with which approach and interact with unknown mice. Adult females showed behaviors more anxious compared with animals in the control group, but not males. However, later, the pups of mice of both sexes were more vulnerable to stress than average.

Interestingly, according Feig and Lorraine, is that male rats from baseline handed behavior for females in its third generation, the "granddaughters." "Previous studies suggest that females have a higher risk of anxiety, which can be caused by an interaction of social and biochemical factors," says Feig. He says, however, that is soon to extend the results to humans. "The mice in the study were bred in cages simple, with limited environmental influences. Humans of course are subject to a much wider range of stimuli and also have the ability to develop ways of coping, "he believes.

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