Veículo: BLOG DA FOLHA -
PE
Tipo: Matéria
Data: 10/01/2016 12:08
Assunto: GOVERNADOR, SECRETARIA DE AGRICULTURA E
REFORMA AGRÁRIA, SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, SECRETARIA DE
PLANEJAMENTO E GESTÃO, CASA MILITAR
Sem obras, como minar o Aedes?
O surto de arboviroses - doenças provocadas pelo
mosquito Aedes aegypti - tornou-se um dos maiores problemas de Saúde das últimas
décadas. Além do sofrimento e danos à população, pode atingir, em cheio, o
desempenho do governo Paulo Câmara, caso o Estado não consiga contê-lo. E um dos
principais entraves para barrar o mosquito, principalmente no Interior, é a
falta de abastecimento nos municípios. Sem água corrente, moradores estocam o
líquido, facilitando a vida do Aedes.
Barreira que só poderá ser superada com a conclusão
de obras hídricas. Com escassez de recursos no caixa estadual, Câmara vem
adotado estratégias diversas para garantir recursos à conclusão desses projetos.
As alternativas incluem a aprovação de uma lei para utilizar superávit da
máquina estadual e a busca por linhas de financiamento diversas. Foi dessa forma
que conseguiu destravar as obras de três adutoras: Pirangi (recursos do Banco
Mundial), Sirigi (do Tesouro estadual) e Serro Azul (do Banco Interamericano de
Desenvolvimento).
O uso de contrapartidas também será responsável
pelo andamento de projetos, como a barragem de Panelas, Lagoa dos Gatos, Barra
de Guabiraba e Brejão. "Estamos atuando em várias frentes para conseguir
viabilizar as obras. Trabalhando com recursos do Tesouro e com linhas de
financiamento. Graças a esse esforço, estamos conseguindo avançar com algumas
benfeitorias", destacou o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico,
Thiago Norões.
Em 2015, Paulo Câmara conseguiu autorização da
Assembleia Legislativa para utilizar os superávits de órgãos públicos e estatais
no financiamento e financiar benfeitorias e ações no combate à seca. A aprovação
da lei é responsável pelo Estado conseguir acelerar obras que andavam em ritmo
lento, desde o ano passado. O Palácio das Princesas culpa o atraso, pela falta
de repasse de verbas federais.
Os convênios para a construção das barragens de
Panelas, Lagoa dos Gatos e Barra do Gabiraba, por exemplo, não tiveram nenhum
repasse do Palácio do Planalto em 2015. Apenas Igarapeba recebeu recursos. Uma
esperança do governador é contar com a liberação das operações de crédito para
financiar obras hídricas. O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, ficou de dar
uma resposta ao gestor até o fim deste mês.
Caso a liberação do empréstimo seja aprovada, o
Estado já possui obras na agulha, para correr atrás de financiamento. Além da
construção de barragens, o governo solicitou, ainda, a perfuração de sete poços
e a instalação de mais sete para atendimento emergencial no
Interior.
Apesar das articulações, Thiago Norões admite que a
construção das benfeitorias não é suficiente, e que o combate ao surto de
arboviroses não será possível sem a contribuição da população. "Vamos conseguir
melhorar muito o problema da água, mas não vamos resolver a necessidade de
armazenamento em algumas regiões. Tomamos as medidas necessárias, mas ainda é
preciso conscientizar a população do armazenamento correto de água",
destacou.
Em uma frente específica, o governador Paulo Câmara
estabeleceu 16 metas para o combate ao mosquito aedes aegypti em um
monitoramento semanal da Secretaria estadual de Planejamento. As ações incluem a
estruturação da rede de saúde a aquisição de equipamentos, a vigilância
sanitária, a mobilização (incluindo ações de comunicação) e pesquisa. Dessas, 14
estão em andamento e duas foram concluídas - ação de conscientização nas escolas
estaduais e ações de controle do vetor (mosquito) com o Comando Militar
(capacitação dos militares).
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