sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

História do Dia Internacional da Mulher

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8 de março: Dia Internacional da mulher
8 de março: Dia Internacional da mulher
História do 8 de março
No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.
A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.
Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).
Objetivo da Data
Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história.
Conquistas das Mulheres Brasileiras
Podemos dizer que o dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasileira. Nesta data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo.
Marcos das Conquistas das Mulheres na História
- 1788 - o político e filósofo francês Condorcet reivindica direitos de participação política, emprego e educação para as mulheres.
- 1840 - Lucrécia Mott luta pela igualdade de direitos para mulheres e negros dos Estados Unidos.
- 1859 - surge na Rússia, na cidade de São Petersburgo, um movimento de luta pelos direitos das mulheres.
- 1862 - durante as eleições municipais, as mulheres podem votar pela primeira vez na Suécia.
- 1865 - na Alemanha, Louise Otto, cria a Associação Geral das Mulheres Alemãs.
- 1866 - No Reino Unido, o economista John S. Mill escreve exigindo o direito de voto para as mulheres inglesas.
- 1869 - é criada nos Estados Unidos a Associação Nacional para o Sufrágio das Mulheres.
- 1870 - Na França, as mulheres passam a ter acesso aos cursos de Medicina.
- 1874 - criada no Japão a primeira escola normal para moças.
- 1878 - criada na Rússia uma Universidade Feminina.
- 1893 - a Nova Zelândia torna-se o primeiro país do mundo a conceder direito de voto às mulheres (sufrágio feminino). A conquista foi o resultado da luta de Kate Sheppard, líder do movimento pelo direito de voto das mulheres na Nova Zelândia.
- 1901 - o deputado francês René Viviani defende o direito de voto das mulheres.
- 1951 - a OIT (Organização Internacional do Trabalho) estabelece princípios gerais, visando a igualdade de remuneração (salários) entre homens e mulheres (para exercício de mesma função).
 
 
History of International Women's DayHistory of International Women's Day, meaning the March 8, women's struggles, importance of the date and celebration, achievements of Brazilian women, women's history in Brazil, political participation of women, the role of women n
 March 8: International Women's Day History of March 8
 
On Day 8 March 1857, workers of a textile factory, located in the north American city of New York, made a great strike. Occupied the plant and began to demand better working conditions, such as reduction in the daily workload for ten hours (Factories required 16 hours of daily work), Match wages with men (women came to receive up to one-third the salary of a man, to perform the same type of work) and fair treatment in the workplace.

 
The demonstration was suppressed with full fury. The women were locked inside the factory, which was set on fire. About 130 weavers died carbonized in a totally inhuman act.
  
However, only in 1910, during a conference in Denmark, it was decided that the March 8 would become the "International Women's Day" in honor of the women who died in the factory in 1857. But only in 1975, by decree, the date was made official by the UN (United Nations).
 
Date of goal
 
When you create this date, was intended not only celebrate. In most countries, gives lectures, debates and meetings aimed at discussing the role of women in today's society. The effort is to try to decrease and, maybe one day end, with prejudice and the devaluation of women. Even with all the advances, they still suffer in many places, with low wages, male violence, excessive working hours and disadvantages in professional careers. Much has been achieved, but much remains to be modified in this story.
  
Achievements of the Brazilian Women
  
We can say that the day February 24, 1932 was a milestone in the history of Brazilian women. On this date was established women's suffrage. Women conquered, after many years of claims and discussions, the right to vote and be elected to positions in the executive and legislative.
 
Mark of Conquest of Women in History
  
- 1788 - the political and French philosopher Condorcet claims rights to political participation, employment and education for women.
- 1840 - Lucretia Mott fight for equal rights for women and African-Americans.
- 1859 - appears in Russia in the city of St. Petersburg, a movement fighting for women's rights.
- 1862 - during the municipal elections, women can vote for the first time in Sweden.
- 1865 - in Germany, Louise Otto, establishing the General Association of German Women.
- 1866 - In the UK, the economist John Stuart Mill writes demanding the right to vote for English women.
- 1869 - is created in the United States National Association for Women's Suffrage.
- 1870 - In France, women will have access to medical courses.
- 1874 - created in Japan the first normal school for girls.
- 1878 - created in Russia one Women's University.
- 1893 - New Zealand becomes the first country in the world to grant voting rights to women (women's suffrage). The achievement was the result of the struggle of Kate Sheppard, leader of the movement for the right to vote of women in New Zealand.
- 1901 - French Deputy René Viviani defends the right of women to vote.
- 1951 - the ILO (International Labour Organization) lays down general principles to equal pay (wages) for men and women (to exercise the same function).
O AMOR SEMPRE VENCE

 
As palavras dizem muito, mas os gestos falam mais alto.

Uma mulher, certa vez, pediu-me um conselho. Disse-me:

- Dom Helder, eu estou muito aflita, não sei o que fazer da minha vida. Todos os dias o meu marido bebe. Chega em casa bêbado, uma lástima, só o senhor vendo. Pois bem, um dia ele quis me bater. Não deixei, estava enfurecido, parece que estava com o diabo no corpo. O que eu devo fazer?

- Minha filha, Deus te abençoe! A vida é cheia de muitas surpresas. Casa-se com alguém esperando amor eterno e a bebida transforma a pessoa amada, mas é aí, minha filha, que o amor precisa falar mais alto. Ora, seu marido está doente, doente da alma. Por que ele bebe tanto assim? Já parou para perguntar isto a ele?

- Não, Dom, ainda não. Acho que é coisa do trabalho. Ele bebe assim, talvez, porque seja muito pressionado no trabalho dele. É o que eu penso.

- Faça o seguinte, minha filha. Dê a ele mais atenção. Quando ele estiver em casa sem ter bebido, fique mais com ele. Trate ele mais carinhosamente. Peça para sair com ele, ir para qualquer lugar. Veja o que vai dar.

Aquela senhora foi embora, nunca mais a vi. Outro dia, ela chegou para falar comigo.

- Dom, posso lhe dizer algumas coisas?

- Pode sim, minha família, sente-se aqui.

Ela, então, passou a narrar todo o seu drama novamente, no entanto, ia colocando alguns elementos que não havia falado da outra vez.

- Dom, meu marido é um homem bom, mas a bebida estava lhe tirando a vida aos poucos. Passei a fazer o que senhor pediu. Quando ele chegava em casa mais sóbrio, eu lhe dava toda a atenção do mundo. Parava tudo que fazia para prestar atenção nas suas histórias. Beijava ele quando podia. Fazia ele parecer que era um rei. Aos poucos fui notando a sua mudança, ele ia bebendo cada vez menos do que antes e chegar mais cedo em casa. Um dia, ele chegou para mim e disse que não queria mais beber e precisava da minha ajuda para isso.

- E o que você fez, minha filha?

- Eu dei apoio a ele. Fui buscar ele no trabalho todos os dias, isto porque ele ia beber justamente depois que saia do trabalho. Pensei que se eu evitasse que ele parasse numa barraca dessa qualquer seria mais fácil parar de beber.

- E o que aconteceu?

- Ele, no início, ficava meio aborrecido. Sentia que ele queria parar num lugar para beber, mas ia resistindo porque eu estava junto. Não foi fácil, Dom, ele ficava muito irritado. Eu me redobrava de carinhos para compensar aquilo tudo. Ele entendeu que eu queria o seu melhor. Um dia fui ao cinema com ele depois do trabalho. Outro dia fomos passear no parque. Todo dia, antes de chegar em casa, dava um jeito de fazer algo diferente. Ele foi gostando e aí um dia ele me disse:

- Minha querida, minha tarefa agora é não beber mesmo se você não for me buscar. Deixe eu tentar, por favor.

De coração pesado concordei com ele, Dom, disse-me aquela mulher.

- E ele parou de beber?

- Parou sim. No início, ele chegava em casa muito cedo, parece até que vinha correndo do trabalho para casa. Aos poucos, percebi, que ele chegava no horário de sempre e mais calmo. Não perguntava nada, até porque sentiria o bafo da bebida se ele tivesse parado em algum lugar. Era um sacrifício para ele e ele resistia a cada dia.

- E aí, como está hoje?

- Tudo muito bem, graças a Deus. Ele se recuperou, não totalmente, segundo ele, porque ele me diz que ainda sente umas tentações, mas está vencendo a cada dia e eu fazendo mais carinho para ele e ele para mim. Obrigado, Dom, seu conselho valeu a pena.

- Nada, minha filha, foi o amor que venceu. O amor sempre vence, é só esperar que ele mostra que é superior a tudo.

Meus queridos amigos, esta pequena história vem demonstrar, mais uma vez, a excelência do amor. Uma pessoa que vive com amor faz prodígios que nem imagina. Foi o amor que moveu aquela mulher para falar desesperadamente comigo. Foi o amor que fez ela tomar a iniciativa de fazer carinho e tudo que ele pedia. Foi o amor que lhe deu a paciência para esperar a sua mudança de vida. Foi o amor que venceu.

O amor é feito de palavras também, é claro, mas é composto principalmente de ações no bem, ações concretas. A mãe de família foi movida pelo amor o tempo inteiro. Suas palavras sinceras levaram a executar a estratégia que lhe sugeri. Os méritos foram todos dela. O amor venceu porque encontrou no marido a resposta certa. Só o amor conversa com o amor, então sua atitude fez despertar o amor adormecido no coração do marido.

O amor é, portanto, feito de gestos, gestos largos e firmes, gestos sinceros e produtivos. Amar é ação e ela agiu no bem, por isso deu certo e sempre dará para quem tentar.

É o conselho que deixo esta manhã para todos vocês. Se algo está dando errado na sua vida, procure observar onde o amor pode ajudar e execute a estratégia definida, vai dar certo, não tem como não dar.

Espere no amor, mas, fundamentalmente, aja no amor. O amor mobiliza as principais forças da natureza e transforma qualquer pessoa ou situação.

Jesus sabia bem disso e por esta razão nos ensinou a amarmos uns aos outros.

É isto aí!

Dom Helder Câmara

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015


Relatório da OIT aponta pior crise de emprego em 25 anos

Abraham Lama, IPS



Emprego na América Latina e no Caribe está passando pela pior crise no último quarto de século devido ao processo de globalização econômica, diz o "Perspectivas de Trabalho - 2002" (Labour Outlook 2002), um novo relatório do escritório regional da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
OIT - A situação social é ainda pior do que quando a região era afetada pela crise financeira do México de 1995, conhecida como "efeito tequila", e pela crise financeira asiática, que atingiu a América Latina em 1998-1999, disse o diretor geral da OIT, Juan Somavía.
Somavía apresentou o relatório a mais de 400 representantes de organizações governamentais, empresariais e trabalhistas de 35 nações das Américas reunidas na capital peruana, no domingo. O relatório compara as taxas de desemprego urbano dos primeiros 9 meses deste ano com aquelas do mesmo período em 2001 e encontrou um aumento de 16,4% para 21,5% na Argentina; de 6,2% para 7,3% no Brasil; 6,1% para 6,8% na Costa Rica, 2,4% para 2,8% no México; 9,4% para 9,7% no Peru; 15,4% para 16,5% no Uruguai; e 13,9% para 15,5% na Venezuela.
O desemprego médio urbano da região, hoje, se mantém em 9,3%, de acordo com cálculos da OIT. O estudo também mostra um aumento do mercado de trabalho informal, com 7 em cada 10 novos empregos criados na região, entre 1990 e 2002, no setor informal. Referindo-se ao aumento da insegurança no trabalho, organização, com sede em Genebra, sublinha que apenas 6 em cada 10 novos empregos dão acesso aos serviços de segurança social, e apenas duas em cada 10 pessoas empregadas no setor informal tem benefícios sociais.
A situação do emprego na América Latina é caracterizada por uma expansão da vulnerabilidade social e pela negação contínua dos direitos trabalhistas dos empregados. Somavía recomendou que os líderes governamentais e empresariais da região levem em conta a grave crise pela qual alguns países estão passando e "implementem imediatamente políticas sociais de emergência para prevenir uma explosão de pobreza, fome e desespero de milhões de desempregados". "Encaramos populações desesperadas que não compreendem como seus países terminaram em tal situação e, em muitos casos, sentem que são os verdadeiros párias da globalização", disse o diretor-geral numa conferência da imprensa de Lima, aludindo à situação da Argentina, descrita como um exemplo extremo da região.
"Se não revertemos essa situação, ela pode se deteriorar mais ainda, agravando a pobreza e a exclusão social, pondo em perigo a estabilidade política de muitos países, e ameaçando a capacidade das sociedades latino-americanas de manter a coexistência democrática", acrescentou. Os autores do relatório identificaram como causas do aumento do desemprego a desaceleração do crescimento econômico dos países mais industrializados, particularmente os Estados Unidos, o declínio dos preços de algumas mercadorias que lideram a exportação na região e a profunda depressão econômica da Argentina.
Eles mencionam que o impacto da atual crise é maior naqueles países que mantiveram um pesado ônus de dívida social, pendente desde os anos 80, que contribui para um déficit ainda maior de empregos dignos. A OIT não usa a categoria "desemprego", comum entre as estatísticas oficiais de muitos países da região, e, ao invés, fala de carência de "emprego digno", que satisfazem os padrões de leis nacionais e de compromissos internacionais, com proteção assegurada por um sistema de segurança social. "Toda a região ingressou na era da globalização com um déficit de emprego decente". Em 1990, 63 milhões de trabalhadores urbanos estavam excluídos dos empregos decentes, ou 45% da população economicamente ativa (PEA), e o número neste ano atingiu 93 milhões, ou 50,5% da PEA, denunciou Agustín Muñoz, diretor regional da OIT.
Muñoz e Somavía reconheceram que a crescente integração comercial internacional poderia trazer benefícios para as economias latino-americanas e caribenhas, mas mencionou que isso torna os países menos desenvolvidos mais vulneráveis. Dois terços da população economicamente ativa da América Latina está fora do alcance do sistema de proteção social em termos de serviços de saúde e pensões, diz a OIT. O relatório declara que a situação é particularmente aguda para as mulheres economicamente ativas (80% delas carecem de qualquer proteção social).
Outros fatores determinantes da situação do trabalho são as sérias deficiências das instituições democráticas, a expansão da corrupção política a níveis sem precedentes e o declínio da confiança da sociedade na independência das agências governamentais e dos sistemas judiciários, diz o documento da OIT. Somavía também menciona os efeitos da reforma de estado e os processos de privatização que dominaram políticas governamentais na região nos anos 90. "Quase ninguém está satisfeito com as reformas dos aparatos estatais. Alguns porque consideram que isso perverteu a natureza do estado e outros vêem as mudanças como deterioração do funcionamento do mercado", comentou.
A privatização, disse o chefe da OIT, "em muitos casos foi benéfica para a população, mas em muitos outros não. O povo não está recebendo os benefícios da transferência dos monopólios da esfera pública para a privada, que normalmente ocorre sem melhorias nos serviços e ainda com preços mais elevados. As projeções da OIT para 2003 têm um tom de otimismo, prevendo que a produção doméstica em conjunto terá um crescimento de 3%. Tal crescimento permitiria uma ligeira retomada do emprego na região, reduzindo o desemprego urbano para algo em torno de 8,6%, próximo da taxa do fim dos anos 90, de acordo com a agência internacional.
 
Tradutor: Francisco José Ramires
 
 
 
ILO report points worst employment crisis in 25 years
Abraham Lama, IPS
Employment in Latin America and the Caribbean is going through the worst crisis in the last quarter century due to the economic globalization process, says "Perspectives Working - 2002" (Labour Outlook 2002), a new International Labour Organization's regional office report (ILO).
ILO - The social situation is even worse than when the region was affected by the financial crisis in Mexico 1995, known as the "tequila effect", and the Asian financial crisis, which hit Latin America in 1998-1999, said the CEO ILO, Juan Somavia.
Somavia presented the report to more than 400 representatives of government, business and labor organizations from 35 nations of the Americas met in Lima on Sunday. The report compares urban unemployment rates for the first 9 months of this year with those of the same period in 2001 and found an increase of 16.4% to 21.5% in Argentina; from 6.2% to 7.3% in Brazil; 6.1% to 6.8% in Costa Rica, 2.4% to 2.8% in Mexico; 9.4% to 9.7% in Peru; 15.4% to 16.5% in Uruguay; and 13.9% to 15.5% in Venezuela.
The average urban unemployment in the region today stands at 9.3%, according to calculations of the ILO. The study also shows an increase in the informal labor market, with 7 out of 10 new jobs created in the region between 1990 and 2002 in the informal sector. Referring to the increased job insecurity, organization, based in Geneva, notes that only 6 out of 10 new jobs provide access to social security services, and only two out of 10 people employed in the informal sector have social benefits.
The employment situation in Latin America is characterized by an expansion of social vulnerability and the continued denial of labor rights of employees. Somavia recommended that government and business leaders in the region take into account the serious crisis that some countries are going through and "immediately implement emergency social policies to prevent an explosion of poverty, hunger and despair of millions of unemployed." "We look desperate people who do not understand how their countries ended in such a situation and, in many cases feel they are the true pariahs of globalization" said the Director-General in a press conference in Lima, alluding to the situation in Argentina, described as an extreme example of the region.
"If not reversed this situation, it may deteriorate further, worsening poverty and social exclusion, endangering many countries political stability, and threatening the ability of Latin American societies to maintain democratic coexistence," he added. The report's authors identify as causes of the increase in unemployment slowing economic growth in most industrialized countries, particularly the United States, the decline in prices of some goods leading the export in the region and the deep economic depression in Argentina.
They mention that the impact of the current crisis is higher in countries that have maintained a heavy burden of social debt, pending since the 80s, which contributes to an even greater deficit of decent jobs. The ILO does not use the category "unemployment", common among the official statistics of many countries in the region, and instead speaks of lack of "decent work", which meet the standards of national laws and international commitments, with assured protection by a social security system. "The whole region entered the globalization era with a shortage of decent work". In 1990, 63 million urban workers were excluded from decent jobs, or 45% of the economically active population (EAP), and the number this year reached 93 million, or 50.5% of the PEA, denounced Agustín Muñoz, Regional Director of the ILO .
Muñoz and Somavía acknowledged that growing international trade integration could be beneficial for Latin American and Caribbean economies, but mentioned that this makes the least developed countries more vulnerable. Two-thirds of the economically active population in Latin America is beyond the reach of the social protection system in terms of health and pension services, says the ILO. The report states that the situation is particularly acute for economically active women (80% of them lack any social protection).
Other determining factors of the work situation are the serious deficiencies of democratic institutions, the expansion of political corruption to unprecedented levels and the decline of society's trust in the independence of government agencies and judicial systems, says the ILO document. Somavia also mentions the effects of state reform and privatization processes that dominated government policies in the region in the 90s "Almost no one is satisfied with the reforms of the state apparatus. Some because they think it perverted the nature of the state and others see changes such as deterioration in the functioning of the market, "commented.
Privatisation, said the head of the ILO, "in many cases was beneficial for the population, but many others do not. The people are not getting the benefits of the transfer of the public sphere to the private monopolies, which usually occurs without improvements in services and even with higher prices. The projections for 2003 ILO have a note of optimism, predicting that domestic production together will have a growth of 3%. Such growth would allow a slight recovery in employment in the region, reducing the urban unemployment for something around 8.6%, close to the end of the rate of 90, according to the international agency.
Translator: Francisco José Ramires


As ações da OIT para inibir o assédio moral
 
Inicialmente, cumpre mencionar que a Convenção 155, de 1981, elaborada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre segurança, saúde dos trabalhadores e meio ambiente, ratificada pelo Congresso Nacional em 1992 e promulgada pelo Decreto federal 1.254/94, estabelece em seu artigo 3º que o termo "saúde", com relação ao trabalho, "abrange não só a ausência de afecção ou de doenças, mas também os elementos físicos e mentais que afetam a saúde e estão diretamente relacionados com a segurança e a higiene no trabalho."
Logo, como o assédio moral coletivo causa sérios danos à saúde mental e física dos trabalhadores, evidente que a mencionada convenção tem o objetivo de evitar que essa prática se desenvolva nos locais de trabalho.
Ademais, a OIT também defende o direito do trabalhador ao "trabalho decente". A entidade conceitua trabalho decente como "um trabalho produtivo e adequadamente remunerado, exercido em condições de liberdade, eqüidade, e segurança, sem quaisquer formas de discriminação, e capaz de garantir uma vida digna a todas as pessoas que vivem de seu trabalho".
Verifica-se, assim, que a OIT, ao defender o trabalho produtivo e em condições de liberdade, eqüidade e segurança a todos os trabalhadores, repudia a ideia do assédio moral coletivo que constitui um dos fatores prejudiciais à ideia do trabalho decente.
Além disso, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, o crescimento das doenças psicológicas no ambiente de trabalho será uma das principais características do próximo século. Milhares de trabalhadores serão afastados de seus postos de trabalho em virtude do impacto do estresse no ambiente de trabalho e da "Síndrome do Burn out", oriundos de um mundo do trabalho em crise.
Na tentativa de evitar-se a prática dessa espécie de assédio, a Diretiva 2000/78/CE, de 27 de Novembro de 2000, da União Européia estabeleceu um quadro geral de igualdade de tratamento no emprego e na atividade profissional. A proposta de diretiva visa combater tanto a discriminação direta, que consiste na diferença de tratamento baseada em particularidades específicas, como a discriminação indireta, que compreende as disposições, critérios ou práticas aparentemente neutras, mas suscetíveis de produzir efeitos desfavoráveis para uma determinada pessoa ou grupo de pessoas ou ainda a incitação à discriminação.
 
Nesse sentido, para a mencionada diretiva "a atitude persecutória, que cria um ambiente hostil no ambiente de trabalho, é considerada uma discriminação". Logo, o assédio moral coletivo, por criar esse ambiente hostil na empresa, é vedado pelo ordenamento jurídico da União Européia.
Além dessa diretiva, existe ainda a Resolução A5-0283/2001, do Parlamento Europeu sobre o assédio no local de trabalho (2001/2339 (INI)), publicada no Jornal Oficial C 77 E, de 28 de março de 2002. Segundo as constatações da Agência Européia para a Segurança e a Saúde no Trabalho, "o assédio constitui um risco potencial para a saúde, que freqüentemente leva a doenças relacionadas com o stress".
Essa resolução adverte para as consequências devastadoras do assédio moral na saúde física e psíquica daqueles que dele são alvo — e conseqüentemente das suas famílias — e que necessitam de assistência médica e psicoterapêutica, o que, de forma geral, os induz a ausentarem-se do trabalho por razões de doença ou os incita a demitirem-se.
Conclui-se, assim que, em virtude da prática de assédio moral coletivo compreender fator extremamente prejudicial ao meio ambiente do trabalho, à saúde mental e também física dos trabalhadores, a OIT e a UE já tomaram medidas com o intuito de inibir e evitar essa prática.
é consultora jurídico-trabalhista, advogada, titular do escritório Sônia Mascaro Nascimento Consultoria e Advocacia Trabalhista, conselheira e presidente da Comissão de Defesa da Advocacia Trabalhista da OAB-SP, Diretora do Núcleo Mascaro Desenvolvimento Cultural e Treinamento - Trabalhista, mestre e doutora em Direito do Trabalho pela USP.
Revista Consultor Jurídico, 28 de maio de 2009, 10h15.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015


ASSÉDIO MORAL
 
Estudos recentes realizados pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que o “Assédio Moral” poderá se converter no principal problema do mundo globalizado, caracterizado como o mal-estar da globalização. Constitui um desafio permanente para as instituições públicas e privadas proporcionar ambientes de trabalho saudáveis, fundamentados pela vivência de valores humanos tais como a ética, a solidariedade, a transparência, a confiança, o compromisso, o respeito e a responsabilidade nas relações de trabalho. É preciso aliar a formação técnica às qualidades humanas para a obtenção dos resultados planejados. Apesar de atualmente o tema “Assédio Moral” estar em evidência, torna-se necessária sua ampla divulgação, sobretudo na esfera pública, quando os servidores e gestores deverão aprender a distinguir situações de assédio moral dentre aquelas que não se configuram nessa temática.
"Toda e qualquer conduta abusiva, manifestando-se, sobretudo, por comportamentos, palavras, atos, gestos escritos, que possam trazer dano à personalidade, à dignidade ou à integridade física ou psíquica de uma pessoa, colocando em perigo seu emprego, ou degradar o ambiente de trabalho" (Marie France Hirigoyen,2002).

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

SCGE PARTICIPA DE ENCONTRO NACIONAL DE OUVIDORES

Entre os dias 5 e 6 de março, em Fortaleza, será realizado o primeiro Encontro Nacional de Ouvidores dos Tribunais de Justiça do Brasil. Na ocasião, a assessora de Relações Institucionais da Secretaria da Controladoria Geral do Estado (SCGE), Karla Júlia Marcelino, falará sobre “As Ouvidorias Públicas como Ferramentas de Gestão em Busca do Aperfeiçoamento de Serviços aos Cidadãos”. A assessora explica como pretende representar a nossa secretaria na sua palestra sobre ouvidorias públicas: “Irei explanar sobre a história das ouvidorias públicas de Pernambuco, enfocando as habilidades (técnicas, humanas e conceituais), além de destacar a importância das ouvidorias como um instrumento de gestão na área pública”. Ao final do evento será criado o Colégio Permanente de Ouvidores dos Tribunais de Justiça do Brasil.
 
Fonte: Assessoria de Comunicação


A plenitude sexual é o resultado de sucessivas experiências vivenciadas, através das quais a entrega amorosa torna-se imprescindível para o alcance do ápice sexual. Uma alma para tocar outra alma requer uma conexão que vai muito além de mera comunhão de corpos. A distância afetiva impossibilita essa troca de energias entre almas que nem sempre são afins, gerando comumente frustração e um vazio existencial após o ato sexual, o qual jamais deveria ser uma experiência mecânica, disassociada do sentimento! No ato sexual há a troca de energias sexuais as quais sendo devidamente canalizadas, resultarão em benefício de ambas as pessoas. Sem sombra de dúvidas que sentimentos de medo, tristeza, mágoa, frustração e outros afins dificultam ou mesmo impossibilitam essas experiências que poderiam ser inesquecíveis em nossas vidas.
Sexual fulfillment is the result of successive past experiences, through which the self-giving becomes essential to achieve sexual climax. A soul to touch another soul requires a connection that goes far beyond mere communion bodies. The emotional distance prevents this energy exchange between souls that are not always related, commonly generating frustration and an existential emptiness after sex, which should never be a mechanical experience, dissociated feeling! In the sexual act there is the exchange of sexual energy which is channeled properly will result in benefit of both people. No doubt that feelings of fear, sadness, hurt, frustration and the like difficult or even impossible these experiences could be unforgettable in our lives.
 
 
Um levantamento realizado pela ONG Contas Abertas estimou que a interrupção do trabalho dos parlamentares do Congresso Nacional durante os 11 dias de recesso de Carnaval custa R$ 279,1 milhões aos cofres públicos. A folga começou na última sexta-feira (13) e vai até terça-feira (23).
Na Câmara dos Deputados, os 11 dias de folga custam aproximadamente R$ 161,1 milhões, ou R$ 314,1 mil por cada um dos 513 parlamentares. Já no Senado, preenchido por 81 senadores, os dias de recesso significam R$ 118 milhões de custos. O orçamento anual previsto para o Congresso Nacional em 2015 é de R$ 9,3 bilhões, o que equivale a R$ 25,4 milhões por dia.
 
Segundo o Contas Abertas, com R$ 279,1 milhões seria possível comprar quase 1.900 ônibus escolares rurais ou construir 78 escolas com capacidade de 432 alunos por turno ou 140 Unidades de Pronto Atendimento de Porte II, instaladas em locais que possuem entre 100 mil e 200 mil habitantes e recebem até 300 pacientes por dia.Um levantamento realizado pela ONG Contas Abertas estimou que a interrupção do trabalho dos parlamentares do Congresso Nacional durante os 11 dias de recesso de Carnaval custa R$ 279,1 milhões aos cofres públicos. A folga começou na última sexta-feira (13) e vai até terça-feira (23).
 
Segundo o Contas Abertas, com R$ 279,1 milhões seria possível comprar quase 1.900 ônibus escolares rurais ou construir 78 escolas com capacidade de 432 alunos por turno ou 140 Unidades de Pronto Atendimento de Porte II, instaladas em locais que possuem entre 100 mil e 200 mil habitantes e recebem até 300 pacientes por dia.


AS COMPETÊNCIAS PESSOAIS TRANSFORMAM PESSOAS EM TALENTOS

 (Chiavenato, 2007)
 

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Prefeituras: quase metade das contas rejeitadas pelo TCE



Um levantamento de julgamentos realizados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) entre 2013 e 2014 revela que quase metade dos processos referentes às prestações de contas dos municípios tiveram as contas rejeitadas e apenas uma parcela ínfima foi aprovada sem ressalvas. O TCE julgou, nesses dois anos, 358 prestações de contas municipais. Destas, 164 (45,82%) foram rejeitadas. Um total de 186 contas (51,95%) foram aprovadas com ressalvas e apenas duas (0,56%) foram aprovadas sem ressalvas – são as contas de Gravatá e Ipojuca referentes ao exercício 2011.
 
Entre os principais motivos para a rejeição das contas, o TCE identificou o não recolhimento das contribuições previdenciárias dos servidores, a não adoção do limite de gastos com pessoal previsto pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e a não aplicação dos valores mínimos previstos para os investimentos em educação (25% da receita) e saúde (15%). Também destacam-se a contratação de despesas em final de mandato sem disponibilidade no caixa e o sobrepreço em obras.
 
Segundo o presidente do TCE, Valdecir Pascoal, os auditores ainda encontram alguns casos de desmandos e fraudes nas gestões municipais analisadas. No entanto, ele afirma que a grande maioria das contas é rejeitada devido à carência de quadro pessoal capacitado nas diversas prefeituras para adequar os investimentos realizados pela gestão às normas previstas na legislação.
“Não podemos descartar a malversação dos recursos públicos. Mas, em regra geral, não tem havido intensão de fraude por parte dos gestores. O que existe é pouca gente qualificada nas prefeituras para adequar os gastos às novas normas”, disse.
 
Ele observa ainda que a elaboração da prestação de contas também requer servidores gabaritados. “Mas os municípios não oferecem salários adequados para atrair esses servidores”, destacou.
O presidente do tribunal observou que a aprovação das contas com ressalvas leva em conta a preservação do erário e a ausência de atos de irregularidade em benefício próprio. “Dificilmente as prefeituras conseguem aprovar suas contas sem ressalvas. São prestações onde identificamos que não houve prejuízo aos cofres públicos e também não houve má-fé. No entanto, não existe a observação de normas como a realização de licitação ou o descumprimento de prazos de licitação”, sublinhou.
Ao julgar uma conta municipal, o TCE encaminha a decisão ao Ministério Público (MP), ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e à Câmara de Vereadores do município em questão. Caso essas instâncias identifiquem que ocorreu alguma irregularidade insanável, que configure ato doloso de improbidade administrativa, o prefeito pode se tornar inelegível.
 
“A rejeição de contas é uma das 14 hipóteses de inelegibilidade. E ela tem se tornando cada vez mais frequente”, concluiu Valdecir Pascoal.
Fonte: Jornal do Commercio
Publicado em 24/01/2015

A Secretaria da Mulher de Pernambuco (SecMulher-PE) em parceria com os Organismos Municipais de Políticas para as Mulheres, Secretaria de Saúde, Delegacias da Mulher e Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude lança pelo 8º ano seguido a campanha Violência contra Colombina, Catirina e Caboclinha é Coisa de Outros Carnavais. A campanha consiste na distribuição de leques, panfletos, banners, porta documentos, camisas, squeezes, viseiras e cartilhas de orientação para o combate da violência doméstica e familiar contra as mulheres no período carnavalesco.

A iniciativa que pretende não só combater a violência sexista, mas conscientizar os agressores de que violência contra a mulher é crime e dá cadeia vai distribuir os materiais em 160 municípios. As coordenadorias e secretarias das mulheres organizarão as equipes para as ações nas principais agremiações e festas das cidades do interior do Estado. Os Organismos municipais de políticas para as mulheres estarão formalizando convênio de cooperação técnica com a SecMulher/PE e apresentando plano de trabalho e relatório das atividades realizadas nas localidades. Entre as ações estão o compartilhamento de material com organizações não governamentais que trabalham em defesa dos direitos das mulheres e disponibilização dos panfletos nos pontos de cultura dos polos centralizados e descentralizados do Recife.
Procon-Móvel realiza 90 audiências na zona oeste

Mutirão colocará consumidor e empresas frente a frente para realização de acordos
Inicia na próxima segunda, 09, uma semana dedicada á realização de 90 audiências de conciliação nos municípios de Camaragibe e São Lourenço da Mata, zona oeste da região metropolitana. Nesta 2ª etapa, de um processo iniciado em novembro/dezembro 2013, o objetivo é promover acordos entre consumidores e empresas reclamadas, tendo com base de mediação os direitos previstos no Código de Defesa do Consumidor – CDC.
 
O Procon-Móvel, que é uma parceria da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos com o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania – Pronasci, do Ministério da Justiça e executado pelo Procon-PE, estará em Camaragibe no final da Rua Elisa Cabral, centro comercial do município. Já em São Lourenço da Mata o atendimento acontecerá na Câmara dos Vereadores, próximo à antiga Praça do Canhão.
 
As unidades móveis do Procon-PE, compostas por dois micro-ônibus adaptados para o atendimento, inclusive com acessibilidade às pessoas com locomoção reduzida, é formada por uma equipe de 03 assessores jurídicos, 06 atendentes e 06 assistentes educacionais, e ficarão até a sexta, 13 de fevereiro, garantindo o direito dos consumidores.
 
No último mutirão, realizado há duas semanas, um total de 93% das audiências terminaram em acordos, evitando assim constrangimentos e gastos ao consumidor, danos à imagem da empresa e o acúmulo de processos na justiça comum

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

GOVERNO ENXUGA MÁQUINA COM REDUÇÃO DE DESPESAS

Publicado no Diário Oficial do Estado, o decreto do Plano de Contingenciamento de Gastos (PCG) tem meta de racionalizar o gasto em R$ 320 milhões em 2015

O Governo de Pernambuco inicia fevereiro planejando ações de racionalização nas despesas correntes do Estado. Através do Decreto n.º 41.466, publicado no Diário Oficial desta terça-feira, 3 de fevereiro, fica instituído o Plano de Contingenciamento de Gastos (PCG) que tem como meta racionalizar os gastos da máquina pública em R$ 320 milhões, só em 2015. A medida leva em consideração as projeções econômicas e financeiras do País que apontam para um cenário fiscal restritivo, com ausência de crescimento da economia brasileira, taxa de juros alta e consequente baixa projeção para o incremento de receitas para os estados.

O Decreto prevê diversas medidas de melhoria do gasto público por meio de uma atuação direta com os gestores do Estado, a fim de identificar, propor e implementar ações de economia. A coordenação fica por conta de um comitê gestor composto por representantes da Assessoria Especial do Governador do Estado, Secretaria de Administração do Estado (SAD), Secretaria da Controladoria Geral do Estado (SCGE), Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz), Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) e Procuradoria Geral do Estado (PGE). Esse grupo acompanhará de forma detalhada as várias propostas de contingenciamento de recursos.

“Precisamos continuar nos preparando para o cenário fiscal restritivo que está posto para o País. Vamos estabelecer metas, procedimentos e rotinas eficazes, focados no combate ao desperdício e na otimização do gasto. Os projetos prioritários não serão impactados. Vamos manter a qualidade dos serviços com a eliminação do gasto ruim”, destacou Paulo Câmara.

Entre as medidas do Executivo estadual está o desenvolvimento de propostas de economia em temas como: serviços de consultoria, diárias e passagens, manutenção da frota, combustível, locação de veículos, licenças de softwares, publicidade, transferências voluntárias, entre outros. Os recursos já destinados ao Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento Municipal (FEM) serão preservados, bem como os programas de relevância para a sociedade, tal como o Pacto Pela Vida.

Os dirigentes dos órgãos da administração direta e indireta deverão designar, no prazo de três dias, os representantes de cada unidade gestora que vão atuar na implementação e na coordenação do PCG em seus órgãos. Serão desenvolvidos, ainda, estudos para que os gastos tenham caráter mais racional e sejam cada vez melhor planejados.

“O nosso desafio é conseguir, através de medidas de contingenciamento propostas pelos gestores públicos, ganhar capacidade de manutenção do nível de serviço, preservando os projetos prioritários. Não existe fórmula. As propostas serão resultado do esforço dos gestores em melhorar o gasto. Mais esforço vai resultar em mais economia. A atuação será de forma parceira, incentivando ainda mais o uso racional dos recursos públicos e sensibilizando os servidores para o momento econômico do País. Esta é uma determinação do governador Paulo Câmara”, argumentou o secretário da Controladoria Geral do Estado, Rodrigo Amaro.

PRINCIPAIS AÇÕES PROPOSTAS NO DECRETO
  • Corte nas consultorias, concessão de diárias, manutenção da frota, publicidade, entre outros temas;
  • Devolução dos veículos com menos de 1,2 mil km rodados por mês;
  • Redução dos custos para telefonia fixa e móvel;
  • Fiscalização das despesas com cessão de pessoal;
  • Suspenção no aditamento de contratos de terceirização que resultem no aumento da despesa;
  • Corte na aquisição de passagens aéreas e diárias internacionais e contingenciamento de passagens nacionais através do Sistema de Controle de Viagens na Administração Pública (SCVI);
  • Priorização de compras corporativas;
  • Regras mais rígidas para o crescimento e o incremento de despesas;
  • Implantação de “ilhas de impressão” nos órgãos para reduzir o custo de aquisição de papel e insumos;
  • Renegociação de preços nas atas corporativas para valores de mercado;
  • Aumento da eficiência energética;
  • Criação de cadastro de regularidade dos convênios e transferências estaduais;
  • Implantação de sistemática para o controle de Suprimento de Fundos Institucional (SFI);
  • Redução de 10% nas transferências voluntárias;
  • Suspender a implantação de novos Datacenters.

Dependência Emocional: diferenças entre Amor e Apego

por Rita Maria Brudniewski Granato - ritagranato@ritagranato.psc.br


Aprendemos a buscar o amor nas coisas externas e como sabemos tudo que é externo é passageiro e não depende de nós. Portanto, em algum momento, nos encontraremos com a infelicidade. Pois vamos desgastando nos e cansando pela vida, experimentando os golpes que ela nos faz experimentar. Por causa desses golpes começamos a sentir um grande vazio, que procuramos preencher com coisas materiais ou mantendo relações por medo de ficar sós. Justamente nesse momento o APEGO aparece e junto a ele a angústia de perder ou de não termos a aprovação das pessoas que nos oferecem esse “prazer” e aparentemente preenchem esse vazio. Como conseqüência vem a dor e o sofrimento, se nossa consciência a alojar. Isso é o APEGO, consciência do TER.
O APEGO está no pólo oposto do AMOR, por estar fortalecido pelo medo e a infelicidade. O APEGO faz com que tentemos mudar, melhorar, manipular, controlar com quem compartilhamos a vida.

“Se quero possuí-lo, corto suas asas e o deixo a meu lado para sempre”. (*)

O APEGO vem transvestido, pois é disfarçado de amor. O AMOR como consciência elevada do ser humano, está no pólo positivo, onde se encontra liberdade e paz interior. Então não tentamos manipular, nem controlar a pessoa que amamos. Não ficaremos no jogo de extorsão emocional, não perderemos a nossa liberdade a nossa liberdade e respeitaremos a do outro.
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Um exemplo de APEGO: “Sem você, não poderei viver” Nessa frase, a nossa felicidade e nossa tranqüilidade estão vinculadas ao pensamento de que a pessoa que “amamos” (leia-se dependemos) estará sempre ao nosso lado, aconteça o que acontecer.
Essa é uma visão distorcida da vida e é o que gera angústia e sofrimento. Nesse caso, personificamos e encarnamos o amor numa representação que é o outro para nós. Esse sofrimento vem do APEGO que tínhamos por fulano ou sicrano e não pela perda em si mesmo.
No estado de consciência do ser, no AMOR VERDADEIRO, poderemos nos sentir muito bem com alguém, gostarmos muito de estar em sua presença, mas também poderemos estar bem, sem ele.
O APEGO pode ser sentido no casal, como em relação a membros da família.
Quando desfrutamos do estado de consciência do ser, o que sentimos é AMOR e o APEGO desaparece.
O verdadeiro AMOR exige liberdade, ao passo que apego exige posse, numa necessidade de ter.


“Se amo, gozo vendo suas asas crescerem e você voando. Ame intensamente o que fizer e desfrute o que está vivendo hoje.” (*)

(*) Jaramillo, J. “Eu Te amo, mas sou feliz sem você. O verdadeiro amor é uma arte divida e libertadora, enquanto o apego aprisiona e faz sofrer. 2007

Dra. Rita Maria Brudniewski Granato
Psicóloga Clínica
www.ritagranato.psc.br
 "A vida me ensinou a dizer adeus às pessoas que amo sem tirá-las do meu coração - Charles Chaplin"

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015





A mulher contemporânea apresenta várias facetas, “desde a sutileza e suavidade do feminino puro, passando pela força arrebatadora e estratégica de uma guerreira, a inteligência e carisma de uma líder, a criatividade e harmonia de uma artesã, até a amorosidade generosa de uma curadora, o poder transformador e purificador da mulher anticonvencional, a responsabilidade e cuidado da mãe protetora e nutridora, a sensibilidade e receptividade da mulher companheira e a sabedoria espiritual de uma sacerdotisa; sendo tais tônicas ou aspectos da feminilidade relacionadas expressivamente aos movimentos corporais e a elementos e simbologias encontradas na natureza. Enfim, a vivência das Danças Étnicas de cunho feminino trazem à tona a diversidade expressiva do ser feminino e sua (re)conexão aos elementos que lhe são intrínsecos, auxiliando no processos de auto-conhecimento e desenvolvimento de uma identidade pessoal expressiva” (http://www.shaktiyoga.org.br/curso-formacao-shakti-yoga-natya-shakti-yoga-dance).

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

10 dicas para escrever e publicar um artigo científico


Confira algumas sugestões para desenvolver uma boa pesquisa e divulgar o seu trabalho no meio acadêmico

“Quem não pesquisa, não escreve; quem não escreve, não submete; quem não submete, não é aceito; quem não é aceito, nunca será publicado; quem não é publicado permanece anônimo, e de nada vale um cientista ou intelectual anônimo.” 
 
Escrever e publicar um artigo científico pode não ser uma tarefa fácil. A elaboração de qualquer pesquisa exige precisão e domínio sobre o assunto. No entanto, muitas vezes os estudantes ficam em dúvida sobre a maneira correta de elaborar o seu trabalho. Por onde começar? Como definir o tema da pesquisa? Qual linguagem utilizar no texto? Esses são apenas alguns dos questionamentos que surgem.
 
As pessoas costumam ter dúvidas e errar porque não sabem ciências, ou não aprenderam de maneira correta, avalia Gilson Volpato, professor de redação científica, da Unesp (Universidade Estadual Paulista). “Muitos professores transformam essa disciplina em um conjunto de regras”, aponta, ao afirmar que os alunos precisam entender o que estão fazendo. Inclusive, para ajudar alunos, professores e pesquisadores a escreverem uma pesquisa acadêmica, Volpato criou o Clube SOS Ciência, que tira dúvidas on-line sobre redação científica (leia matéria no Porvir).
 
crédito: nito / Fotolia.com
Com base na conversa com o professor, o Porvir reuniu algumas sugestões para auxiliar na redação e publicação de um artigo científico. No entanto, conforme destacou Volpato, é preciso lembrar que não existe receita para a elaboração de uma boa pesquisa. Cada projeto possui as suas particularidades.
Confira algumas dicas:
 
1. Leia sobre o que já feito
Antes de começar um projeto de pesquisa, é importante checar diversas conteúdos da área para conhecer tudo o que já foi falado sobre o tema. Uma das sugestões apresentadas pelo professor Volpato é ler artigos de boas revistas internacionais. Além disso, é preciso fazer um levantamento de publicações que podem ser utilizadas para dar base ao seu projeto.
 
2. Pense no nível que a sua pesquisa irá atingir
Antes de fazer um projeto é preciso identificar o nível de ciência que se pretende atingir. Identifique algumas publicações científicas que estariam no patamar da sua pesquisa. Você pretende atingir uma Science, com abrangência em diversas áreas de conhecimento, ou deseja focar em uma publicação especializada? Se a sua resposta for publicar em um veículo científico de grande abrangência, será necessário pensar e elaborar a sua pesquisa de forma que ela seja compreensível para o maior número de pessoas possível, incluindo outras áreas de conhecimento.
 
3. Apresente uma novidade
Não existe uma boa pesquisa sem algo novo ou relevante. “Os pesquisadores têm dificuldade de aceitar que o tema da sua pesquisa não apresenta uma novidade”, conta Volpato. Segundo ele, após ler sobre o que já foi desenvolvido dentro do tema, é necessário encontrar uma nova abordagem. Uma pesquisa muito repetitiva não pode apresentar grandes contribuições científicas.
 
4. Saiba a hora certa para começar a escrever
Muitas pessoas começam a escrever o seu artigo na hora errada. Segundo Volpato, para manter a unidade do texto é importante ter uma ideia completa do trabalho. Não comece a adiantar algumas partes do seu artigo sem ter concluído a pesquisa, analisado e interpretado dados. Antes de começar a escrever, o professor afirma que é necessário já ter em mente a resposta para algumas perguntas: 1) Como surgiu a pesquisa? 2) Onde você chegou? 3) Como chegou nesse caminho e o que me faz aceitar a sua história? 4) O que isso muda na ciência? 5) Por que as pessoas se interessariam por isso?
 
5. Tenha em mente o tipo de revista que você gostaria de publicar
Após ter uma visão geral do trabalho, respondendo as perguntas anteriores, comece a pensar na revista que você deseja ter o seu trabalho divulgado. Leia diversos artigos e tente observar o formato que eles seguem. “É bom conhecer o jeitão da revista”, apontou Volpato. Pense nessa estrutura quando estiver escrevendo.
 
6. Mantenha a lógica no texto
Na hora de escrever é preciso observar se as ideias da pesquisa não estão se contradizendo. De acordo com o pesquisador, muitas pessoas acabam cometendo erros nesse item. Introdução, desenvolvimento e conclusão devem estar muito bem alinhados e relacionados. Todas as partes devem apresentar coerência e lógica. Releia o texto e veja se ele consegue manter uma unidade. Não use freses sem sentido.
 
7. Encontre a medida certa
O tamanho do texto não quer dizer qualidade. “Nenhuma palavra a mais, nenhuma palavra a menos. A gente tem que saber sintetizar”, apontou Volpato. Segundo ele, as pessoas tendem a achar que os trabalhos mais longos são os melhores. No entanto, o número de páginas não é sinônimo de qualidade. É importante apresentar todos os argumentos de maneira clara e objetiva. Para o professor e pesquisador, a elaboração de um artigo deve ser semelhante a de um prédio. “Ele precisa ser vistoso, importante, sólido e econômico”, defendeu.
 
8. Seja claro e evite palavras que dificultam o entendimento
Nada de prosopopéia para acalentar bovinos (ou seja, a famosa expressão “conversa para boi dormir”). Tente tornar a sua pesquisa mais acessível e troque as palavras de difícil entendimento. Segundo Volpato, a ciência tem um caráter transdisciplinar, porém, quando você escreve um artigo cheio de termos técnicos e palavras desconhecidas, a sua pesquisa tende a ficar restrita apenas para pessoas da área. “É importante pensar que você está escrevendo um texto para ser lido por diferentes públicos.”
 
9. Compartilhe o seu conhecimento
Após concluir um artigo é importante tentar a sua publicação em revistas de divulgação científica. Segundo o professor Volpato, a divulgação da pesquisa é tão importante quando a redação. É a partir da publicação que você poderá compartilhar o seu conhecimento com outros pesquisadores. Além disso, também terá a oportunidade de submeter o seu trabalho para avaliação de outros especialistas. Antes de enviar um artigo para análise, observe atentamente o formato exigido em cada publicação. Algumas revistas têm normas específicas que devem ser seguidas, incluindo padronização de estilo, quantidade de caracteres e outras referências.
 
10. Acompanhe os resultados
Não pense que a publicação do artigo é o último passo. Após divulgar a sua pesquisa, tente observar a repercussão do seu trabalho no mundo científico. Observe as contribuições acadêmicas da sua pesquisa. Ao visualizar quem está citando o seu artigo, procure entender quais reflexões estão sendo geradas a partir dele.