O QUE É EMOÇÃO

A emoção nos motiva a agir. Por exemplo, talvez você reclame de um produto que lhe foi entregue com defeito ao sentir indignação e raiva. Estudará para um concurso ao sentir orgulho por suas conquistas. Etc

Raiva, tristeza, medo e alegria fazem parte do grupo de nossas emoções fundamentais mas há uma grande lista de variáveis como por exemplo:

Medo intenso = pavor

Medo insuportável = pânico

Medo leve = apreensão

Medo moderado = preocupação

Medo constante = ansiedade

EMOÇÃO DESTRUTIVA

Nada nesta vida é essencialmente bom ou ruim, o que faz algo ser prejudicial é a desproporção.

Um pouco de raiva, medo pode proteger e ajudar a reagir na hora certa, mas muita raiva poderá fazer com que a outra pessoa reaja também com raiva e não lhe oferecerá o que seria justo. Quando estas emoções são desproporcionais você poderá ter reações inadequadas e ao contrário do que pensa poderá não ter mais resultados se agir mais intensamente. Por exemplo: Você quer conquistar uma determinada pessoa, e para tal usa todas suas emoções para comprar presentes, mandar bilhetes, convidar para sair. Mas se você for “intenso demais” poderá agir como um perseguidor e assustará a pessoa.

VICIADO EM EMOÇÃO

Em minha experiencia percebi que emoção pode viciar. A adrenalina dos esportes explica porque muitas pessoas acabam com seu próprio corpo ao praticarem excessivamente atividades esportivas que deveriam ser saudáveis.

Uma dose de emoção costuma ser bem desfrutada – até mesmo as negativas, vai negar que há tantos filmes de terror, e filmes policiais com assassinatos à toa? As pessoas podem gostar de passar medo, susto, raiva, etc. Pode mexe conosco, e esta mobilização pode ser interessante para alguns.

É por isso que algumas pessoas querem casar com o rapaz (ou a moça) que acabou de conhecer. É por isso que tem gente que sai do carro e desfere ameaças ao veiculo que lhe deu uma leve fechada no transito.

Como psicóloga eu percebia isso muito claramente em meus pacientes com transtorno bipolar. Estas pessoas costumam ser muito intensas, ora alegria intensa, ora depressão intensa. É muito comum que algumas famílias até resistam a sua melhora, apesar de virem ao consultório e colaborarem com o tratamento, acabam provocando reações nos pacientes quando estes apresentam melhoras – parece que não se adaptam ao verem a pessoa menos intensa, não consideram que isso significa melhora.

Para muitos considero útil aprendessem a gostar do “cinza”, pois estas pessoas se acostumaram a conviver apenas com as “cores fortes” da vida e não consideravam que vale a pena, e não reconhecem, o valor da harmonia, da paz, do equilíbrio.

EMOÇÃO ATRAI

Algumas técnicas de conquista pode incluir situações com fortes emoções para conectar-se com as pessoas. Por exemplo, se você estiver paquerando uma pessoa poderá melhorar suas chances de conquista se convida-lo para assistir a um filme que mobilize muitas emoções, ou leva-la a um lugar que ela goste muito, que lembre sua infância ou algo com muito significado para ela.

EMOÇÃO FAZ BEM PARA MEMÓRIA

A emoção também pode colaborar para memorizarmos fatos. Você poderá se lembrar melhor das situações que foram envolvidas com maior carga emocional. Por exemplo, quem lembra do dia anterior da formatura? Ninguém, mas todos lembram do dia da sua própria formatura. Porque? Porque foi carregada de emoção, pessoas dando os parabéns, o nervoso se subir ao palco, pensamentos sobre o futuro, tudo isso deu o colorido certo para que este dia ficasse em sua memória.

QUAL A CAUSA DAS EXPLOSÕES EMOCIONAIS

Cada explosão emocional, seja ela de raiva, tristeza, medo, etc, demonstra que um “gatilho” foi acionado. Algo foi visto, ouvido ou percebido que acionou lembranças.

Alguns dizem “não suporto quando ele fala desse jeito comigo”, mas se você perguntar as pessoas próximas elas podem dizer que o jeito que esta pessoa fala não é nada de tão ruim. Então, porque alguns ficam transtornados com algumas coisas mas não afeta outros? Porque estes tem em sua história de vida vivências que as deixaram fragilizadas. Estas vivencias podem incluir um pai que foi abusivo, uma situação de vergonha na infância ou qualquer outra coisa que tenha deixado uma marca.

Marisa de Abreu Alves

Psicóloga

CRP 06/29493