quarta-feira, 9 de maio de 2018

A CARÊNCIA MAIS AFASTA DO QUE APROXIMA •
A carência, como você deve saber, é aquele sentimento incômodo que muitas pessoas carregam, percebida como um tipo de buraco. Uma fome de afeto, atenção, amor, entre outras necessidades, que pode ser bem dolorida. Uma necessidade de ser valorizado, cuidado e tratado de forma especial. Uma exigência, muitas vezes inconsciente na expectativa de que os outros supram você de alguma forma. E o grande problema na carência, é que ele anula o entendimento e a aceitação do outro como um ser individual, que tem direito a escolhas, espaços e limites.
Uma pessoa carente sempre exige, mesmo que de forma disfarçada, que o outro lhe dê o que ela deseja. Não compreende que o outro tem o direito de dizer não. Tem o direito de não querer lhe dar algo. Tem o direito de não gostar de alguém. Quando alguém carente se aproxima das pessoas, essa aproximação quase nunca é descompromissada ou relaxada. Existe sempre uma tensão envolvida no processo. Por um lado, querem adequadamente, para garantir que serão aceitos. Mas por outro lado, aproximam-se na expectativa de sempre receber ao invés de doar.
Isso faz com que tenham comportamentos sufocantes e aprisionantes, pois sempre estão pedindo, cobrando e exigindo por algo, mesmo que suas palavras tentem expressar o contrário. Mas, por mais que tentem disfarçar suas intenções, o outro acaba pressentindo a real necessidade, e na maior parte das vezes, acaba se afastando. Isso faz com que a pessoa carente se sinta rejeitada, sua necessidade aumente e tente com ainda mais intensidade o que precisa, transformando esse processo em uma bola de neve sem fim.
Quando vamos com sede demais ao pote acabamos derrubando-o, e lá se vai nossa chance de beber seu conteúdo. As pessoas se afastam quando percebem alguém se aproximar na expectativa de ser suprido, como um náufrago desesperado em busca de algo a se agarrar. E a pessoa fica lá, sozinha no meio do oceano. Como uma brincadeira maldosa do destino, a pessoa acaba afastando cada vez mais a possibilidade de receber o que quer.
Claro que uma pessoa carente não faz isso por que queira ser má ou prejudicar alguém. Na verdade ela age baseada na falsa crença de que não consegue suprir a si mesma. Talvez venha de um lar onde não tenha se sentido amada ou querida. Talvez tenha até recebido amor, mas por algum motivo não tenha conseguido sentir que isso tenha acontecido. Por trás dessa atitude carente, sempre existe uma dor e uma ilusão que faz com que se sinta como uma criança ferida. Porém, é preciso entender que não são mais crianças que precisam de alguém para cuidar e proteger. São adultas o suficiente para cuidar delas próprias.
É preciso entrar no entendimento que, independentemente do que tenha acontecido, já é passado, e que todos possuímos uma força interior que é capaz de curar qualquer ferida. Conseguir se identificar com seu lado adulto, parando de esperar que a cura venha de fora ou das outras pessoas. Pegar essa criança ferida no colo, e dar-lhe todo o amor, atenção e carinho que ela precisa. Esse é o caminho para a transformação.
Em sintonia com o ser adulto que existe em você, sua fome será saciada por você próprio. E sua relação com as pessoas se transforma. Deixa de ser uma busca por alguém que supra suas necessidades infantis e passa a refletir o prazer e a alegria de uma troca genuína, e adulta, com outro ser humano. Essa mudança faz com que as pessoas parem de se afastar de você e passem a querer estar mais ao seu lado.
PERSONAL DEVELOPER (Especialista em Master Coaching, Psicanálise, PNL, Mind Control, Espiritualidade e Gestão de Comportamentos e Relacionamentos)
Desenvolvimento de novos pontos de vista, habilidades, recursos internos e comportamentos para o sucesso, o bem estar e a construção de relacionamentos mais produtivos e saudáveis.

Nenhum comentário:

Postar um comentário