quarta-feira, 11 de maio de 2016

Veículo: FOLHA DE PERNAMBUCO - PE

Editoria: ECONOMIA

Tipo: Matéria

Data: 11/05/2016

Assunto: SECRETARIA DA FAZENDA

 

Indústria de PE despenca 24,4%

A produção industrial em Pernambuco caiu 24,4% entre março de 2015 e março deste ano, liderando os resultados ruins do setor. Essa tendência, inclusive, foi sentida por 12 dos 14 locais pesquisados em março pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apenas Pará (7,3%) e Mato Grosso (4%) tiveram crescimento no intervalo de um ano. A justificativa de março ter sido 25° mês de queda consecutiva na produção deve-se ao desemprego, à queda no rendimento médio do trabalhador, à inflação e à alta dos juros.
O analista de cenário econômicos, Tiago Monteiro, explica que as indústrias de Pernambuco, por ser mero estado-satélite, são fornecedoras de matérias-primas e dependem da produção nacional, pífia nos últimos anos. "A recessão econômica freou a produção industrial do País, e todos os fornecedores sentiram, corroborando com o aumento do desemprego. A balança comercial também foi afetada. Mesmo que tenhamos demanda por commodities, não significa dizer que teremos uma rentabilidade significativa", analisou.
Para o professor da Universidade Rural Federal de Pernambuco (UFPE), Luiz Maia, três aspectos devem ser levados em consideração. "Queda na produção industrial, arrefecimento do cronograma acelerado de fábricas do Estado e ressaca do programa Minha Casa Minha Vida, interrompido em função da retração de recursos", disse, destacando ser provável que haja uma recuperação do meio para o final de 2017, caso o ajuste fiscal seja implementado."
Numa visão mais regional, o economista da Fiepe Thobias Silva contou que o tombo pode estar associado à queda na produção dos setores de alimentos e bebidas. "Repercutindo nos demais setores", ponderou. Por outro lado, Silva informou que, em abril, a confiança do empresariado começou a dar sinais positivos de recuperação.


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