Veículo: JORNAL DO COMMERCIO -
PE
Editoria: POLÍTICA
Autor: PINGA-FOGO
Data: 21/02/2016
Assunto: GOVERNADOR, CASA
MILITAR
Tempo sensível na política
Certamente o assunto da semana foi a posse do filho
do ex-governador Eduardo Campos, João Campos, na chefia de gabinete do
governador Paulo Câmara (PSB) e a reação intensa nas redes sociais. O caso
demonstra: estamos em tempos sensíveis na política. De reações de certa forma
até inesperadas, em especial quanto à proporção. Como o PT no plano federal, o
outro lado da permanência prolongada de um grupo, partido ou família no poder é
o risco de desgaste. Nestes tempos em que tudo parece mais à flor da pele,
então, aí é que esse risco aumenta.
E olhe que o PSB está ao mesmo tempo na prefeitura
do Recife e no Estado, o ex-governador Eduardo Campos era um ícone da política
estadual e seu avô, o ex-governador Miguel Arraes, segue um mito no campo, onde
era adorado pelos avanços que levou, como a eletrificação rural, ainda hoje um
marco social.
A questão é a rejeição no ar quanto à política e ao
que é tradicional nela, como famílias no poder. E nesse ambiente sensível, o que
era corriqueiro pode ter efeitos inesperados. Como a posse de João Campos. Este
ano vem aí um ciclo de homenagens pelo centenário de nascimento de Arraes.
Qualquer sigla nessa situação iria comemorar o marco. Estado, PSB, Instituto
Miguel Arraes e Assembleia formaram comissão para pensar as festividades. Resta
ver se, neste clima sensível, será um ciclo tranquilo.
Veículo: JORNAL DO COMMERCIO -
PE
Editoria: POLÍTICA
Autor: Franco Benites
Tipo: Matéria
Data: 21/02/2016
Assunto: SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO,
GOVERNADOR, CASA MILITAR
Pente-fino no desperdício
A crise econômica tem levado o governo estadual a
passar um pente-fino em sua estrutura com o objetivo evitar o desperdício de
dinheiro. Uma das ações da gestão Paulo Câmara (PSB) para evitar perdas
financeiras está sendo deflagrada pela Comissão de Acumulação de Cargos,
Empregos e Funções. É por meio dessa instância que a administração socialista
tem procurado averiguar o acúmulo indevido de vínculos trabalhistas de
servidores estaduais.
"Até o momento, foram instaurados 426 processos de acumulação de cargos, empregos ou funções. Em 409 processos ocorreu a regularização funcional do servidor, resultando na economia de R$ 9.219.486,00", informou o secretário estadual de Administração, Milton Coelho. De acordo com a Constituição Federal, pode haver o acúmulo de dois cargos públicos em algumas situações -para cargos específicos e quando existem horários compatíveis entre as funções.
No geral, a legislação proíbe o acúmulo de três ou mais empregos públicos ou de dois cargos se não há compatibilidade de horários. Os casos em que a exceção é possível são quando os dois cargos acumulados são de professor, quando um cargo é de Estado identifica servidores com acúmulo de cargos. professor com outro técnico ou científico ou quando forem dois cargos privativos de médico. Assim que a Secretaria de Administração verifica algum tipo de ilegalidade, um processo é submetido à Comissão Permanente de Processo Administrativo Disciplinar.
Com a instauração do processo no Diário Oficial do Estado, há a notificação do servidor para prestar esclarecimentos de sua situação funcional no prazo de cinco dias. Após a devida instrução processual, há a elaboração de relatório com a indicação da legalidade. No caso de a acumulação ser "ilegal de boa-fé", há um prazo de 30 dias para regularização funcional. Na hipótese de inexistir regularização, ou ainda, nos casos de acumulação "ilegal com indícios de má-fé", há a instauração de um processo administrativo que pode resultar em demissão.
Até o momento, houve dois casos de demissão por conta do vínculo irregular, mas como a avaliação é constante, esse número poderá crescer até o fim da gestão. O secretário de Administração afirma que o governo estadual aposta em parcerias para identificar a acumulação indevida de cargos públicos.
"Há a formalização de convênios com as Prefeituras de Recife e Olinda para o envio de informações cadastrais relativas aos seus servidores.
Essas dados subsidiam o
'batimento' com o Sistema de Recursos Humanos do governo", esclarece. Para
verificar os vínculos irregulares de servidores com a União ou outros municípios
do Estado ou vizinhos, o governo estadual recorre aos portais da Transparência e
do Tribunal de Contas.
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