segunda-feira, 31 de outubro de 2016

PRATICANDO O PODER DO AGORA
 Eckhart Tolle

 


Parece que a maioria dos "relacionamentos amorosos" não leva muito tempo para se tornar uma relação de amor e ódio. O amor pode se transformar em agressões furiosas, em sentimentos de hostilidade como num piscar de olhos, em um completo recuo da afeição Isso é visto como normal.
Se em seus relacionamentos você vivenciou tanto o "amor" quanto o seu oposto - a agressão, a violência emocional, etc. - então é provável que você esteja confundindo o apego do ego e a dependência com amor. Não se pode amar alguém em um momento e atacar essa pessoa no momento seguinte. O verdadeiro amor não tem oposto. Se o seu "amor" tem oposto, então não é amor, mas uma grande necessidade do ego de obter um sentido mais profundo e mais completo do eu interior, uma necessidade que a outra pessoa preenche temporariamente. É uma forma de substituição que o ego encontrou e, por um curto período, ela parece ser mesmo a salvação.
Chega então a um momento em que o outro passa a se comportar de um modo que deixa de preencher as nossas necessidades, ou melhor, as necessidades do nosso ego. As sensações de medo, sofrimento e falta, que estavam encobertas pelo relacionamento amoroso voltam a aparecer. Como acontece com qualquer vício, ficamos muito bem enquanto a droga está disponível, mas chega um momento em que a droga não funciona mais.
Quando essas dolorosas sensações de medo reaparecem, nós as sentimos mais fortes do que antes e passamos a ver o outro como a causa de todas dessas sensações. Isso significa que estamos projetando no outro essas sensações, por isso nós o agredimos com toda a violência que é parte do nosso sofrimento.
Essa agressão pode despertar o sofrimento do outro, que é induzido a contra-atacar.Nesse ponto, o ego ainda está, inconscientemente, esperando que a agressão ou a tentativa de manipulação seja suficiente para levar o outro a mudar o comportamento...
Todo vício surge de uma recusa insconsciente de encararmos nossos próprios sofrimentos.Todo vício começa no sofrimento e termina nele. É por isso que, passada a euforia inicial, existe tanta infelicidade, tanto sofrimento nos relacionamentos íntimos. Estes não causam o sofrimento e a infelicidade. eles trazem à superfície o sofrimento e a infelicidade que já estão dentro de nós.Todo vício chega a um ponto em que já não funciona mais para nós, e, então, sentimos o sofrimento mais forte do que nunca.
Não importa se você está vivendo só ou com alguém, a chave do segredo será sempre esta: estar presente e aumentar a presença concentrando a atenção cada vez mais fundo no Agora.
 
Por fim à identificação com o sofrimento do corpo é trazer a presença para o sofrimento e, assim, transformá-lo. Pôr fim à identificação com o pensamento é ser o observador silencionso dos próprios pensamentos e atitudes, em especial dos padrões repetitivos gerados pela mente e dos papéis desempenhados pelo ego. O grande elemento catalisador para mudarmos um relacionamento é a completa aceitação do outro do jeito que ele é, sem querermos julgar ou modificar nada. Isso nos leva imediatamente para além do ego. Nesse momento, todos os jogos mentais e toda a dependênciia viciada deixam de existir.Não existem mais vítima nem agressor, acusador nem acusado.
Como os seres humanos têm se identificado cada vez mais com a mente, a maioria dos relacionamentos não tem as raízes fincadas no Ser. Por isso se transformam em fonte de sofrimento e passam a ser dominados por problemas e conflitos.

O conhecimento e a aceitação dos fatos trazem também um certo grau de distanciamento deles. 
Toda resistência interior é vivenciada como uma negatividade. Toda negatividade é uma resistência. Nesse contexto, as duas palavras são quase sinônimas.
 
A negatividade varia de uma irritação ou impaciência a uma raiva furiosa, de um humor deprimido ou um ressentimento a um desespero suicida. Às vezes, a resistência faz disparar o sofrimento emocional, caso em que mesmo uma situação banal pode produzir uma negatividade intensa, como a raiva, a depressão ou um profundo pesar. O ego acredita que, através da negatividade, possa manipular a realidade e conseguir o que deseja. Acredita que, através dela, pode atrair uma circunstância desejável ou dissolver uma indesejável.
 
Se você - a mente - não acreditou que a  infelicidade funciona, por que a criaria? O fato é que essa negatividade não funciona. Em vez de atrair uma circunstância desejável, ela a interrompe ao nascer. Em vez de desfazer uma circunstância indesejável, ela a mantém no lugar. Sua única "utilidade" é que ela fortalece o ego, e essa é a razão pela qual ele a adora.
 
Uma vez que você tenha se identificado com alguma forma de negatividade, não vai querer que ela desapareça e, em um nível inconsciente mais profundo, não vai desejar uma mudança, você então passa a ignorar, negar ou sabotar aquilo que é positivo em sua vida. É um fenômeno comum. E também doentio.
 
As emoções negativas repetitivas podem, às vezes, conter uma mensagem, como ocorre com as doenças. Qualquer mudança que você faça, seja ela ligada ao seu trabalho, seus relacionamentos ou seu meio ambiente, é apenas uma máscara, a menos que se origine de uma mudança no seu nível de consciência. e, até onde isso interessa, só pode significar uma coisa: estar mais presente. Quando você já tiver alcançado um certo grau de presença, não precisará mais da negatividade para lhe dizer o que é necessário na sua situação de vida. Mas, enquanto a negatividade estiver lá, utilize-a. Use-a como um tipo de sinalizador, um lembrete para estar mais presente.
 
Sempre que sentir a negatividade crescer dentro de você, causada ou não por um fator externo, um pensamento ou mesmo nada em particular, olhe para ela como se fosse uma voz dizendo: "Atenção, Aqui e Agora.Acorde.  Largue a sua mente. Esteja presente".
 
Uma alternativa para descartar uma reação negativa é fazê-la desaparacer ao imaginar a si mesmo se tornando transparente para a causa externa da reação.
 
Não busque a paz. Não busque nenhum outro estado além daquele em que você está agora, senão vai criar um conflito interno e uma resistência inconsciente.
 
Perdoe a si mesmo por não estar em paz. No momento em que você aceitar completamente a  sua intranquilidade, ela se transformará em paz. Qualquer coisa que você aceite completamente vai levá-lo até lá, vai levar você até a paz. Esse é o milagre da entrega.
 
Tendo ultrapassado as fronteiras construídas pela mente, você passa a ser como um lago profundo. Sua situação de vida e o que acontece no mundo exterior são a superfície do lago, às vezes calmo, às vezes cheio de ondas por causa do vento, conforme os períodos e as estações. Lá no fundo, porém, o lago é sempre sereno. Você é esse lago por inteiro, não apenas a superfície, e está em contato com a sua própria profundidade, que permanece absolutamente serena.
 
Enquanto você não está consciente do Ser, a realidade dos outros seres humanos vai causar uma ilusão porque você ainda não encontrou a sua realidade. A mente vai gostar ou não da forma, não só do corpo, mas também da mente deles. O verdadeiro relacionamento só é possível quando existe uma consciência do Ser.
 
A partir do Ser, você vai perceber o corpo e a mente da outra pessoa como se fosse uma tela por trás da qual você pode sentir a verdadeira realidade deles, como você sente a sua. Assim, ao se confrontar com o sofrimento de outra pessoa ou com um comportamento insconsciente, você fica presente e em contato com o Ser e, desse modo, é capaz de olhar além da forma e sentir o Ser radiante e puro da outra pessoa.
 
A compaixão é a consciência de uma forte ligação entre você e todas as criaturas.
Uma das mais poderosas práticas espirituais é meditar profundamente sobre a mortalidade das formas físicas, inclusive da sua. Isso se chama: morrer antes que você morra. Vá fundo nisso. A sua forma física está se dissolvendo, é nada. Então surge um momento em que todas as formas mentais ou pensamentos também morrem. Mas você ainda está lá - a presença divina que você é: radiante, completamente consciente.
 
Nada que é real morre de verdade, somente os nomes, as formas e as ilusões.
Nesse nível profundo, a compaixão se torna um remédio no sentido mais amplo. Nesse estado, a sua influência curativa se baseia não no fazer mas no ser. Todas as pessoas com quem você mantiver contato serão tocadas pela sua presença e afetadas pela paz que você emana, quer elas estejam ou não conscientes disso.
 
Quando estiver inteiramente presente e as pessoas à sua volta tiverem um comportamento inconsciente, você não vai sentir necessidade de reagir. A sua paz será tão grande e profunda que tudo que não for paz desaparecerá nela, como se nunca tivesse existido. Isso quebra o  ciclo cármico de ação e reação.
 
Os animais, as árvores, as flores vão sentir a sua paz e reagir a ela. Você é uma emanação da pura consciência, e assim eliminará a causa do sofrimento.Você eliminará a inconsciência do mundo.
 
Para muitas pessoas, a entrega talvez tenha conotações negativas, como uma derrota, uma desistência, uma incapacidade de se reerguer das ciladas da vida, certa letargia, etc. A verdadeira entrega, entretanto, é algo completamente diferente. Não significa suportar passivamente uma situação qualquer que não aconteça e não fazer nada a respeito, nem deixar de fazer planos ou der ter confiança para começar algo novo. A entrega é a sabedoria simples mas profunda de nos submetermos e não de nos opormos ao fluxo da vida. É abandonar a resistência interior àquilo que é.
A resistência interior acontece quando dizemos "não" para aquilo que é, através do nosso julgamento mental e de uma negatividade emocional. Isso se agrava especialmente quando as coisas "vão mal", o que significa que há um espaço entre as exigências ou expectativas rígidas da nossa mente e aquilo que é. Esse é o espaço do sofrimento. A resistência é a mente. A resistência interior acontece quando dizemos "não" para aquilo que é, através do nosso julgamento mental e de uma negatividade emocional. Isso se agrava especialmente quando as coisas "vão mal", o que significa que há um espaço entre as exigências ou expectativas rígidas da nossa mente e aquilo que é. Esse é o espaço do sofrimento. No estado de entrega, você vê claramente o que precisa ser feito e parte para a ação, fazendo uma coisa de cada vez e se concentrando em uma coisa de cada vez. Aprenda com a natureza. Veja como todas as coisas se realizam e como o milagre da vida se desenrola sem insatisfação ou infelicidade. É por isso que Jesus disse: "Olhai os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam". Você não age mais a partir de uma resistência ou de uma reação. Olhe então para uma situação específica e pergunte-se: "Existe alguma coisa que eu possa fazer para mudar essa situação, melhorá-la ou me retirar dela". Se houver, você toma a atitude adequada.
 
Você não pode estar infeliz e consciente. Se há infelicidade, negatividade ou qualquer forma de sofrimento, significa que existe resistência, e a resistência é sempre inconsciente. Você escolheria a infelicidade? Se não escolheu, como ela apareceu? Qual é o propósito dela? Quem a está mantendo viva? Não polua o seu lindo e radiante Ser interior, nem a Terra, com negatividade. Não transmita infelicidade, nem deixe que ela crie um lugar dentro de você.
 
Seus relacionamentos vão mudar profundamente através da entrega. Se você nunca consegue aceitar o que é, consequentemente não é capaz de aceitar qualquer pessoa do jeito que ela é. Você está sempre julgando, criticando, rotulando, rejeitando ou tentando mudar as pessoas.
 
Observe o apego aos seus pontos de vista e opiniões. Sinta a energia mental e emocional por trás da sua necessidade de ter razão e de mostrar à outra pessoa que ela está errada. Essa é a energia da mente egóica. Você a torna consciente ao reconhecê-la, ao sentí-la o mais completamente possível. Quando abrimos mão da identificação com as nossas posições mentais, começa a verdadeira comunicação. Lembre-se da profunda sabedoria implícita na prática das artes marciais orientais; não ofereça resistência à força opositora. Submeta-se para superá-la.

O ego acredita que a nossa força reside em nossa resistência, quando na verdade, a resistência nos separa do Ser, o único lugar de força verdadeira. A resistência é a fraqueza e o medo disfarçados de força. O que o ego vê como fraqueza é o Ser em sua pureza, inocência e poder. o que ele vê como força é fraqueza. Assim, o ego existe num modo contínuo de resistência e desempenha papéis falsos para encobrir a "fraqueza", que , na verdade, é o nosso poder.Na entrega, não mais precisamos das defesas do ego e das falsas máscaras. Passamos a ser muito simples, muito reais."Isso é perigoso" diz o ego. "Você vai se machucar. Vai ficar vulnerável". O ego não sabe, é claro, que somente quando deixamos de resistir, quando nos tornamos "vulneráveis", é que podemos descobrir a nossa verdadeira e fundamental invulnerabilidade.

Se você tem uma doença grave, use-a para alcançar a iluminação. Use qualquer coisa "ruim" que acontecer na sua vida para alcançar a iluminação... Torne-se um alquimista.Transforme o metal em ouro, o sofrimento em consciência, a infelicidade em iluminação.

Quando você nega o sofrimento emocional, tudo o que você faz ou pensa fica contaminado por ele. Você o irradia, por assim dizer, como a energia que se desprende de você, e outros vão captá-lo subliminarmente.

Uma escolha sugere uma consciência, um alto grau de consciência. Sem ela, não há escolha. A escolha começa no instante em que nos desidentificamos da mente e de seus padrões condicionados, o instante em que nos tornamos presentes. Até alcançar esse ponto, você está inconsciente, espiritualmente falando. Significa que você foi obrigado a pensar, sentir e agir de determinadas maneiras, de acordo com o condicionamento da sua mente. Do mesmo modo, se você é uma das inúmeras pessoas que têm assuntos mal resolvidos com os pais, se ainda guarda ressentimentos por alguma coisa que eles fizeram ou deixaram de fazer, então você ainda acredita que eles tiveram uma escolha e poderiam ter agido diferentemente. Sempre parece que as pessoas fizeram uma escolha, mas isso é ilusão. Enquanto a sua mente, com os seus padrões de condicionamento, dirigir a sua vida, enquanto você for a sua mente, que escolhas você tem? Nenhuma.

Não podemos perdoar a nós mesmos ou aos outros enquanto extrairmos do passado o nosso sentido do eu interior. Somente acessando o poder do Agora, que é o seu próprio poder, pode haver um verdadeiro perdão. isso tira a força do passado e você percebe, profundamente, que nada que você fez ou que os outros lhe fizeram poderia atingir, nem de leve, a radiante essência de quem você é. Quando nos rendemos àquilo que é e assim ficamos inteiramente presentes, o passado deixa de ter qualquer força. Não precisamos mais dele. A presença é a chave. O Agora é a chave.

Se essas pessoas estiverem inconscientes, podem até se ver compelidas a agredir ou machucar você de alguma forma, ou você pode machucá-las em uma projeção inconsciente do seu sofrimento. 

Você atrai e transmite aquilo que corresponde ao seu estado interior. Como a resistência é inseparável da mente, o abandono da resistência - a entrega - é o fim da atuação dominadora da mente, do impostor fingindo ser "você", o falso deus. Todo o julgamento e toda a negatividade se dissolvem.

A região do Ser, que tinha sido encoberta pela mente, se abre. De repente, surge uma grande serenidade dentro de você, uma imensa sensação de paz. E, dentro dessa paz, existe uma grande alegria E, dentro dessa alegria, existe amor. E lá no fundo está o sagrado, o incomensurável, o que não pode ser nomeado.
 

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Os espíritos protetores nos ajudam com os seus conselhos, através da voz da consciência, que fazem falar em nosso íntimo - mas como nem sempre lhes damos a necessária importância, oferecem-nos outros meios mais diretos, servindo-se das pessoas que nos cercam.
 
O homem é assim o árbitro constante de sua própria sorte. Ele pode aliviar o seu suplício ou prolongá-lo indefinidamente. Sua felicidade ou sua desgraça dependem da sua vontade de fazer o bem.
 
Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade.
 
O corpo existe tão somente para que o Espírito se manifeste.
 
Com a inveja e o ciúme, não há calma nem repouso para aquele que está atacado desse mal: os objetos de sua cobiça, de seu ódio, de seu despeito, se levantam diante dele como fantasmas que não lhe dão nenhuma trégua e o perseguem até no sono.
 
O egoísmo, o orgulho, a vaidade, a ambição, a cupidez, o ódio, a inveja, o ciúme, a maledicência são para a alma ervas venenosas das quais é preciso a cada dia arrancar algumas hastes, e que têm como contraveneno: a caridade e a humildade.
 
O sinal mais característico da imperfeição do homem, é o seu interesse pessoal.
Allan Kardec


Protective spirits help us with their advice through the voice of conscience that makes us speak in our hearts - but as we do not always give them the necessary importance, they offer us more direct means, using the people around us.
Man is thus the constant arbiter of his own fate. He can alleviate his or her torture or prolong it indefinitely.
Your happiness or misfortune depends on your willingness to do good.
Unfailable faith is the only one that can face reason in all ages of Humanity.
The body exists only for the Spirit to manifest.
With jealousy and jealousy, there is no calm or rest for the one who is attacked by this evil: the objects of his greed, his hatred, his spite, stand before him like ghosts that give him no respite and pursue him
In sleep.
Selfishness, pride, vanity, ambition, greed, hatred, jealousy, jealousy, slander are for the soul poisonous herbs from which it is necessary each day to pluck some stems, and which have as contravene:
Charity and humility.


 
The most characteristic sign of man's imperfection is his personal interest.

Allan Kardec

 

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

A ARTE DE SER SÁBIO CONSISTE EM IGNORAR COM INTELIGÊNCIA
 
Revista Pazes
 
Sábio não é aquele que acumula muitos conhecimentos e experiências, e sim aquele que sabe usar de forma eficaz cada coisa aprendida, e além disso é capaz de ignorar tudo aquilo que não é útil, que não lhe permite crescer para avançar como pessoa.
Viver é, no fim das contas, economizar e saber o que é importante. Agora, parece que a maioria de nós não aplica esta simples regra: segundo um estudo realizado pela Universidade de Harvard, as pessoas têm uma capacidade surpreendente de concentrar a sua atenção em coisas que “não estão acontecendo”. Isto é, nos preocupamos com aspectos que não são importantes, minando a nossa própria capacidade de sermos felizes no “aqui e agora”.
A primeira regra da vida nos indica que a pessoa mais sábia é aquela que sabe ser feliz e que é capaz de eliminar da sua existência tudo aquilo que lhe faz mal ou que não é útil.

A arte de saber ignorar não é nada fácil de aplicar em nosso dia a dia. Isso se deve ao fato de que ignorar supõe, muitas vezes, nos afastarmos de certas situações e inclusive de certas pessoas. Portanto, estamos frente a um ato de autêntica valentia, que vem precedido sempre de uma avaliação inteligente.

Ignorar é aprender a priorizar

Ser feliz é a arte da escolha pessoal. Podemos ter sorte em um dado momento, mas na maioria das vezes a felicidade vai depender de nós mesmos e das decisões que tomarmos.
Para isso, é necessário adquirir uma perspectiva não apenas mais positiva das coisas, como também mais realista, onde o autoconhecimento e a autoestima sempre serão fundamentais.
A vida é muito curta para nos alimentarmos de amarguras e de frustrações: descarregue as suas lágrimas, ignore as críticas e rodeie-se daqueles com quem você se importa e que acrescentem algo para você de verdade.

Como aprender a estabelecer prioridades

 Para aprender a estabelecer prioridades é preciso dar a cada coisa que nos rodeia o seu autêntico valor. Não o que pode ter de forma objetiva, e sim o que pode acumular em função das nossas necessidades e desejos. Para isso, é preciso seguir estas dimensões.
Se para você é difícil escolher entre o que é importante e o que não é, é porque você tem um conflito interno entre as coisas que você quer e as que você sabe que lhe convêm.
Existe o medo de “ficar mal”, “ferir” ou inclusive de agir de uma forma diferente de como os outros esperam se nos atrevermos a quebrar vínculos.
Quanto maior o nível de estresse e ansiedade, mais difícil será estabelecer prioridades. Portanto, reflita sobre quais situações e quais pessoas têm valor real para você em momentos de calma pessoal, quando você se achar mais equilibrado e relaxado.
Pense naquilo que é importante para você e não para os outros; não tema as críticas alheias ou o que possam pensar em função das decisões que você quer tomar.
Entenda que priorizar não é apenas ignorar o que nos prejudica, é reorganizar a vida para encontrar espaços próprios para ser feliz.

Ignorar certas pessoas também é saudável

 Segundo um trabalho interessante publicado na revista Live Science, os relacionamentos pessoais que causam estresse ou sofrimento afetam a nossa saúde mental. Experimentamos um aumento do cortisol no sangue e na pressão arterial, a ponto de aumentar o risco de sofrermos problemas cardíacos severos. Não vale a pena.

Aprender a ignorar quem não nos acrescenta nada

 Não se trata de brigar, nem de usar ultimatos ou chantagens. Saber ignorar é uma arte que pode ser realizada com elegância e sem chegar a extremos desnecessários. Para isso, tenha em mente estes aspectos para refletir.
 
Não se preocupe com o que você não pode mudar: aceite que esse familiar continuará tendo essa atitude fechada, que o seu colega de trabalho vai continuar sendo intrometido. Deixe de acumular emoções negativas como raiva ou a frustração e limite-se a aceitá-los do jeito que são.
Ignore críticas alheias enquanto você aumenta a sua própria confiança. É muito provável que, na hora em que você decidir tomar distância de quem não interessa, apareça a rejeição. Entenda que as críticas não definem você, elas não são você. Fortaleça a sua autoestima e saboreie cada passo que você dá em liberdade, longe de quem o prejudica. É um triunfo pessoal.
 
Quando a ajuda é uma atitude interessada: é importante aprender a discriminar essas atitudes de supostos altruísmos. Há quem repita sem parar essa expressão de “eu faço tudo por você, para mim você é o mais importante”, quando na verdade a balança desse relacionamento sempre pende para um lado que não é o seu. Nunca existe o equilíbrio.
 
Quanto mais leve, melhor. Na vida, vale a pena contar com “pessoas” e não acumular “gente”, portanto, priorize e avance leve: leve de aborrecimentos, raiva, frustrações e principalmente de pessoas que, longe de valer a alegria, só valem penas e distâncias.

A arte de ser sábio é compreender quais vínculos é melhor deixar de alimentar sem ter nenhum peso na consciência por ter dito “não” a quem jamais se preocupou em dizer “sim”.

sexta-feira, 21 de outubro de 2016




ANSIEDADE 2
AUTOCONTROLE
COMO CONTROLAR O ESTRESSE E MANTER O EQUILÍBRIO.


Não é possível controlar o estresse e encontrar o mínimo de equilíbrio emocional se você se abandona pelo caminho.   
Inúmeros casais já prometeram, diante de um religioso, que se amariam para sempre, na saúde e na doença, na pobreza e na riqueza. Nada tão belo e ao mesmo tempo tão ingênuo. Esqueceram-se de prometer que cobrariam menos e abraçariam mais um ao outro, que criticariam menos e elogiariam mais. Não entenderam que o amor precisa ser inteligente para ter estabilidade. Amaram segundo a poesia de Vinícius de Moraes: ”Que seja eterno enquanto dure”, sem compreender que pautar um romance só na emoção significa ter um amor insustentável.
A gestão da emoção e o gerenciamento do estresse clamam por outra tese, mais penetrante e profunda: ”Que o amor seja eterno enquanto se cultive”. Dialogar sem medo e barreira, promover, inspirar, ser bem humorado, não ter a necessidade neurótica de mudar o outro são formas inteligentes de cultivar o amor. Sem admiração mútua, mesmo o romance mais ardente se torna uma fonte de estresse, e não de prazer. E o mais importante: um ser humano não deve se relacionar com outro para ser feliz; ele precisa ser feliz e bem resolvido primeiro, para depois irrigar a saúde psíquica e a relação com quem ama... Analise de você se questiona, se penetra a essência de sua personalidade ou se, ao contrário, vive na superfície de seu planeta psíquico. Não percebemos os gritos dramáticos que são sintomas psicossomáticos de uma mente estressada. Tardamos em nos mapear.
Durante anos, nosso corpo grita através da fadiga excessiva, da insônia, da compulsão por comida, das dores musculares e de cabeça, mas nos mantemos indiferentes, não nos preocupamos em gerenciar nosso estresse. Colocamo-nos no último lugar em nossa lista de prioridades. Algumas pessoas só escutam a voz dos sintomas quando dão entrada num hospital, quando enfartam, quando já se tornaram vítimas de um câncer, de um colapso nervoso ou se um transtorno emocional. Casais só conseguem perceber a falência da relação quando já perderam o respeito, o bom humor e a capacidade de admirar um ao outro.
Ansiedade é um estado de tensão que nos impele, motiva, anima, provoca reações. Portanto, a ansiedade é primordialmente saudável. Sem ela, teríamos uma mente engessada, encarcerada pela mesmice, vítima do tédio. Não teríamos a curiosidade, o prazer de explorar, de correr riscos, de construir novas relações.
Quando, então, a ansiedade se torna doentia? Quando assume sintomas psíquicos negativos contínuos e intensos, como irritabilidade, humor depressivo, angústia, baixo limiar para frustrações, fobias, preocupações crônicas, apreensão contínua, obsessão, velocidade exacerbada dos pensamentos.
Existem vários tipos de ansiedade: fobias, síndrome do pânico, Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), síndrome de burnout (estresse profissional), Síndrome do Pensamento Acelerado (SPA), síndrome do padrão inalcançável de beleza (PIB), etc.
A ansiedade é um estado de tensão psíquico; o estresse é um estado de tensão cerebral. Um causa o outro, e vice-versa. Na ansiedade, o pensamento está, em muitos casos, acelerado ou agitado, no estresse, essa agitação mental se traduz em fadiga excessiva. Na ansiedade, existe baixo limiar para suportar frustrações, gerando irritabilidade. No estresse, essa irritabilidade pode se manifestar na forma de dores de cabeça ou musculares; dores de cabeça ou cefaleias diminuem mais ainda o limiar de frustração... o estresse é um mecanismo fundamental de preservação da existência.

Existem pessoas plenamente equilibradas? Não. Você, eu ou qualquer outro ser humano jamais seremos completamente equilibrados, até porque cada pensamento se organiza, experimenta o caos e se reorganiza em outros pensamentos, o que evidencia que o psiquismo humano está em constante “desequilíbrio” quanto a seu processo construtivo. Tal desequilíbrio é normal. A empresa mais complexa, a mente humana, tem baixo nível de gerenciamento; o veículo mais sofisticado, a emoção, não tem um bom piloto. Como não adoecer? Como não ser estressado? Nosso eu, que representa a consciência crítica e a capacidade de escolha, possui uma formação frágil, insegura, reativa (reage pelo fenômeno bateu-levou) e não tem habilidade para proteger a memória e a emoção. Por isso, a pessoa mas calma terá seus momentos de estresse angustiante  assim como o ser humano mais coerente terá algumas reações estúpidas que deixarão perplexas as pessoas de sua intimidade. Reitero: todos nós experimentamos desequilíbrios. Entretanto, quero deixar bem claro que pessoas excessivamente desequilibradas – impulsivas, flutuantes, punitivas, autopunitivas, irritadiças, excessivamente críticas – causam desastres na sociedade, na família, na escola, na empresa, elas se tornam fonte de conflitos, celeiro de estresse. Mesmo quem tenha causado muitos acidentes emocionais pode se equipar e se tornar um oásis no deserto social, aliviando o sofrimento daqueles que mais ama... quem cobra demais de si sabota sua tranquilidade, nutre seu estresse. Quem exige muito de si eleva, sem perceber, seus níveis de exigência para ser feliz, realizado, relaxado. Raramente está satisfeito, alegre,desestressado.

Mentes estressadas não elaboram suas experiências, nem reciclam suas falsas crenças, falhas, crises e dificuldades e, por isso, não formam um corpo de janelas saudáveis ou light para financiar a maturidade nas tempestades, a resilência nas frustrações, a tolerância nas decepções, a paciência nas relações sociais. Assim, infantilizam sua emoção. Muitos adultos têm 30 ou 40 anos de idade real e 15 anos de idade emocional. À mínima derrota, eles desabam; ao mínimo fracasso, desistem de seus sonhos;  à mínima crítica, recuam. Não entendem que ninguém é digno do sucesso se não usar os próprios vexames e falhas para conquistá-lo. Não entendem que ninguém é digno do sucesso se não usar os próprios vexames e falhas para conquistá-lo.

Mentes estressadas não sabem usar o estresse a seu favor, para sonhar e ter disciplina, para virar o jogo e superar o caos, para escrever capítulos nobres em dias tristes. Estão sempre em estado de alerta, prontas para reagir e guerrear. São especialistas em gastar energia emocional inútil. Não acalmam seus ânimos, não entendem que aplausos e vaias, drama e comédia fazem parte do maior e mais arriscado contrato de todos: a vida. Não compreendem que devem abraçar mais e criticar menos, elogiar mais e exigir menos. Não foram líderes, não promovem filhos, cônjuges, colegas e, dessa forma, pouco contribuem para construir mentes brilhantes.

E quais os sintomas do envelhecimento emocional precoce? Reclamar demais; querer tudo rápido e pronto; precisar de muitos estímulos para ter migalhas de prazer; ter baixo limiar de frustração; e viver na sombra e na dependência dos outros.

Uma mente cronicamente estressada agride o corpo de forma violenta. Um pensamento acelerado, sem gerenciamento, esgota tanto o cérebro que, de alguma forma, pode diminuir a imunidade ou desencadear células egoístas, as quais se multiplicam rapidamente, sem se preocupar com a sobrevivência dos trilhões de células que formam o corpo humano.

Mentes estressadas provocam contração das arteríolas, aumento da pressão sanguínea, taquicardia, aumento da frequência respiratória, enfim, graves sintomas psicossomáticos que refletem seu estado, sempre prontas para agir, lutar, esconder ou fugir. São mentes que não descansam, não se deleitam, não constroem um oásis no deserto, criam monstros ainda que vivam sob aplausos e reconhecimentos. Quem quer ter um corpo saudável e ver dias felizes e prolongados jamais pode abrir mão de gerenciar o estresse, de desacelerar  a mente, de ter prazer em caminhar devagar, de falar com brandura, de comer com calma, de dar respostas sem fervura.

A emoção instável se nutre com desejos; uma emoção estável se alimenta com sonhos. Duas palavras tão próximas, sonhos e desejos, mas há entre elas mais mistérios do que imaginam a psicologia e a filosofia.
Desejos - de ter bons amigos, de ser ume xcelente aluno, de gerenciar a ansiedade, de ser um ótimo profissional - não têm força para suportar o estresse que bate à porta. Sonhos, por sua vez, s~´ao projetos de vida que ganham mais força durante as derrotas ou crises. Só os sonhos poder nos fazer suportar as intempéries do estresse. Se eu não tivesse sonhos, não teria vencido minha mente desconcentrada, minha alienação social, minha inquietação emocional.

Sonho precisa de disciplina; a disciplina, por sua vez, precisa de foco; o foco precisa de estratégia; a estratégia precisa de escolhas; e escolhas implicam perdas.

1. Superar a necessidade ansiosa de ser perfeito.
2. Superar a necessidade ansiosa de evidência social.
3. Superar a necessidade ansiosa de poder.
4. Superar o cárcere do individualismo, do egocentrismo e do egoísmo.
5. Superar a necessidade ansiosa de criticar os outros.
6. Superar a necessidade ansiosa de cobrar os outros.
7. Superar a necessidade ansiosa de se preocupar com o que os outros pensam e falam de nós.
8. Superar o cárcere do conformismo para entender que quem triunfa sem riscos torna-se um vencedor sem glórias.

Tipos de Fobias:

1. Claustrofobia: medo de lugares fechados
2. Fobia Social: medo de falar em público e debater ideias
3. Timidez: medo de se expressar nas relações interpessoais
4. Fobia simples: medo de pequenos animais, como aranhas (também conhecido como aracnofobia)
5. Agorofobia: medo de altura
6. Acrofobia: medo de altura
7. Tecnofobia: medo de novas tecnologias
8. Medo de correr risco( conformismo): medo de andar por ares nunca antes respirados
9. Síndrome do pânico: sensação súbita e iminente de morrer ou desmaiar
10. Hipocondria: medo de adoecer
11. Futurofobia: medo do amanhã
12. Medo do desconhecido
13. Medo do medo.
 


Palestra sobre Ética na Gestão Pública realizada pela Assessoria de Relações Institucionais na FUNDARPE.

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Nada é mais simples nem mais natural do que os efeitos magnéticos; nada mais simples nem mais natural do que sua causa : o fluido. Então não existe nada de extraordinário nem de sobre-humano em tudo que acontece no Magnetismo . A causa única é o fluido nervoso ou vital,não importa o nome que lhe queiram dar.
Charles Lafontaine

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

 
 
AS ENERGIAS DO CORAÇÃO

É inacreditável, mas até hoje se sabe muito pouco sobre o coração. Porém resultados de pesquisas a respeito desse órgão vital realizadas nos últimos 20 anos estão deixando alguns cientistas completamente boaquiabertos. “O coração é o centro físico de um sistema circulatório com 75 trilhões de células. É também o centro eletromagnético do corpo, emanando 5 mil vezes mais eletromagnetismo que o cérebro e seis vezes mais eletricidade. Cerca de 60 a 65% de suas células são neurais, exatamente como os neurônios cerebrais”, escreve a autora americana Cindy Dale num parágrafo que resume boa parte das pesquisas científicas atuais sobre esse assunto e que faz parte de seu livro The Subtle Body (O Corpo Sutil, ainda sem versão em português). Hoje já se sabe que o campo eletromagnético liberado pelo coração tem o mesmo formato do campo que irradia da Terra ou do Sol. Também já foi provado que ele é extraordinariamente mais potente que o campo cerebral e que pode ser medido a uma distância de até 3 m. Estudos científicos indicam igualmente que dentro do coração há um pequeno cérebro, um sistema nervoso independente, com aproximadamente 40 mil neurônios. Esse complexo neuronal é gerador de uma inteligência própria, diferenciada, que processa informações e que também envia sinais para o sistema límbico cerebral (responsável pelo processamento das emoções) e para o neocórtex (a parte onde acontecem os pensamentos).
 
Isso quer dizer que existe um fluxo constante de troca de informações do cérebro para o coração e do coração para o cérebro. Na realidade, a troca de informações do coração para o cérebro é bem maior, fato que acrescenta ainda mais mistérios nessa relação. “Nosso cérebro emocional-cognitivo tem uma conexão direta e neural com o coração. Por meio das conexões entre os neurônios, sinais positivos e negativos de nossas respostas ao momento presente são enviados a cada momento para o coração”, diz o pesquisador Joseph Chilton Pearce no livro The Biology of Transcendence (A Biologiada Transcendência, sem versão em português). “O sistema neural do coração não tem capacidade de perceber ou analisar em detalhes o contexto dessas mensagens emocionais e mentais que nos chegam do sistema cerebral límbico e cortical”, diz o pequisador americano. “Mas é capaz de validar essas mensagens positivas ou negativas respondendo eletromagneticamente com frequências coerentes (suaves e harmônicas, que surgem diante de emoções positivas) ou incoerentes (desiguais e desarmônicas, manifestadas diante de emoções negativas) e dar partida a várias reações corporais. Dessa maneira, o cérebro, o corpo e o próprio coração são capazes de responder inteiramente à realidade circundante”, afirma o pesquisador.
 
A teoria do coração inteligente foi fundamentada com pesquisas feitas principalmente pelo Institute of HeartMath, no Colorado, Estados Unidos. Esse centro de estudos se dedica há mais de 30 anos às pesquisas relacionadas aos aspectos biológicos e energéticos ligados ao coração. A essência da filosofia do HeartMath é comprovar cientificamente que o coração é a chave para experimentar uma sensação de felicidade amorosa e que com algumas técnicas simples é possível manter o campo eletromagnético em frequências mais coerentes, isto é, mais suaves e harmônicas, que propiciem esse sentimento. “O instituto coleta todas as informações de suas pesquisas e as transforma em ferramentas que nos ensinam como ouvir – e seguir – a inteligência altamente intuitiva do coração”, escreveu o pesquisador Doc Children, um dos cientistas fundadores do HeartMath. Se esses pesquisadores estiverem certos, uma revolução pode estar em andamento: em pouco tempo seremos capazes de nos manter em vibrações mais equilibradas de energia com o uso de práticas simples.
 
Lembranças nas células
Além de ser a possível sede de uma inteligência emocional específica, segundo alguns estudos o coração também teria a capacidade de registrar e reter memórias. No livro Memória das Células, o dr. Paul Pearsall coletou inúmeros casos de pessoas que, ao receberem um coração transplantado, assumiam algumas características de personalidade do doador ou se lembravam de fatos ligados à pessoa de quem haviam recebido o órgão. “Harold Puthoff [cientista americano especializado em física avançada] dizia que o coração está relacionado a processos energéticos e, portanto, informativos, pois a energia transmite informação. Existe algo a mais nessa história que ainda não foi contado”, afirmou o médico americano, que tem certeza de que ainda há muito a descobrir nesse campo de pesquisa. “O coração inteligente é o grande segredo de todas as tradições espirituais. Estar em sintonia com essa vibração harmônica nos faz mais cooperativos, criativos, abertos e menos agressivos e competitivos”, diz o geólogo e pesquisador americano Gregg Braden. “Esse é o caminho que vai nos tirar do caminho da destruição para o caminho da regeneração”, assegura Braden.
 
A amplitude dos campos eletromagnéticos do coração também significa que nosso campo pode estar em conexão frequente com o campo de outras pessoas. “Basicamente, um campo eletromagnético contém informação. Se nossos campos se comunicam e ressoam em conjunto, estamos trocando informação de forma não consciente”, diz Joseph Pearce. Isto é, nos influenciamos sem perceber. Se campos eletromagnéticos se expressam em conjunto de forma coerente, poderemos ver o mundo de uma forma mais pacífica, apreciativa e amorosa. Mas, se a frequência majoritária for incoerente, nossa visão será afetada pela tensão, pelo medo e pela raiva, ou outras emoções negativas.
 
Com base nessas conclusões, podemos nos imaginar também num Universo onde nosso campo individual vibra em conjunto com campos planetários, estelares ou áreas ainda maiores. Ancorados nessa possibilidade, o grupo de pesquisadores do HeartMath criou um programa global de ressonâncias coerentes (Global Coherence Initiave, CGI) que não só ensina as pessoas a semanterem dentro de uma vibração mais harmônica como mantém medidores de frequência em várias partes do mundo para detectar desequilíbrios e também zonas de equilíbrio e paz. É todo um mundo novo pronto para se abrir.
 
No oriente já se sabia
 
Tradições espirituais de milhares de anos, como a indiana, também revelam muitos segredos com relação ao coração. “Uma das traduções do sânscrito do chacra cardíaco (anahata chacra) é “não tocado”. Isso quer dizer que alguma coisa muito pura e intangível está encerrada nele, algo sutil e eterno que está além do tempo”, diz o monge inglês Peter Sage (Dada Vishvarupananda), do grupo internacional de ações voluntárias Ananda Marga, que há 32 anos estuda e pratica as tradiçõesindianas dentro da linha do tantra ioga. “A evolução espiritual humana passa pelos desafios apresentados em cada chacra a partir do centro básico [muladhara chacra]. Mas é no centro cardíaco que se desenvolvem qualidades mais positivas, em comparação com os centros de energia inferiores.
”Porém, nem tudo são flores nessa área: o chacra anahata é também conhecido como a mandala da tormenta. “Isso significa que ali se desenvolve uma luta entre as qualidades positivas e menos positivas representadas pelas 12 qualidades, ou vritti, visualmente simbolizadas pelas 12 pétalas em volta desse centro energético”, explica Peter Sage. “Esses atributos se apresentam sob a forma de dicotomias polarizadas – esperança versus depressão, por exemplo. Em desarmonia, podem causar turbulências no centro cardíaco.
 
”Os vritti também revelam a importância desse chacra com relação a emoções e sentimentos. Se ali existem as pétalas relacionadas ao amor, à esperança, ao arrependimento, à imparcialidade e ao poder de discernimento que enxerga além das aparências, também estão presentes a arrogância, a indecisão, o desejo de enganar, a ansiedade, a preocupação e o egoísmo. Enfim, um retrato bastante preciso e verdadeiro do coração humano. De acordo com a tradição indiana, também é no coração que está assentada Shakti, o poder universal feminino, sob a forma de Kakini, deidade representada vestida de dourado com espada e escudo, sentada numa flor de lótus vermelha.
 
“Ela representa o poder discriminativo do coração e sua capacidade em separar, com a espada, o certo do errado e o que é importante do que não é, com discernimento e precisão. A divindade também indica que o coração é um lugar protegido, um lugar onde podemos nos abrigar, por causa do seu escudo”, fala o monge.
 
Os sufis, vertente mística do islamismo, também atribuem extraordinária importância ao coração. Para eles, diferentes invólucros luminosos de várias cores envolvem o órgão vital, cada um deles representando uma qualidade ou atributo a serem desenvolvidos em direção a uma maior consciência e união com o divino, num processo espiritual chamado lataif, que tem o voto do sigilo e por isso não pode ser revelado abertamente. “Geralmente essa prática começa com exercícios que estimulema coragem e a esperança, simbolizadas pela cor branca”, diz o americano Will Van Inwagen, que pertence a uma linhagem sufi com ramificações nos Estados Unidos. “Para os homens, mais especialmente, chega a ser petrificante trabalhar diretamente com a energia do coração, precisamos exatamente de muita coragem para isso. É muito difícil para nós entrarmos em contato com a pura vibração do amor”, diz Inwagen. Mas, para ele, esse é o caminho que pode levá-los a uma maior integração interna com seu aspecto feminino. “Temos as duas energias dentro de nós e é importante trabalhá-las. A prática do lataif nos dá essa possibilidade”, diz.
 
Nas diversas formas de budismo em todo o Oriente, a mente se localiza no coração. Ninguém a localiza no cérebro. Na China, o coração-mente é chamado de shen, no Japão, de shin. Muitos lamas tibetanos, quando falam sobre a mente em seus ensinamentos, apontam na direção do meio do peito. Mesmo na medicina chinesa, o coração é considerado a sede da inteligência e recebe o significativo nome de imperador. Para a maioria das tradições orientais, o coração (ou o meio do peito) é a porta para uma realidade transcendente.
Ou seja: há muito tempo as tradições espirituais afirmam o que a ciência começa a descobrir hoje.
 
A perfeita união com o amor
 
Dentro do cristianismo, especialmente o ortodoxo, o coração também tem um importante papel. O Peregrino Russo, obra anônima publicada na Rússia no século 19, narra a história de um homem que poderia ser considerado muito atual: totalmente desiludido com a religião e afastado das formas tradicionais de culto. Enfim, o peregrino russo poderia ser qualquer um de nós em busca de uma espiritualidade mais interior e uma ponte para um contato direto com Deus. Na sua jornada espiritual, ele acaba se encontrando com um staretz, um eremita, que o ensina uma potente oração composta de uma única frase: “Nosso Senhor Jesus Cristo, tende piedade de mim, pecador”. Segundo os conselhos do staretz, essa frase deveria evocar o mais profundo desejo de amor e união com Deus e sincero arrependimento. Além disso, precisaria ser repetida milhares de vezescom a atenção focada no coração. Dizia o eremita que, com o tempo, o poder dessa prece romperia “a pedra do coração” até o amor jorrar em toda sua plenitude. O peregrino segue seu conselho e acompanhamos suas dificuldades até ele chegar ao ponto em que seu amor a Deus explode em seu coração. É uma das páginas mais bonitas da literatura espiritual de todos os tempos. A oração do coração (e o conjunto de preces recitadas pelo padres do deserto na Etiópia no século 3) nasce da influência de muitas linhas espirituais e não pertence apenas aos cristãos nem à tradição ortodoxa. “Existe nela elementos que pertencem a toda a humanidade e que encontramos no hinduísmo, no budismo e também, claro, no judaísmo [cabala] e no sufismo [islamismo]”, diz o padre ortodoxo francês Jean-Yves Leloup no livro a Sabedoria do Monte Athos (Editora Vozes). Para Leloup, que é doutor em teologia, psicologia e filosofia e autor de vários livros, essa frase tem o poder dos mantras em conjunto com a força do amor localizada no coração: a perfeita união.
 
Para a doutrina espírita, esse centro de energia tem o tom de ouro brilhante, com cada um de seus quadrantes dividido em três partes, ou seja, em 12 ondulações, ou raios energéticos. “O coração é um dos principais chacras de absorção e doação de energias que vão do ser humano ao Universo”, diz Aracelis Mirabello, terapeuta de São Paulo que usa em seu consultório técnicas e recursos para equilibrar essa energia. “Mas nos esquecemos de como entrar em contato com ele para usufruir dessa possibilidade.” Amir El-Alouar, terapeuta de São Paulo da linha psicobioenergética, também fala das consequênciasem nossa vida quando nos desligamos dessa harmonia. “Ao nos desconectarmos da sabedoria inata de amor do coração, o intelecto e o ego assumem o controle. Nos voltamos para uma mentalidade de sobrevivência baseada no medo, na ganância, no poder e no controle”, afirma. Dessa forma, diz ElAlouar, passamos a acreditar que estamos separados uns dos outros, e a nossa percepção da vida muda do amor e da unidade para a sensação de limitação e escassez. “Mas é no coração onde podemosencontrar de novo esse sentimento de força, vitalidade e abundância generosa”, diz o terapeuta, que desenvolveu uma série de exercícios ligados ao timo (que energeticamente faz parte do centro cardíaco) para possibilitar essa conexão. Seja por meio de técnicas científicas, das tradições espirituais, seja por meio de terapias, cada vez mais portas se abrem em direção a essa força amorosa e transformadora do coração que pode habitar de novo nossa vida.
Mudança de energia
Uma das técnicas mais simples do Instituto of HeartMath, a freeze frame (telacongelada) é descrita com detalhes no livroThe Biology of Transcendence, do pesquisador americano Joseph Chilton Pearce. Segundo os estudos desse instituto, esse método permite acesso à sabedoria intuitiva do coração e oferece a oportunidade para que as ondas do campo eletromagnético emitido por ele se expressem em frequências suaves e harmônicas (ou coerentes). Veja como:
 
1. Reconheça imediatamente quando algo estressante o está afetando.Congele a imagem desse momento na sua cabeça numa tela mental.
2. Mude sua atenção para a área do coração e fique ali por alguns segundos ou minutos.Respire normalmente.
3. Visualize agora um momento altamente positivo em sua vida,onde se sentiu pleno e feliz, et ente experienciá-lo novamente.É importante não só visualizarmas também provar de novo a sensação proporcionada por essa experiência. Deixe esse sentimento de felicidade ocupar seu peito por alguns segundos ou minutos.
4. Pergunte a seu coração: “O que posso fazer para que essa situação estressante seja diferente?”
5. Escute a resposta (que podevir em imagens) que seu coração poderá enviar.
Mesmo que ao começar a praticar o exercício você não escute nenhuma resposta, estará mais calmo e equilibrado para agir na situação. De qualquer forma, ele será benéfico, segundo afirmam os pesquisadores do HeartMath.

"Diga como você se exibe e lhe direi qual é o seu vazio".

Mia Couto.
Não nascemos para o caminho da mediocridade
Seu tempo é limitado, portanto não o desperdice vivendo a vida de outros. Não caia na armadilha do dogma – que é viver com os resultados dos pensamentos de outras pessoas.Não deixe que o barulho da opinião dos outros cale a sua própria voz interior. E o mais importante, tenha a coragem de seguir seu coração e intuição. Eles de alguma maneira já sabem o que você realmente quer se tornar. Todo o resto é secundário. (JOBS, Steve)












 







Algumas belas fotos de Firenze/Itália!!!!!

































Algumas das belas fotos que tirei nesta cidade maravilhosa chamada Veneza/Itália!!!

sexta-feira, 14 de outubro de 2016



Após a aplicação das agulhas, em desdobramento, o meu guia espiritual me apresentou um monge budista, o qual me solicitou que fechasse os olhos e entrasse em contato com os meus sentimentos. Assim o fiz. A partir de então ele começou a trabalhar as energias do meu chácara coronário.Mesmo de olhos fechados, visualizei o que se passou desde então. Senti muita energia ao redor do coração, porém, senti muita tristeza ali acumulada. Senti como se estivesse abrindo aquele chácara, uma cor vermelha de sangue estava em toda a região. Uma sensação desagradável senti, uma espécie de dor e toda a área estava vermelha. Então o monge budista me falou: as feridas emocionais quando não são cicatrizadas transformam-se em doença. Nós vamos te curar!!!! Senti toda essa área do coração aberta. Muita energia foi aplicada ali pelo monge budista.Depois retornei ao corpo.
Uma experiência muito forte, dolorida, que me deixou um profundo ensinamento!!!!!!
 
After application of the needles, unfolding, my spiritual guide showed me a Buddhist monk, who asked me to close my eyes and get in touch with my feelings. I did so. From then on he began to work the energies of my coronário.Mesmo farm eyes closed, I visualized what happened since. I felt a lot of energy around the heart, however, felt there much accumulated grief felt like opening that farm, a red blood color was throughout the region. An unpleasant sensation felt a kind of pain and the whole area was veermelha. So the Buddhist monk told me, the emotional wounds are unhealed when transformed into illness. We will heal you !!!! I felt this whole area of open heart. Much energy was applied there by budista.Depois monk returned to the body.

A very strong experience, painful, which made me a profound teaching !!!!!!

terça-feira, 11 de outubro de 2016

CONACI

Veículo: CONACI

Editoria: Notícias

Data: 11/10/2016


Pernambuco: Tomada de Contas prevê retorno de cerca de R$ 16 milhões aos cofres públicos ao Estado


As atividades de auditoria e certificação de Tomada de Contas Especiais executada pela Secretaria da Controladoria-Geral do Estado de Pernambuco (SCGE), através da Diretoria de Correição, podem render aos cofres públicos de Pernambuco um retorno potencial de aproximadamente R$ 16 milhões. O valor estimado foi gerado a partir da certificação de 45 processos, realizados de janeiro a agosto deste ano. Em um comparativo com 2015, o montante apresentou um crescimento de quase 240%, quando a previsão de retorno foi de R$ 4,6 milhões, resultado de 41 certificações nos 12 meses do exercício.
“Esse é um importante instrumento de controle para a Administração Pública. A Tomada da Contas Especiais garante a boa aplicação dos recursos públicos, uma vez que se impõe como mecanismo de apuração de irregularidades que resultem danos ao erário, garantindo a recomposição do prejuízo. O procedimento traz ainda maior transparência e eficiência à gestão”, ressaltou o Secretário da Controladoria-Geral do Estado, Ruy Bezerra.
O trabalho consiste na análise de processos com indícios de irregularidades que possam ter causado danos ao erário, instaurados por órgãos e entidades do Poder Executivo Estadual. Entre os pressupostos da Tomada de Contas Especial (TCESP) estão a aplicação incorreta de recursos repassados pelo Estado e a omissão no dever de prestar de contas pelo gestor de subsídios fornecidos pelo governo, por exemplo.
A instauração da TCESP ocorre após esgotadas todas as medidas administrativas para reparação do dano

segunda-feira, 10 de outubro de 2016


TRANSFORMANDO AS RELAÇÕES VICIADAS EM RELAÇÕES ILUMINADAS

Parece que a maioria dos "relacionamentos amorosos" não leva muito tempo para se tornar uma relação de amor e ódio. O amor pode se transformar em agressões furiosas, em sentimentos de hostilidade como num piscar de olhos, em um completo recuo da afeição Isso é visto como normal.
 
Se em seus relacionamentos você vivenciou tanto o "amor" quanto o seu oposto - a agressão, a violência emocional, etc. - então é provável que você esteja confundindo o apego do ego e a dependência com amor. Não se pode amar alguém em um momento e atacar essa pessoa no momento seguinte. O verdadeiro amor não tem oposto. Se o seu "amor" tem oposto, então não é amor, mas uma grande necessidade do ego de obter um sentido mais profundo e mais completo do eu interior, uma necessidade que a outra pessoa preenche temporariamente. É uma forma de substituição que o ego encontrou  e, por um curto período, ela parece ser mesmo a salvação. 
 
Chega então a um momento em que o outro passa a se comportar de um modo que deixa de preencher as nossas necessidades, ou melhor, as necessidades do nosso ego. As sensações de medo, sofrimento e falta, que estavam encobertas pelo relacionamento amoroso voltam a aparecer.
Como acontece com qualquer vício, ficamos muito bem enquanto a droga está disponível, mas chega um momento em que a droga não funciona mais.
 
Quando essas dolorosas sensações  de medo reaparecem, nós as sentimos mais fortes do que antes e passamos a ver o outro como a causa de todas dessas sensações. Isso significa que estamos projetando no outro essas sensações, por isso nós o agredimos com toda a violência que é parte do nosso sofrimento.
 
Essa agressão pode despertar o sofrimento do outro, que é induzido a contra-atacar.Nesse ponto, o ego ainda está, inconscientemente, esperando que a agressão ou a tentativa de manipulação seja suficiente para levar o outro a mudar o comportamento...
 
Todo vício surge de uma recusa insconsciente de encararmos nossos próprios sofrimentos.Todo vício começa no sofrimento e termina nele. É por isso que, passada a euforia inicial, existe tanta infelicidade, tanto sofrimento nos relacionamentos íntimos. Estes não causam o sofrimento e a infelicidade. eles trazem à superfície o sofrimento e a infelicidade que já estão dentro de nós.Todo vício chega a um ponto em que já não funciona mais para nós, e, então, sentimos o sofrimento mais forte do que nunca.
 
Não importa se você está vivendo só ou com alguém, a chave do segredo será sempre esta: estar presente e aumentar a presença concentrando a atenção cada vez mais fundo no Agora.
Por fim à identificação com o sofrimento do corpo é trazer a presença para o sofrimento e, assim, transformá-lo. Pôr fim à identificação com o pensamento é ser o observador silencionso dos próprios pensamentos e atitudes, em especial dos padrões repetitivos gerados pela mente e dos papéis desempenhados pelo ego. O grande elemento catalisador para mudarmos um relacionamento é a completa aceitação do outro do jeito que ele é, sem querermos julgar ou modificar nada. Isso nos leva imediatamente para além do ego. Nesse momento, todos os jogos mentais e toda a dependênciia viciada deixam de existir.Não existem mais vítima nem agressor, acusador nem acusado.
 
Como os seres humanos têm se identificado cada vez mais com a mente, a maioria dos relacionamentos não tem as raízes fincadas no Ser. Por isso se transformam em fonte de sofrimento e passam a ser dominados por problemas e conflitos.

O conhecimento e a aceitação dos fatos trazem também um certo grau de distanciamento deles.

Praticando o Poder do Agora
Eckhart Toller