Veículo: DIÁRIO DE PERNAMBUCO -
PE
Editoria: ECONOMIA: Coluna Diario
Econômico
Autor: Bruna Siqueira
Tipo: Matéria
Data: 25/02/2016
Assunto: SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO,
GOVERNADOR, SECRETARIA DA CONTROLADORIA GERAL DO ESTADO
A cota dos
encargos
Pernambuco não está na lista de estados que tiveram
suas notas de crédito rebaixadas pela agência Moody's - São Paulo, Minas Gerais,
Paraná e Maranhão, sim. Mas o Executivo estadual tem alguns outros desafios de
ordem financeira para tocar neste ano, que também será marcado por retração da
atividade econômica.
Um deles é administrar o crescimento das despesas
referentes à amortização, juros e encargos atrelados aos empréstimos firmados
com bancos de fomento, operações essenciais para se bancar novas obras e
projetos. Quem faz o alerta é a deputada Priscila Krause (DEM), que ontem
mostrou a escalada dos gastos na Comissão de Finanças, Orçamento e Tributação da
Assembleia Legislativa.
De acordo com o Portal da Transparência, a
despesa foi de R$ 1,431 bilhão em 2015, contra R$ 1,151 bilhão em 2014. São R$
280 milhões indo pelo ralo - ou melhor, engordando os cofres de instituições
como o BNDES e o BID. O secretário da Fazenda, Márcio Stefanni, explica que a
variação do dólar e da TJLP contribuíram para o crescimento da dívida
consolidada líquida, que hoje equivale a 72,5% da RCL (receita corrente
líquida). Mas destaca que a Lei de Responsabilidade Fiscal permite que esta
proporção seja de até 200%. De acordo com Stefanni, os gastos para bancar o
serviço da dívida - montante relativo aos encargos, juros e correção monetária -
atualmente estão em 7,5% da RCL.
Mais uma vez, abaixo do limite de 11% estipulado na
LRF, destacou à coluna. Vale lembrar que o estado briga, atualmente, para
destravar novos aportes junto aos bancos de desenvolvimento, a fim de bancar os
investimentos previstos da Lei Orçamentária Anual (LOA). Na semana passada, o
governador Paulo Câmara afirmou que há R$ 2 bilhões engatilhados em projetos
esperando autorização do Ministério da Fazenda. A expectativa do socialista é
obter pelo menos R$ 500 milhões.
Veículo: JORNAL DO COMMERCIO -
PE
Editoria: OPINIÃO JC
Autor: Mariana Araújo
Tipo: Matéria
Data: 25/02/2016
Assunto: GOVERNADOR, SECRETARIA DA FAZENDA,
SECRETARIA DE TRANSPORTES, CASA MILITAR
Diminuição no ICMS e FPE
FAZENDA Ao apresentar balanço das finanças
estaduais, secretário Márcio Stefanni revela que arrecadação caiu no início de
2016
O governo do Estado começou 2016 sentindo que a
crise que vem do ano passado não deu refresco. Ao apresentar, ontem, na
Assembleia Legislativa, o balanço das contas de 2015, o secretário da Fazenda,
Márcio Stefanni, informou que a arrecadação do ICMS de janeiro deste ano sofreu
uma queda de 5% em relação ao mesmo mês em 2015, e o Fundo de Participação dos
Estados (FPE), repassado pelo governo federal, sofreu uma queda de 13% no mesmo
período.
Mas, até o momento, a diminuição na receita não
deverá comprometer o pagamento dos servidores, segundo o
secretário.
Num panorama geral, Stefanni classificou que foi
acendida a "lâmpada amarela". "A gente tem que projetar daqui para frente. O mês
de janeiro foi horrível. Se nós fizéssemos o ano pelo mês de janeiro, a
restrição seria muito maior do que ano de 2015. Estamos atentos, tem se
discutido com o governador Paulo Câmara e com os demais secretários que compõem
o núcleo de governo para ver o que se pode fazer este ano", disse
Stefanni.
O secretário previu um cenário pessimista. "É um
ano que não podemos ter, infelizmente, pela realidade, muitos
sonhos.
Esse é um ano duro, de acompanhar o dia a dia. É um
ano de sobreviver e evitar o que aconteceu em outros Estados, que chegaram em
uma situação de insolvência, seja com o corpo funcional, seja com a dívida",
declarou. Segundo o secretário, os dois primeiros repasses do FPE de fevereiro
apresentaram alta em relação a janeiro, tendência que deve continuar na terceira
parcela. "Mas ele (FPE) tem um comportamento errático, que impede que o governo
faça um planejamento de até três quatro meses.
Essa está sendo a gestão do caixa no dia a dia.
Essa é uma realidade compartilhada por todos os Estados", acrescentou. O cenário
pode influenciar no calendário de pagamento dos servidores. A garantia, disse o
secretário, é que será mantido em dia todos os compromissos, mas algumas datas
de pagamentos podem sofrer alterações. "O ingresso de receita tem sido
priorizado, como tem sido desde o ano passado, que a gente possa pagar o 13º
antecipado. Mudamos em algum momento o calendário e conseguimos pagar",
explicou Stefanni.
BALANÇO
A receita caiu 2,8% em relação ao arrecadado em
2014. Os fatores que mais contribuíram foram a redução de repasses de convênios
com a União e limitações a operações de crédito. Por outro lado, o governo
conseguiu reduzir as despesas em 12,5%, quando aplicada a inflação de 10%
registrada no ano passado. No entanto, a economia foi alcançada, principalmente,
pelo corte nos investimentos.
De acordo com Stefanni, a queda na receita se deu
no último quadrimestre. "O segundo semestre é sempre melhor que o primeiro, mas
quatro meses seguidos de queda não ocorre desde o início do Plano Real",
comentou.
O líder da oposição, Silvio Costa Filho (PTB),
questionou porque continuam sendo feitos pagamentos referentes à Arena
Pernambuco, já que o governo tinha se comprometido a suspender os repasses até
que seja concluído o diagnóstico do contrato pela Fundação Getúlio Vargas.
Stefanni respondeu que os repasses, de R$ 8,7 milhões em janeiro e fevereiro,
correspondem à quitação da construção. O que está suspenso é o aporte para
serviços.
Já Priscila Krause (DEM) questionou o aumento do
percentual de gastos do Estado destinado à amortização de dívidas. Em 2015, foi
de 5,25% da receita (R$ 1,43 bilhão) contra 3,88% (R$ 1,15 bilhão) de 2014.
Stefanni explicou que isso se deve ao fim das carências de empréstimos. O líder
do governo, Waldemar Borges (PSB) disse que "os números revelam um Pernambuco
equilibrado e que garantiu atendimento a áreas prioritárias (...) embora
enfrentando um quadro de muita adversidade".
Veículo: JORNAL DO COMMERCIO - PE
Editoria: ECONOMIA
Autor: JC NEGÓCIOS - FERNANDO CASTILHO
Data: 25/02/2016
Assunto: SECRETARIA DA FAZENDA, SECRETARIA DA CASA CIVIL DE
PERNAMBUCO
Chegou a hora da prestação
Chegou a hora de o governo de Pernambuco pagar a
conta dos empréstimos que começamos a fazer em 2009, cuja amortização estará se
tornando maior agora. Em 2013, custou R$ 1,088 bilhão; em 2014, chegou a R$
1,151 bilhão e, ano passado, foi a R$ 1,43 bilhão. Este ano, no orçamento, deve
atingir R$ 1,648 bilhão. Não quer dizer que, como devedores, estamos no time dos
piores, afinal devemos 72,5% de nossa Receita Corrente Liquida. O problema é
pagar essa conta com correção em cima de dólar e TJLP, que subiram, e com uma
arrecadação em queda no ICMS.
Ontem, ao falar para deputados na Assembleia
Legislativa, o secretário da Fazenda, Marcio Stefanni, reclamou da subida do
dólar (que aumentou em R$ 2,4 bilhões a dívida do Estado) e da TJLP. Mas disse
que não podemos renegar os benefícios que o pacote de dinheiro que tomamos lá
fora (e aqui no BNDES) nos ajudou a construir a infraestrutura que
possuímos.
Ele considera que, ainda com a mudança nos
indicadores, Pernambuco tem se mantido bem comportado em relação à decisão de
tomar empréstimos e pago em dia. Houve um movimento de redução entre 2006 e
2011, quando nossa dívida caiu de 66,6% para apenas 38,3% da RCL, e outro de
ascensão de 2012 (45,8%) para os atuais 72,5%, em 2015. Ele admite que o
movimento deve se manter até 2017, mas vai reduzir-se. Para o secretário, o
problema não é o percentual da dívida do Estado sobre sua RCL, mas as
dificuldades que um dólar alto nos impõe, junto com a baixa atividade da
economia.
- Mais de R$ 1 bilhão por ano
O secretário da Fazenda Marcio Stefanni
justificou aos deputados o crescimento da dívida pública de Pernambuco com a
informação de que, entre as sete grandes economias do Brasil, Pernambuco foi a
que, percentualmente, teve o menor crescimento (14,6%). A Bahia teve um aumento
de 15,5% na sua dívida e o Ceará, 20,6%. Mas há, de fato, um crescimento das
despesas com juros nos últimos anos. Segundo a deputada Priscila Krause, o valor
do orçamento destinado ao gasto foi a 5,25% (R$ 1,431 bilhão) do total
despendido com os gastos do Estado em 2015. Em 2014, essa parcela foi de 3,88%
(R$ 1,151 bilhão), apontando que será crescente nos próximos anos.
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