segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Para além da prótese gratuita

"As próteses fornecidas no Brasil ainda são muito simples. O que o SUS oferece é o kit básico", avaliou Marco Aurélio Benedetti, professor de engenharia eletrônica e engenharia biomédica na Universidade Federal de Pernambuco

Da Redação



No Brasil, o poder público concede próteses ortopédicas gratuitamente por meio do SUS. Serviço que é fundamental para a reabilitação de milhares de brasileiros, mas que tem deficiências. As lacunas vão da abrangência geográfica da oferta do serviço, não raro restrita à capital, à restrição de modelos de próteses concedidas. As de mãos, mais complexas que as de membros inferiores, são as que mais deixam a desejar. "As próteses fornecidas no Brasil ainda são muito simples. O que o SUS oferece é o kit básico", avaliou Marco Aurélio Benedetti, professor de engenharia eletrônica e engenharia biomédica na Universidade Federal de Pernambuco. "Não existe um ser humano igual ao outro nem uma amputação igual à outra. O SUS tem uma tabela com preços fechados e se o paciente precisa de um componente de melhor qualidade, o SUS não paga por aquilo. As empresas que fornecem para o governo não vão colocar o melhor, vão colocar o básico por causa do valor pago", afirmou o presidente da Associação Brasileira de Ortopedia Técnica (Abotec), Henrique Grego Maia. "Próteses bioelétricas para membros superiores custam entre R$ 30 mil e R$ 250 mil. As de alto desempenho para membros inferiores amputados abaixo do joelho ficam entre R$ 30 mil e R$ 80 mil. A média do valor das próteses não é tão cara, a de membro inferior abaixo do joelho é de R$ 10 mil. Mas o SUS não contempla esse tipo de prótese", afirmou Henrique Grego. Segundo o Ministério da Saúde, a inclusão de novas tecnologias passa por análise da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS e leva em consideração "evidências científicas sobre a eficácia, a acurácia, a efetividade e a segurança" do produto e "a avaliação econômica comparativa dos benefícios e dos custos em relação às tecnologias já incorporadas". Henrique
ressalta que a qualidade da prótese interfere até na adaptação do paciente ao novo membro. Para ele, sem uma prótese adequada, não há reabilitação completa. No interior, (quase) nada Quem mora em Pernambuco e depende da rede pública de saúde para conseguir uma prótese ortopédica inevitavelmente tem que passar pelo Recife. Hoje, a concessão de membros artificiais é feita, basicamente, pela Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), pelo Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip) e pelo Hospital Getulio Vargas (HGV). Contraditoriamente, já em 2009 um levantamento epidemiológico de pessoas com deficiências feito pelo Instituto de Apoio à Universidade de Pernambuco apontava que apenas 32,8% dos deficientes físicos moravam no Recife e nos 16 municípios mais próximos à capital. Já naquela época, cinco anos atrás, se evidenciava a necessidade de expandir o serviço rumo ao interior do estado. "A gente tem uma concessão de órteses e próteses até significativa. É pouco ainda para a demanda que a gente tem, obviamente. Está muito concentrado ainda na Região Metropolitana do Recife, mas estamos trabalhando para descentralizar", disse a coordenadora de Atenção à Saúde da Pessoa com Deficiência da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, Arabela Veloso, lembrando que antes de 2010 o Imip não estava na lista de unidades concessoras. Um novo serviço começou a funcionar em Arcoverde, mas ainda em pequena escala. No ano de 2012, última estatística disponível na Secretaria Estadual de Saúde, 876 próteses ortopédicas foram concedidas em Pernambuco, a maioria, 543, pela AACD. Em seguida, vieram o Imip (203) e o HGV (130). Nas três unidades, o paciente passa por um trabalho de reabilitação antes e depois de receber a prótese. Segundo informações repassadas pelas três unidades de atendimento, o tempo médio para recebimento de uma prótese ortopédica é de um mês a um mês e meio.

Fonte Diário de PE

In addition to the free prosthesis "The prostheses provided in Brazil are still very simple. What the NHS offers is the basic kit, "he said Marco Aurelio Benedetti, professor of electrical engineering and biomedical engineering at the Federal University of Pernambuco Of Writing In Brazil, the government grants orthopedic prostheses free of charge through the NHS. Service that is critical to the rehabilitation of thousands of Brazilians, but it has shortcomings. Gaps ranging geographical coverage of the service offering, often restricted to the capital, the restriction of models prostheses granted. The hand, more complex than those of the lower limbs, are the most fall short. "The prostheses provided in Brazil are still very simple. What the NHS offers is the basic kit, "he said Marco Aurelio Benedetti, professor of electrical engineering and biomedical engineering at the Federal University of Pernambuco. "A human being alike or an amputation like the other exists. The SUS has a table with closed price and if the patient needs a component of better quality, the NHS does not pay for it. Companies that provide for the government will not put the best, will put the basics because of the amount paid, "said the president of the Brazilian Association of Technical Orthopedics (Abotec), Henrique Maia Greek. "Bioelectric Prosthetic Devices cost between £ 30 000 and £ 250 000. The high performance for lower limb amputees below the knee are between £ 30 000 and £ 80 000. The average value of the prosthesis is not as expensive, the lower limb below the knee is $ 10 000. But the NHS does not cover this type of prosthesis, "said Henrique Greek. According to the Ministry of Health, the inclusion of new technologies involves analysis of the National Committee for Incorporation of Technologies in SUS and considers "scientific evidence on the effectiveness, accuracy, effectiveness and safety" of the product and "the economic evaluation comparative benefits and costs in relation to the technologies already incorporated. "Henrique

highlights that the quality of the prosthesis to interfere in the patient's adaptation to the new member. For him, without adequate prosthesis, there is no complete rehabilitation. Inside, (almost) anything Who lives in Pernambuco and depends on the public health system to achieve an orthopedic prosthesis inevitably have to pass through the reef. Today, the provision of artificial limbs is made basically by the Association for Assistance to Disabled Children (AACD), the Instituto de Medicina Integral Integral Professor Fernando Figueira (Imip) and the Getulio Vargas Hospital (HGV). Paradoxically, in 2009 an epidemiological survey of persons with disabilities by the Institute to Support University of Pernambuco indicated that only 32.8% of disabled people living in Recife and in the 16 municipalities closest to the capital. Even then, five years ago, it highlighted the need to expand the service towards the interior of the state. "We have a concession of orthoses and prostheses to significant. It is still little demand for what we have, obviously. Is still very concentrated in the Metropolitan Region of Recife, but we are working to decentralize, "said the coordinator of the Care of Persons with Disabilities of the State Health Department of Pernambuco, Arabella Veloso Health, noting that before 2010 the Imip was not on the list concessoras units. A new service began operating in Arcoverde, but still on a small scale. In the year 2012, latest statistics available from the State Health Department, 876 orthopedic prostheses were granted in Pernambuco, the majority, 543, the AACD. Then came the Imip (203) and HGV (130). In three units, the patient undergoes a rehabilitation work before and after receiving the prosthesis. According to information passed on by the three service units, the average time to receipt of an orthopedic prosthesis is a month to a month and a half.





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