Pernambuco institui política de saúde
LGBTAlém de garantir o uso do nome social, o instrumento
inédito no país busca reduzir danos à saúde relativos ao uso excessivo de
medicamentos e drogas
Bruna Nascimento, 28 anos, é transexual e tem o direito de ser chamada pelo nome social nas unidades de saúde, independentemente do nome registrado na identidade. Pelo menos é o que garante a portaria 1.820, do Ministério da Saúde. Na prática, não é sempre assim e Bruna termina sentindo-se constrangida. Ontem, a Secretaria Estadual de Saúde publicou no Diário Oficial uma portaria inédita no país aprovando a Política Estadual de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais.
Além de garantir o uso do nome social, o instrumento busca, entre outras coisas, reduzir danos à saúde relativos ao uso excessivo de medicamentos, drogas e fármacos por travestis e transexuais; garantir acesso ao processo transexualizador na rede estadual; reduzir depressão e suicídio ligados à não aceitação do próprio corpo; e garantir os direitos sexuais e reprodutivos da população LGBT no SUS.
Alguns dados que nortearam a política estão no dossiê de Saúde das Mulheres Lésbiscas, publicado pela Rede Feminista de Saúde. O documento aponta que, no atendimento médico, 40% das mulheres lésbicas não revelam sua orientação sexual e, entre as que revelam, 28% foram atendidas de forma mais rápida pelo médico, enquanto 17% deixaram de receber solicitação de exames necessários.
O dossiê aponta, ainda, que, entre as mulheres heterossexuais, a cobertura do exame preventivo do câncer do colo do útero foi de 89,7% nos últimos três anos. Entre as lésbicas e mulheres bissexuais, a cobertura caiu para 66,7%. Outra justificativa para a implantação da política é o uso indiscriminado de hormônios pelas travestis e transexuais, que podem causar AVC e infarto.
O governo vai criar uma Coordenação de Saúde LGBT subordinada à Diretoria de Políticas Estratégicas. O assunto foi discutido ao longo de dois anos e aprovado pelo Conselho Estadual de Saúde. A prioridade é criar a coordenação porque a política é importante, destacou a transexual Chopely Santos, que participou das discussões.
Fonte: Diário de Pernambuco
Bruna Nascimento, 28 anos, é transexual e tem o direito de ser chamada pelo nome social nas unidades de saúde, independentemente do nome registrado na identidade. Pelo menos é o que garante a portaria 1.820, do Ministério da Saúde. Na prática, não é sempre assim e Bruna termina sentindo-se constrangida. Ontem, a Secretaria Estadual de Saúde publicou no Diário Oficial uma portaria inédita no país aprovando a Política Estadual de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais.
Além de garantir o uso do nome social, o instrumento busca, entre outras coisas, reduzir danos à saúde relativos ao uso excessivo de medicamentos, drogas e fármacos por travestis e transexuais; garantir acesso ao processo transexualizador na rede estadual; reduzir depressão e suicídio ligados à não aceitação do próprio corpo; e garantir os direitos sexuais e reprodutivos da população LGBT no SUS.
Alguns dados que nortearam a política estão no dossiê de Saúde das Mulheres Lésbiscas, publicado pela Rede Feminista de Saúde. O documento aponta que, no atendimento médico, 40% das mulheres lésbicas não revelam sua orientação sexual e, entre as que revelam, 28% foram atendidas de forma mais rápida pelo médico, enquanto 17% deixaram de receber solicitação de exames necessários.
O dossiê aponta, ainda, que, entre as mulheres heterossexuais, a cobertura do exame preventivo do câncer do colo do útero foi de 89,7% nos últimos três anos. Entre as lésbicas e mulheres bissexuais, a cobertura caiu para 66,7%. Outra justificativa para a implantação da política é o uso indiscriminado de hormônios pelas travestis e transexuais, que podem causar AVC e infarto.
O governo vai criar uma Coordenação de Saúde LGBT subordinada à Diretoria de Políticas Estratégicas. O assunto foi discutido ao longo de dois anos e aprovado pelo Conselho Estadual de Saúde. A prioridade é criar a coordenação porque a política é importante, destacou a transexual Chopely Santos, que participou das discussões.
Fonte: Diário de Pernambuco
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