Veículo: FOLHA DE PERNAMBUCO -
PE
Editoria: ECONOMIA
Tipo: Matéria
Data: 11/05/2016
Assunto: SECRETARIA DA FAZENDA
Indústria de PE despenca 24,4%
A produção industrial em Pernambuco caiu 24,4% entre março de
2015 e março deste ano, liderando os resultados ruins do setor. Essa tendência,
inclusive, foi sentida por 12 dos 14 locais pesquisados em março pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apenas Pará (7,3%) e Mato Grosso
(4%) tiveram crescimento no intervalo de um ano. A justificativa de março ter
sido 25° mês de queda consecutiva na produção deve-se ao desemprego, à queda no
rendimento médio do trabalhador, à inflação e à alta dos juros.
O analista de cenário econômicos, Tiago Monteiro, explica que
as indústrias de Pernambuco, por ser mero estado-satélite, são fornecedoras de
matérias-primas e dependem da produção nacional, pífia nos últimos anos. "A
recessão econômica freou a produção industrial do País, e todos os fornecedores
sentiram, corroborando com o aumento do desemprego. A balança comercial também
foi afetada. Mesmo que tenhamos demanda por commodities, não significa dizer que
teremos uma rentabilidade significativa", analisou.
Para o professor da Universidade Rural Federal de Pernambuco
(UFPE), Luiz Maia, três aspectos devem ser levados em consideração. "Queda na
produção industrial, arrefecimento do cronograma acelerado de fábricas do Estado
e ressaca do programa Minha Casa Minha Vida, interrompido em função da retração
de recursos", disse, destacando ser provável que haja uma recuperação do meio
para o final de 2017, caso o ajuste fiscal seja implementado."
Numa visão mais regional, o economista da Fiepe Thobias Silva
contou que o tombo pode estar associado à queda na produção dos setores de
alimentos e bebidas. "Repercutindo nos demais setores", ponderou. Por outro
lado, Silva informou que, em abril, a confiança do empresariado começou a dar
sinais positivos de recuperação.
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