quinta-feira, 1 de abril de 2021

 O ACASO NÃO EXISTE

Nos questionamos do porquê de estarmos a passar por determinadas situações que absolutamente fogem ao nosso controle e poder de solução imediata. Diante desses acontecimentos que geram instabilidade emocional, há de se perguntar: porque e para que estou a passar por isso: como enfrentar uma situação difícil? Como enfrentar conflitos que nos levam ao teste quando da veracidade daquilo que nós pregamos e acreditamos como princípios filosóficos de conduta moral e ética?
O ser humano tem o poder de discernimento, do livre-arbítrio, da escolha entre o que deve e o que não deve fazer, o caminho que poderá trilhar e o caminho que não deverá trilhar.
Levando-se em consideração a lei de causa e efeito, que para toda ação há uma reação correspondente, é preciso averiguar com mais clareza e nitidez a responsabilidade do próprio livre-arbítrio.
No impulso não se analisa, apenas se reage. Na ação refletida não se reage, mas sim age. A reação tem conotação emocional. Quanto mais predomine no ser a razão, direcionando-a à conduta moral, menor probabilidade de desacerto no seu próprio caminhar.
A emoção leva-nos a atitudes impulsivas, tempestivas, desconectadas de uma profunda reflexão que a própria ação requer para ser proativa e eficaz; a clareza do que se deve ou não fazer é inerente ao grau de maturidade individual já conquistado. O entrechoque entre os desejos necessidades e expectativas, leva o ser a reações abruptas. Todas as vezes que a tecla do interesse pessoal vir à tona significa ainda impregnação de tudo o que é material na vida do ser humano. Se todas as ações estiverem relacionadas diretamente ao interesse pessoal, este ser é prisioneiro do seu próprio ego. Quantas vezes refletimos: devo ou não fazer tal atitude, devo ou não seguir tal caminho? Reflita. Coloque-se no lugar do outro e você compreenderá se deverá ou não fazer.
Se o caminho é livre para a escolha individual de cada um, a responsabilidade por essa mesma escolha está diretamente relacionada a sua capacidade ou não de discernimento. A responsabilidade individual é intransferível; cada um colha o que planta. A semeadura é livre, e a qualidade da semente é livre, individual para cada um. Preferível seria analisar-se um pouco mais, com um pouco mais de profundidade, resistindo às compulsividades tão naturais na vida do cotidiano atual. O homem inteligente é aquele que aprende a distinguir o que convém daquilo que não lhe convém. Usar a inteligência significa você usar a razão acima do interesse pessoal o que não é tarefa nada fácil para aqueles que vivem na modernidade atual. Razão e emoção precisam andar de mãos dadas, caso contrário o homem ainda será prisioneiro de si próprio, aprisionando-se aos seus desejos, seus interesses, expectativas imediatistas. Na dúvida abstenha-te de tomar uma decisão. Só tome uma decisão com a devida absoluta certeza que a decisão requer e lembrando-se de que para cada decisão há a responsabilidade correspondente.
Estás preparado para assumir a responsabilidade de tal decisão, então siga adiante; se não estiver preparado, acautela-te, porque não há maturidade suficiente para opinar ou decidir quanto ao melhor caminho a ser trilhado. O homem não dá saltos incomensuráveis; é um passo seguindo-se de outro passo. No cômputo geral do trilhar individual de cada um, as lições aprendidas são indiscutíveis neste processo de aquisição da maturidade, da sabedoria que lhe é tão imprescindível à conquista evolutiva. A luta do interesse pessoal para o cumprimento do dever é algo que acompanha a humanidade há séculos. Todas as vezes que o interesse pessoal ferir o cumprimento do dever o conflito se instala.
Sendo assim, trava-se no campo mental uma batalha invisível, mas de uma dor moral incontestável. O que deve ser feito e o que não deve ser feito do ponto de vista moral e ético. Jesus resumiu toda a sabedoria em "faça ao próximo o que gostaria que o próximo lhe fizesse", perfeito ensinamento para todos aqueles que se veem em conflito sobre qual caminho a percorrer.
(Mensagem ditada pelo espírito Luis Carlos, através do médium Karla Júlia, no Livro Esperança).



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