quinta-feira, 29 de abril de 2021

 A PERSISTÊNCIA DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NA SOCIEDADE BRASILEIRA.

A violência contra a mulher é todo ato lesivo que resulte em dano físico, psicológico, sexual, patrimonial, que tenha por motivação principal o gênero, ou seja, é praticado contra mulheres expressamente pelo fato de serem mulheres.
A desigualdade de gênero é uma relação de poder em que os papéis sociais, o repertório de comportamentos, a liberdade sexual, as possibilidades de escolha de vida, as posições de liderança, a gama de escolhas profissionais são restringidas para o gênero feminino em comparação ao masculino. As causas, portanto, são estruturais, históricas, político-institucionais e culturais. A causa estruturante, que é a desigualdade de gênero, é agravada por outros fatores que também potencializam a vulnerabilidade à violência, tais como a pobreza, a xenofobia e o racismo. Embora a violência de gênero atinja todas as mulheres, ela se combina com outros fatores e é sentida de maneira mais dura por mulheres pobres, refugiadas e negras, mais expostas a violações como estupros e feminicídios.
Ela acontece de várias formas:
- Violência física: é aquela que prejudica a saúde e a integridade corporal da mulher. É praticada com uso de força física;
- Violência psicológica: apesar de não ser visual, é muito extensa. São condutas que causam danos emocionais e diminuição da autoestima. Alguns exemplos são a proibição de trabalhar, de se relacionar com amigos e parentes e até de sair de casa;
- Violência sexual: ocorre quando a mulher é obrigada a presenciar, manter ou participar de relações sexuais não desejadas. Também acontece quando a vítima é obrigada a abortar, a usar anticoncepcionais ou a se prostituir contra a sua vontade;
-Violência patrimonial: é quando são retidos ou destruídos objetos pertencentes a uma mulher, como documentos, instrumentos de trabalho, pertences, bens e recursos econômicos;
- Violência moral: calúnia, difamação, injúria e ofensa à dignidade da mulher são alguns exemplos.
O Brasil tornou-se referência mundial com a Lei Maria da Penha, de 2006, que além de propor penas mais duras para agressores, também estabelece medidas de proteção às mulheres e medidas educativas de prevenção com vistas a melhorar a relação entre homens e mulheres. Infelizmente, muitos crimes ainda acontecem, apesar da Lei.
Os dados sobre a violência contra a mulher são assustadores. Segundo o Ministério da Saúde, a cada quatro minutos, uma mulher é agredida por um homem no Brasil. Vale lembrar que esse dado é referente ao número de vítimas que denunciam o crime.
Há, ainda, uma grande quantidade de mulheres que, por medo ou vergonha, sofrem violência e não contam a ninguém.
A violência contra a mulher coloca em risco tanto a sua integridade física como mental. As agressões têm consequências graves, que podem favorecer o desenvolvimento de transtornos mentais e até levar ao suicídio da vítima.
Denuncie, ajude a salvar uma vida!
Disque denúncia - 180
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quinta-feira, 15 de abril de 2021

 


 Inteligência Emocional:

“Tudo que nós fazemos é governado pelas nossas emoções” (Antônio Damásio).
É a capacidade que possuímos de gerenciar e controlar nossas emoções.
É importante saber lidar com as emoções. Ter equilíbrio emocional é muito importante para realizar tudo que desejamos, principalmente no ambiente de trabalho.
Existe 5 pilares na IE:
1. Autoconsciência/ autoconhecimento;
2.Autorregulação / pensar antes de agir ou falar;
3. Empatia/Rapport: capacidade de se colocar no lugar do outro;
4. Habilidades Sociais: habilidades de se relacionar, comunicar e construir laços com o outro;
5. Motivação: construção interna que nos leva a ação e decisão.
Desenvolver Inteligência Emocional é possível. Diversas situações que vivenciamos nos levam enfrentar de melhor forma possível:
 Busque autoconhecimento
 Seja assertivo em se comunicar;
 Prefira sempre responder em vez de reagir;
 Ouças as outras pessoas num nível profundo;
 Mantenha-se motivado;
 Desenvolva a autoconsciência;
 Seja empático;
 Mostre-se acessível e aberto.;
 Aprender a lidar com sentimentos negativos (identifique as causas deles);
 Respeite os seus limites (saiba o que é melhor para você);
 Evite tomar decisões no calor das emoções;
 Faça exercício físico (liberação de endorfina, serotonina e noradrenalina) que proporciona sensação de bem-estar;
 Ler é uma técnica que pode ser utilizada a qualquer momento que proporciona bem-estar;
 Trabalhe a sua respiração em situações estressantes.
Convido você a conhecer o nosso Curso Inteligência Emocional, em nosso canal do Youtube, on-line e gratuito (Karla Julia Marcelino).



quinta-feira, 8 de abril de 2021

 Só por hoje valorize o "ser" mais que sua aparência;

Só por hoje lembre-se que todos nós somos SERES HUMANOS;
Só por hoje contenha os ímpetos de violência e pense na PAZ;
Só por hoje ore pela restabelecimento da ordem e progresso em nosso país;
Só por hoje lembre-se que há milhões de seres humanos famintos no mundo;
Só por hoje determine-se a ter bons pensamentos e sentimentos;
Só por hoje colabore para a inclusão social e erradicação da Fome, fazendo a sua parte!
Internalizar esses valores diariamente é possível, quando mudamos a nossa visão de mundo!
- Segundo a ONU o número de famintos no mundo ultrapassa 1 bilhão de pessoas, o que equivale a 1/6 da população mundial, situação que se agravou com a Pandemia.
- Um quarto da população brasileira, 52,7 milhões de pessoas, vive em situação de pobreza ou extrema pobreza (Banco Mundial).
- Quase 20 milhões de pessoas passaram fome nos últimos três meses de 2020 no Brasil (OXFAM).
- 116,8 milhões de pessoas em insegurança alimentar no Brasil (OXFAM).
- 14,3 milhões de desempregados no Brasil (IBGE).
Ainda segundo a ONU, a FOME É O MAIOR PROBLEMA SOLUCIONÁVEL DO MUNDO!
ERRADICAR A FOME É UMA RESPONSABILIDADE DE TODOS NÓS!!!



quarta-feira, 7 de abril de 2021

 

7 de abril - Dia Mundial da Saúde




 

O Dia Mundial da Saúde foi criado com a finalidade principal de conscientizar a população sobre aspectos envolvidos com a saúde de um indivíduo.

 O Dia Mundial da Saúde é comemorado em 7 de abril porque essa data coincide com a data de criação da Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1948. O objetivo dessa comemoração é conscientizar a população a respeito da importância de manter o corpo e a mente saudáveis e também falar de alguns problemas de saúde que atingem a população mundial, alertando sobre os riscos e ensinando sobre a prevenção.

 A cada ano um tema relacionado com a saúde é escolhido e abordado ao redor do mundo por meio de campanhas de conscientização. No ano de 2015, por exemplo, o tema escolhido pela Organização Mundial da Saúde foi Segurança alimentar, do campo à mesa, um tema que enfoca a necessidade de todos terem acesso a alimentos de qualidade, em quantidade adequada e de modo permanente.

 Outros temas já trabalhados no Dia Mundial da Saúde foram Doenças transmitidas por vetores (2014), Hipertensão (2013), Envelhecimento saudável (2012) etc. Em 2016, o tema abordado foi Diabetes, uma doença que apresenta grande crescimento na população mundial, principalmente em países de baixa e média renda. O tema abordado em 2017 foi a Depressão, um transtorno que afeta pessoas de todas as idades. Em 2018, o tema foi Saúde para todas e todos e, em 2019, Cobertura universal de saúde.


 Segundo a OMS, o que é saúde?

Segundo a Organização Mundial da Saúde, saúde pode ser definida como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não consiste apenas na ausência de doença ou de enfermidade”. Isso quer dizer que uma pessoa saudável não é apenas aquela que não apresenta doença, mas, sim, aquela que está bem consigo mesma e também apresenta uma boa relação com a sociedade.

 

Constituição Federal de 1988 e a saúde

 Se saúde diz respeito à ausência de doença ou a um estado de completo bem-estar, o que importante é que ter saúde é um direito de todo cidadão, e o Estado deve garantir que todos tenham acesso a serviços de promoção, prevenção e recuperação da saúde. Segundo o Art. 196 da Constituição Federal de 1988, “a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.”

 Vale lembrar que garantir a saúde não é apenas investir em hospitais e oferecer medicamentos para os doentes. Investir em saúde é garantir saneamento básico para todos, é levar educação de qualidade para que todos possam estar informados a respeito dos riscos de determinadas ações e a forma de prevenir doenças, é garantir alimentação de qualidade e, principalmente, promover qualidade de vida.

 

Publicado por: Vanessa Sardinha dos Santos




segunda-feira, 5 de abril de 2021

 “PAI, PERDOA-LHES, POIS ELES NÃO SABEM O QUE FAZEM" (LUCAS, 23.34).

Será que ele vive em nossos corações?
O amamos verdadeiramente?
Compreendemos os seus ensinamentos?
JESUS É A LUZ DO MUNDO!
Com certeza ele é o nosso maior amigo e nos ama tão profundamente que ultrapassa a nossa compreensão.










 “Ninguém vive só. Nossa alma é sempre núcleo de influência para os demais. (...) É preciso saber, portanto, que espécie de forças projetamos naqueles que nos cercam” (Emmanuel/Chico Xavier, Livro Fonte Viva).




 ENTENDA O QUE É O MEDO

O medo faz parte do instinto de sobrevivência humana, trata-se de um mecanismo que entra em ação quando o cérebro percebe algum tipo de perigo. O medo é uma sensação que proporciona um estado de "alerta" demonstrado pelo receio de fazer alguma coisa, geralmente por se sentir ameaçado, tanto fisicamente como psicologicamente. Pavor é a ênfase do medo.
Sentir medo é natural e humano e não há formas de eliminá-lo. Isso por que ele tem como função nos alertar e proteger do perigo. Ele também pode ser definido como a sensação mais instintiva do ser humano.
O medo é uma reação involuntária causada quando passamos por algum estímulo estressante. O cérebro libera substâncias químicas que causam o disparo do coração, a respiração rápida, a contração do músculo, entre outras coisas. Tudo isso também é conhecido como reação de luta ou fuga.
Diferente do que muitos pensam, possui um papel fundamental para o desenvolvimento pessoal e autopreservação. Afinal de contas, sem medo, um indivíduo provavelmente agiria sem qualquer cuidado, colocando a si mesmo em risco e a todos à sua volta.
Existem muitos tipos de medo e os mais comuns são os medos de:
• Ficar doente.
• Morrer.
• Falar em público.
• Altura.
• Água.
• Voar.
• Sangue.
• Escuro.
. Covid -19
Quando uma pessoa se vê em uma situação que lhe gera medo, por não ter escolha, tende a buscar formas criativas de vencer aquele perigo e, consequentemente, se desenvolve. Além disso, se mantém atenta para tomar os cuidados necessários em determinadas situações e se proteger. O único problema acontece quando o temor em excesso se torna paralisante, impedindo a ação.
Falar a respeito desse assunto é importante porque ainda existe a ideia equivocada de que pessoas corajosas não têm medo e isso não é verdade. Como dito anteriormente, esse é um sentimento comum aos seres humanos, faz parte do nosso instinto e é, sim, importante. Na realidade, o que os corajosos fazem é agir apesar do medo, porque sabem controlá-lo e usá-lo a seu favor.
Motivos que provam a importância do Medo:
1 – Gera atenção ao lidar com situações de perigo.
2 – Autoconhecimento em relação ao que nos amedronta.
3 – Mantém o foco e a concentração.
4 – Leva à preparação e ao planejamento.
5 – Análise para fazer a melhor escolha.
6 – Reflexão em relação aos próprios objetivos.
7 – Impõe desafios que levam ao crescimento.



sexta-feira, 2 de abril de 2021

 

Código penal da vida futura

 

O Espiritismo não vem, portanto, mediante sua autoridade privada, formular um código de fantasia; sua lei, no que toca ao futuro da alma, deduzida de observações feitas sobre o fato, pode resumir-se nos seguintes pontos:

 1º A alma ou o Espírito sofre, na vida espiritual, as consequências de todas as imperfeições de que não se despojou durante a vida corporal. Seu estado, feliz ou desgraçado, é inerente ao grau de sua purificação ou de suas imperfeições.

 2º A felicidade perfeita está ligada à perfeição, ou seja, à purificação completa do Espírito. Toda imperfeição é ao mesmo tempo uma causa de sofrimento e de privação de gozo, assim como toda qualidade adquirida é uma causa de gozo e de atenuação dos sofrimentos.

 3º Não há uma única imperfeição da alma que não traga consigo suas consequências lastimáveis, inevitáveis, e nem uma única boa qualidade que não seja a fonte de um gozo. A soma das penas é assim proporcionada à soma das imperfeições, como a dos gozos está na razão da soma das qualidades.

A alma que tem dez imperfeições, por exemplo, sofre mais do que a que tem só três ou quatro; quando dessas dez imperfeições, não lhe restar senão um quarto ou a metade, ela sofrerá menos, e quando não lhe restar nenhuma, não sofrerá mais e será perfeitamente feliz. Tal como, na terra, aquele que tem várias doenças sofre mais do que o que só tem uma, ou nenhuma. Pela mesma razão, a alma que possui dez qualidades tem mais gozos do que a que tem menos qualidades.

 4º Em virtude da lei do progresso, toda alma tendo a possibilidade de adquirir o bem que lhe falta e se desfazer do que tem de mau, segundo seus esforços e sua vontade, resulta daí que o futuro não está fechado a nenhuma criatura. Deus não repudia nenhum de seus filhos; recebe-os no seu seio à medida que atingem a perfeição, deixando assim a cada um o mérito de suas obras.

 

5º Estando o sofrimento vinculado à imperfeição, como o gozo à perfeição, a alma carrega em si mesma seu próprio castigo em toda parte onde se encontra: não é preciso para isso de um lugar circunscrito. O inferno está portanto em todo lugar onde há almas sofredoras, como o céu está em toda parte onde há almas bem aventuradas.

 6º O bem e o mal que se faz são o produto das boas e das más qualidades que se possui. Não fazer o bem que se é capaz de fazer é então o resultado de uma imperfeição. Se toda imperfeição é uma fonte de sofrimento, o Espírito deve sofrer não só por todo o mal que fez, mas por todo o bem que poderia ter feito e não fez durante sua vida terrestre.

 7º O Espírito sofre pelo próprio mal que fez, de maneira que sua atenção estando incessantemente concentrada nas consequências desse mal, ele compreenda melhor seus inconvenientes e seja motivado a corrigir-se.

 8º Sendo a justiça de Deus infinita, é mantida uma conta rigorosa do bem e do mal; se não há uma única má ação, um único mau pensamento que não tenha suas consequências fatais, não há uma única boa ação, um único bom movimento da alma, o mais leve mérito, numa palavra, que seja perdido, mesmo nos mais perversos, porque é um começo de progresso.

 9º Toda falta cometida, todo mal realizado, é uma dívida contraída que deve ser paga; se não o for numa existência, sê-lo-á na seguinte ou nas seguintes, porque todas as existências são solidárias umas das outras. Aquele que a quita na existência presente não terá de pagar uma segunda vez.

 10º O Espírito sofre a pena de suas imperfeições, seja no mundo espiritual, seja no mundo corporal. Todas as misérias, todas as vicissitudes que suportamos na vida corporal são decorrentes de nossas imperfeições, expiações de faltas cometidas, seja na existência presente, seja nas precedentes.

Pela natureza dos sofrimentos e das vicissitudes suportadas na vida corpórea, pode-se julgar da natureza das faltas cometidas numa existência precedente, e das imperfeições que lhe são a causa.

 11º A expiação varia segundo a natureza e a gravidade da falta; a mesma falta pode assim dar lugar a expiações diferentes, segundo as circunstâncias atenuantes ou agravantes nas quais ela foi cometida.

 12º Não há, em relação à natureza e à duração do castigo, nenhuma regra absoluta e uniforme; a única lei geral é que toda falta recebe sua punição e toda boa ação sua recompensa, segundo seu valor.

 13º A duração do castigo está subordinada ao aperfeiçoamento do Espírito culpado. Nenhuma condenação por um tempo determinado é pronunciada contra ele. O que Deus exige para pôr um fim aos sofrimentos, é um aperfeiçoamento sério, efetivo, e um retorno sincero ao bem.

O Espírito é assim sempre o árbitro de seu próprio destino; pode prolongar seus sofrimentos pela persistência no mal, aliviá-los ou abreviá-los por seus esforços para fazer o bem.

Uma condenação por um tempo determinado qualquer teria o duplo inconveniente: o de continuar a atingir o Espírito que se tivesse melhorado, ou de cessar quando ele ainda estivesse no mal. Deus, que é justo, pune o mal enquanto ele existe; cessa de punir quando o mal não existe mais *; ou, sendo o mal moral, por si mesmo, uma causa de sofrimento, o sofrimento dura enquanto o mal subsistir; sua intensidade diminui à medida que o mal perde força.

 14º Estando a duração do castigo subordinada à melhoria, daí resulta que o Espírito culpado que jamais se melhorasse sofreria sempre, e, para ele, a pena seria eterna.

15º Uma condição inerente à inferioridade dos Espíritos é não ver o termo de sua situação e crer que sofrerão sempre. É para eles um castigo que lhes parece dever ser eterno. **

 16º O arrependimento é o primeiro passo para o aperfeiçoamento; mas sozinho não basta, é preciso ainda a expiação e a reparação.

Arrependimento, expiação e reparação são as três condições necessárias para apagar os traços de uma falta e suas consequências.

O arrependimento suaviza as dores da expiação, dando esperança e preparando as vias da reabilitação; mas somente a reparação pode anular o efeito, destruindo a causa; o perdão seria uma graça e não uma anulação.

 17º O arrependimento pode ocorrer em todo lugar e a qualquer tempo; se for tardio, o culpado sofre por mais longo tempo.

A expiação consiste nos sofrimentos físicos e morais, que são a consequência da falta cometida, seja desde a vida presente, seja, após a morte, na vida espiritual, seja numa nova existência corpórea, até que os traços da falta sejam apagados.

A reparação consiste em fazer bem àquele a quem se fez mal. Quem não repara suas faltas nesta vida, por impotência ou má vontade, encontrar-se-á, numa existência ulterior, em contato com as mesmas pessoas que tiveram queixas dele, e em condições escolhidas por ele mesmo, de maneira a poder provar-lhes sua dedicação, e fazer-lhes tanto bem quanto lhes fez mal.

Nem todas as faltas acarretam um prejuízo direto e efetivo; neste caso, a reparação se realiza: fazendo o que se devia fazer e que não se fez, cumprindo os deveres que foram negligenciados ou ignorados, as missões nas quais se falhou; praticando o bem contrário ao que se fez de mal: isto é, sendo humilde se foi orgulhoso, terno se foi duro, caridoso se foi egoísta, benevolente se foi malevolente, laborioso se foi preguiçoso, útil se foi inútil, temperante se foi dissoluto, um bom exemplo se deu mau exemplo, etc. É assim que o Espírito progride tirando proveito de seu passado. ***

 18º Os Espíritos imperfeitos são excluídos dos mundos felizes, cuja harmonia perturbariam; permanecem nos mundos inferiores, onde expiam suas faltas pelas tribulações da vida, e se purificam de suas imperfeições, até que mereçam encarnar-se nos mundos mais avançados moral e fisicamente.

Se pudéssemos conceber um lugar de castigo circunscrito, é nos mundos de expiação, pois é em volta desses mundos que pululam os Espíritos imperfeitos desencarnados, esperando uma nova existência que, permitindo-lhes reparar o mal que fizeram, ajudará em seu adiantamento.

 19º Tendo sempre o Espírito seu livre-arbítrio, seu melhoramento é por vezes lento, e sua obstinação no mal muito tenaz. Ele pode persistir anos e séculos; mas chega sempre um momento em que sua teimosia em enfrentar a justiça de Deus se dobra diante do sofrimento, e em que, apesar de sua soberba, reconhece o poder superior que o domina. Assim que se manifestam nele as primeiras luzes do arrependimento, Deus lhe faz entrever a esperança.

Nenhum Espírito está na condição de jamais aperfeiçoar-se; de outro modo, estaria destinado a uma eterna inferioridade, e escaparia à lei do progresso que rege providencialmente todas as criaturas.

 20º Sejam quais forem a inferioridade e a perversidade dos Espíritos, Deus nunca os abandona. Todos têm seu anjo guardião que vela por eles, espiaos movimentos de sua alma e esforça-se para suscitar neles bons pensamentos, o desejo de progredir e de reparar, numa nova existência, o mal que fizeram. Contudo o guia protetor age quase sempre de maneira oculta, sem exercer nenhuma pressão. O Espírito deve aperfeiçoar-se pelo fato de sua própria vontade, e não em decorrência de qualquer coerção. Ele age bem ou mal em virtude de seu livre-arbítrio, mas sem ser fatalmente impelido num sentido ou noutro. Se age mal, sofre as consequências do mal enquanto persistir no mau caminho; desde que dá um passo para o bem, sente imediatamente os efeitos.

 

Observação. – Seria um erro crer que em virtude da lei do progresso, a certeza de chegar cedo ou tarde à perfeição e à bem aventurança pode ser um encorajamento a perseverar no mal, sob a condição de se arrepender mais tarde: primeiro, porque o Espírito inferior não vê o termo de sua situação; em segundo lugar, porque o Espírito, sendo o artífice de sua própria desgraça, acaba por compreender que depende dele fazê-la cessar, e que quanto mais tempo persistir no mal, por mais tempo será desgraçado; que seu sofrimento durará para sempre se ele mesmo não lhe puser fim. Seria portanto de sua parte um cálculo errado, e ele seria o primeiro enganado. Se, ao contrário, segundo o dogma das penas irremissíveis, toda esperança lhe está vedada para sempre, ele não tem nenhum interesse em voltar ao bem, que não lhe traz proveito.

Diante desta lei cai igualmente a objeção tirada da presciência divina. Deus, criando uma alma, sabe efetivamente se, em virtude de seu livre-arbítrio, ela tomará o bom ou o mau caminho; sabe que ela será punida se agir mal; mas sabe também que esse castigo temporário é um meio de lhe fazer compreender seu erro e de fazê-la entrar no bom caminho, ao qual ela chegará cedo ou arde. Segundo a doutrina das penas eternas, Ele sabe que ela falhará, e está de antemão condenada a torturas sem fim.

 21º Cada um é responsável apenas por suas faltas pessoais; ninguém carrega a pena das faltas de outrem, a menos que tenha dado lugar a tal, seja provocando-as por seu exemplo, seja não as impedindo quando tinha esse poder. É assim, por exemplo, que o suicida é sempre punido; mas aquele que, por sua dureza, impele um indivíduo ao desespero e daí a destruir-se, sofre uma pena ainda maior.

 22º Embora a diversidade das punições seja infinita, há aquelas que são inerentes à inferioridade dos Espíritos, e cujas consequências, exceto as nuances, são quase idênticas.

A punição mais imediata, sobretudo para os que se apegaram à vida material negligenciando o progresso espiritual, consiste na lentidão da separação da alma e do corpo, nas angústias que acompanham a morte e o despertar na outra vida, na duração da perturbação que pode durar meses e anos. Para aqueles, ao contrário, cuja consciência é pura, que, durante a vida se identificaram com a vida espiritual e se desprenderam das coisas materiais, a separação é rápida, sem abalos, o despertar pacífico e a perturbação quase inexistente.

 23º Um fenômeno, muito frequente nos Espíritos de alguma inferioridade moral, consiste em acreditar que ainda estão vivos, e essa ilusão pode prolongar-se durante anos, ao longo dos quais experimentam todas as necessidades, todos os tormentos e todas as perplexidades da vida.

 24º Para o criminoso, a visão incessante de suas vítimas e das circunstâncias do crime é um cruel suplício.

 25º Certos Espíritos estão mergulhados em espessas trevas; outros estão num isolamento absoluto no meio do espaço, atormentados pela ignorância de sua posição e de seu destino. Os mais culpados sofrem torturas tanto mais pungentes quanto não lhes veem o fim. Muitos são privados da visão dos seres que lhes são caros. Todos, geralmente, suportam com intensidade relativa os males, as dores e as necessidades que fizeram suportar aos outros, até que o arrependimento e o desejo de reparação venham trazer um alívio, fazendo entrever a possibilidade de pôr, por si mesmo, um fim a essa situação.

 26º É um suplício para o orgulhoso ver acima de si, na glória, rodeados e festejados, aqueles que ele desprezara na terra, ao passo que ele é relegado às últimas fileiras; para o hipócrita, ver-se penetrado pela luz que põe a nu seus mais secretos pensamentos, que todos podem ler: nenhum meio têm de se esconder e dissimular-se; para o sensual, ter todas as tentações, todos os desejos, sem poder satisfazê-los; para o avaro, ver seu ouro dilapidado e não poder retê-lo; para o egoísta, ser abandonado por todos e sofrer tudo o que outros sofreram por sua causa: terá sede, e ninguém lhe dará de beber; terá fome, e ninguém lhe dará de comer; nenhuma mão amiga vem apertar a sua, nenhuma voz compassiva o vem consolar; não pensou senão em si próprio durante a vida, ninguém pensa nele nem o lastima depois da morte.

 27º O meio de evitar ou atenuar as consequências de seus defeitos na vida futura é desfazer-se deles o máximo possível na vida presente; é reparar o mal, para não ter de repará-lo mais tarde de maneira horrível. Quanto mais se demora a se desfazer dos defeitos, mais as consequências são penosas e mais a reparação que se deve realizar é rigorosa.

 28º A situação do Espírito, desde sua entrada na vida espiritual, é a que ele preparou pela vida corporal. Mais tarde, outra encarnação lhe é dada para a expiação e a reparação por novas provas; mas ele as aproveita mais ou menos em virtude de seu livre-arbítrio; se não aproveita, é uma tarefa a recomeçar cada vez em condições mais penosas: de modo que aquele que sofre muito na terra pode dizer que tinha muito que expiar; aqueles que gozam de uma felicidade aparente, apesar de seus vícios e sua inutilidade, estejam certos de pagá-lo muito caro numa existência ulterior. É neste sentido que Jesus disse: “Bem aventurados os aflitos, pois eles serão consolados.” (Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V.)

29º A misericórdia de Deus é infinita, sem dúvida, mas não é cega. O culpado que ele perdoa não é exonerado, e enquanto não satisfez a justiça sofre as consequências de suas faltas. Por misericórdia infinita, é preciso entender que Deus não é inexorável, e que deixa sempre aberta a porta do retorno ao bem.

 30º Sendo as penas temporárias e subordinadas ao arrependimento e à reparação, que dependem da livre vontade do homem, são ao mesmo tempo castigos e remédios que devem ajudar a curar as feridas do mal. Os Espíritos em punição são, portanto, não como condenados às galés por tempo, mas como doentes no hospital, que sofrem da doença que quase sempre é culpa deles, e dos meios curativos dolorosos de que ela necessita, mas que têm esperança de sarar, e que saram tanto mais depressa se seguirem mais exatamente as prescrições do médico que vela por eles com solicitude. Se prolongam seus sofrimentos por falta sua, o médico nada tem com isso.

 31º Às penas que o Espírito suporta na vida espiritual vêm juntar-se as da vida corporal, que são a consequência das imperfeições do homem, de suas paixões, do mau emprego de suas faculdades, e a expiação de suas faltas presentes e passadas. É na vida corporal que o Espírito repara o mal das existências anteriores, que põe em prática as resoluções tomadas na vida espiritual. Assim se explicam essas misérias e essas vicissitudes que, ao primeiro olhar, parecem não ter razão de ser, e são absolutamente justas pois são a quitação do passado e servem ao nosso adiantamento. ****

 32º Deus, diz-se, não provaria um amor maior por suas criaturas se as tivesse criado infalíveis e, por conseguinte, isentas das vicissitudes vinculadas à imperfeição?

 Teria sido preciso, para isso, que criasse seres perfeitos, nada tendo de adquirir, nem em conhecimento, nem em moralidade. Sem dúvida nenhuma, ele podia; se não o fez, é que, na sua sabedoria, quis que o progresso fosse a lei geral.

Os homens são imperfeitos, e, como tal, sujeitos a vicissitudes mais ou menos penosas; é um fato que é preciso aceitar, visto que existe. Inferir daí que Deus não é bom nem justo seria uma revolta contra ele.

Haveria injustiça se ele tivesse criado seres privilegiados, uns mais favorecidos que outros, gozando sem trabalho da felicidade que outros só atingem com dificuldade, ou nunca podem atingir. Mas onde sua justiça brilha é na igualdade absoluta que preside à criação de todos os Espíritos; todos têm um mesmo ponto de partida; nenhum que seja, na formação, mais bem dotado que os outros; nenhum cuja marcha ascensional seja facilitada por exceção: os que chegaram ao objetivo passaram, como os outros, pela sucessão das provas e da inferioridade.

 Admitido isto, o que há de mais justo do que a liberdade de ação deixada a cada um? A estrada da felicidade está aberta a todos; o objetivo é o mesmo para todos; as condições para atingi-lo são as mesmas para todos; a lei gravada em todas as consciências é ensinada a todos. Deus fez da felicidade o prêmio do trabalho, e não do favor, a fim de que cada um tivesse seu mérito; cada um é livre de trabalhar ou de não fazer nada para seu adiantamento; aquele que trabalha muito e depressa é recompensado por isso mais cedo; aquele que se desvia do caminho ou perde tempo retarda a chegada, e só pode acusar a si mesmo. O bem e o mal são voluntários e facultativos; o homem, sendo livre, não é fatalmente impelido nem para um, nem para outro.

 33º Apesar da diversidade dos gêneros e dos graus de sofrimento dos Espíritos imperfeitos, o código penal da vida futura pode resumir-se nestes três princípios:

O sofrimento está vinculado à imperfeição.

Toda imperfeição, e toda falta que dela decorre, traz consigo seu próprio castigo, por suas consequências naturais e inevitáveis, como a doença é decorrente dos excessos, o tédio da ociosidade, sem que haja necessidade de uma condenação especial para cada falta e cada indivíduo.

Todo homem, podendo desfazer-se das imperfeições pelo efeito de sua vontade, pode poupar a si mesmo os males que delas decorrem, e assegurar sua felicidade futura.

Tal é a lei da justiça divina: a cada um segundo suas obras, no céu como na terra.

 

 

 

 

O ACASO NÃO EXISTE

Nos questionamos do porquê de estarmos a passar por determinadas situações que absolutamente fogem ao nosso controle e poder de solução imediata. Diante desses acontecimentos que geram instabilidade emocional, há de se perguntar: porque e para que estou a passar por isso: como enfrentar uma situação difícil? Como enfrentar conflitos que nos levam ao teste quando da veracidade daquilo que nós pregamos e acreditamos como princípios filosóficos de conduta moral e ética?
O ser humano tem o poder de discernimento, do livre-arbítrio, da escolha entre o que deve e o que não deve fazer, o caminho que poderá trilhar e o caminho que não deverá trilhar.
Levando-se em consideração a lei de causa e efeito, que para toda ação há uma reação correspondente, é preciso averiguar com mais clareza e nitidez a responsabilidade do próprio livre-arbítrio.
No impulso não se analisa, apenas se reage. Na ação refletida não se reage, mas sim age. A reação tem conotação emocional. Quanto mais predomine no ser a razão, direcionando-a à conduta moral, menor probabilidade de desacerto no seu próprio caminhar.
A emoção leva-nos a atitudes impulsivas, tempestivas, desconectadas de uma profunda reflexão que a própria ação requer para ser proativa e eficaz; a clareza do que se deve ou não fazer é inerente ao grau de maturidade individual já conquistado. O entrechoque entre os desejos necessidades e expectativas, leva o ser a reações abruptas. Todas as vezes que a tecla do interesse pessoal vir à tona significa ainda impregnação de tudo o que é material na vida do ser humano. Se todas as ações estiverem relacionadas diretamente ao interesse pessoal, este ser é prisioneiro do seu próprio ego. Quantas vezes refletimos: devo ou não fazer tal atitude, devo ou não seguir tal caminho? Reflita. Coloque-se no lugar do outro e você compreenderá se deverá ou não fazer.
Se o caminho é livre para a escolha individual de cada um, a responsabilidade por essa mesma escolha está diretamente relacionada a sua capacidade ou não de discernimento. A responsabilidade individual é intransferível; cada um colha o que planta. A semeadura é livre, e a qualidade da semente é livre, individual para cada um. Preferível seria analisar-se um pouco mais, com um pouco mais de profundidade, resistindo às compulsividades tão naturais na vida do cotidiano atual. O homem inteligente é aquele que aprende a distinguir o que convém daquilo que não lhe convém. Usar a inteligência significa você usar a razão acima do interesse pessoal o que não é tarefa nada fácil para aqueles que vivem na modernidade atual. Razão e emoção precisam andar de mãos dadas, caso contrário o homem ainda será prisioneiro de si próprio, aprisionando-se aos seus desejos, seus interesses, expectativas imediatistas. Na dúvida abstenha-te de tomar uma decisão. Só tome uma decisão com a devida absoluta certeza que a decisão requer e lembrando-se de que para cada decisão há a responsabilidade correspondente.
Estás preparado para assumir a responsabilidade de tal decisão, então siga adiante; se não estiver preparado, acautela-te, porque não há maturidade suficiente para opinar ou decidir quanto ao melhor caminho a ser trilhado. O homem não dá saltos incomensuráveis; é um passo seguindo-se de outro passo. No cômputo geral do trilhar individual de cada um, as lições aprendidas são indiscutíveis neste processo de aquisição da maturidade, da sabedoria que lhe é tão imprescindível à conquista evolutiva. A luta do interesse pessoal para o cumprimento do dever é algo que acompanha a humanidade há séculos. Todas as vezes que o interesse pessoal ferir o cumprimento do dever o conflito se instala.
Sendo assim, trava-se no campo mental uma batalha invisível, mas de uma dor moral incontestável. O que deve ser feito e o que não deve ser feito do ponto de vista moral e ético. Jesus resumiu toda a sabedoria em "faça ao próximo o que gostaria que o próximo lhe fizesse", perfeito ensinamento para todos aqueles que se veem em conflito sobre qual caminho a percorrer.
(Mensagem ditada pelo espírito Luis Carlos, através do médium Karla Júlia, no Livro Esperança).

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 "O aprendizado adquirido deverá ser transformado em obras; não basta simplesmente acumular conhecimentos se as aquisições dos conhecimentos não transformam o ser humano numa criatura melhor" (Mensagem ditada por Luis Carlos/Karla/Livro: Esperança).

Para nossa reflexão!
Sempre é possível sair da zona da estagnação e utilizar o conhecimento a nosso favor!








 “Pai, perdoa-lhes, pois eles não sabem o que fazem” (Lucas 23.34).

Será que ele vive em nossos corações?
Nós compreendemos os seus ensinamentos?
Sentimos ele vivo em nossos corações?
O amamos verdadeiramente?
JESUS É A LUZ DO MUNDO! Com ele, só através dele, amaremos a Deus e ao próximo como a nós mesmos.
FELIZ PÁSCOA aos queridos amigos.