sexta-feira, 18 de maio de 2018

A DOR SEMPRE ESTARÁ COM VOCÊ •

Todos nós passamos por situações, relacionamentos e momentos que nos fazem felizes, mas também passamos por momentos não tão agradáveis, que acabam por nos trazer tristezas, sofrimentos, decepções, mágoas e frustrações. Pessoas desaparecem de nossas vidas, nos traem, nos decepcionam, e por vezes o amor acaba. E passados os primeiros momentos, na insistência da dor que perturba nossos pensamentos, o que mais queremos saber é: O que podemos fazer para que essas lembranças parem de doer e incomodar?
A primeira ideia que vem em nossa mente é a de esquecer, no sentido mais literal da palavra. Porém, sinto dizer, mas isso não é possível. Prova disso é que, quanto mais alto gritamos que não queremos uma lembrança, mais ela irá aparecer em nossa mente sob a forma de pensamento circular. A dor pode não ser a mesma daquela causada no primeiro impacto em que a circunstância foi negativa, mas a memória continuará lá. Bem guardada em algum lugar da sua mente. A única opção que temos, para que ela não nos entristeça e não nos incomode mais, é aprendermos a conviver com ela, de forma que não nos cause mais tanta dor.
Em nossas mãos está o poder de darmos um novo valor a esse pensamento e integrá-lo em nossa história de vida sem que produza tanto sofrimento e, por vezes, raiva e indignação. Para isso, é necessário olhar para a dor de uma outra forma. De forma que dela seja extraída apenas as boas lembranças e os aprendizados que geram recursos internos para possíveis circunstâncias similares no futuro. Entendermos que ela passou a fazer parte de nós, e se nos esforçarmos para esquecê-la, mais ela aparecerá no foco da nossa consciência e mais poder ela terá para gerar emoções negativas. Tudo que um dia fez parte do seu "tempo", hoje faz parte de sua "história". Inevitavelmente!
Deixar de falar sobre alguma dor, não significa que você a esquecerá. Por mais que tentemos afastar de nossa mente aquilo que nos machuca, não conseguiremos fazer isso de forma efetiva e completa. Não dá pra esquecer totalmente uma lembrança. Uma memória. Seja ela feliz ou triste. Não falar da dor, nos fechar para conhecer novas pessoas e situações, não escrevermos para outra pessoa por guardarmos rancor ou não perdoarmos um dano que nos causaram, não é esquecer uma dor.
Manter pendentes ou recorrentes, as questões que nos prejudicam, não é esquecer. É evitar que se expressem de forma que possamos controlar seus efeitos. Infelizmente, elas ainda estarão lá. Estocá-las simplesmente, significa apenas guardá-las em um lugar muito pouco seguro, pois em qualquer momento do futuro, ao serem acionadas por diversos gatilhos possíveis que se encontram ao nosso redor, irão nos ferir novamente. Como apagar uma memória, é uma tarefa impossível, exceto em situações de amnésia, pois não temos uma tecla "DEL" em nossa mente, que envie para a lixeira tudo aquilo que é indesejado, o mais adequado é construirmos a prática em refletir sobre o real valor e importância dessa lembrança, sobre como queremos guardá-la, o que nela ainda continua a nos machucar, e por quê ela nos machuca.
Temos a oportunidade de trabalhar as experiências e circunstâncias, e não deixar que sejam elas que assumam o controle sobre nós. Somos mais do que lembranças e memórias. Somos nós quem damos sentido à tudo isso. Somos mais do que pensamentos, porque nós somos, definitivamente, quem lhes dá forma e poder. A partir do momento em que fazemos a leitura de uma situação e damos à ela um valor, a memória será construída. Sempre nos lembraremos de pessoas queridas e momentos especiais, do primeiro amor que tanto nos marcou ou de quando nos divertíamos com nossos amigos. Essas memórias sempre existirão da mesma forma que as ruins, porém, se reforçadas constantemente, passam a importar mais e terem mais poder sobre nossos estados mentais e emocionais.
Nos esforçarmos exaustivamente para esquecer, só produz um trabalho sem frutos e carregado de frustrações. Para manter as coisas boas e minimizar os efeitos emocionais do que nos machucou, é um processo que exige muita inteligência, tempo, paciência, disciplina e, principalmente, amor próprio. Mas nesse trabalho, ao contrário do feito para tentarmos apagar ou esquecer uma lembrança, sempre valerá a pena o esforço. Por outro lado, devemos entender que, se nos machuca, é porque aconteceu, sentimos, e estamos vivos. Com um recurso a mais para utilizarmos em nosso cotidiano. E isso já é um grande motivo para olharmos para nossas dores e darmos à elas um novo valor. Um novo lugar dentro de nós.
Tiramos a importância que demos às nossas dores em um determinado momento de nossas vidas, aceitando que elas não tem mais coerência e sentido em existirem no nosso momento atual, e as integramos de uma maneira nova em nossa história de vida! Porque é lá que elas devem permanecer. Em nossa história e não em nossa vida presente e futura! E nunca se esqueça: em momentos de dor, o abraço é o melhor remédio que existe para aliviar seus sintomas!
PERSONAL DEVELOPER (Especialista em Master Coaching, Psicanálise, PNL, Mind Control, Espiritualidade e Gestão de Comportamentos e Relacionamentos)
Desenvolvimento de novos pontos de vista, habilidades, recursos internos e comportamentos para o sucesso, o bem estar e a construção de relacionamentos mais produtivos e saudáveis.

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