sexta-feira, 18 de maio de 2018

QUANDO A COMPETIÇÃO VENCE O AMOR E A PARCERIA •

Tenho percebido uma enorme necessidade em estabelecermos relacionamentos e em não estarmos sozinhos, que deixamos de construir um pouco mais a inteligência, em vez ou outra, dar uma parada, fechar as portas para balanço e refletirmos um pouco mais sobre as relações que temos desenvolvido com as pessoas que escolhemos para estarem ao nosso lado. Penso que o mais importante é o não estar sozinho, colocando assim a questão da parceria e do amor em segundo plano.
E nessa de deixarmos o amor e a parceria de lado, corremos maiores riscos de entrar em uma competição e disputa pelo poder e pelo controle em muitos relacionamentos, principalmente, por esse desespero em nos imaginarmos abraçados pela solidão um dia. Ao invés de buscarem um parceiro, muitas pessoas passaram a buscar seres que poderiam controlar. Tem muita gente por aí, que mesmo sem perceber, acaba criando uma hierarquia no relacionamento, seja através do sexo, dos conhecimentos e experiências de vida ou do poder de argumentação nas discussões. Estar por cima, em muitas relações, passou a ser mais importante do que estar ao lado.
Algumas pessoas ainda insistem em "administrar" e "gerenciar" relações, do que apenas e simplesmente, viver e curtir relações. Relações que estão mais pra chefe e subordinado do que pra dois indivíduos que deveriam possuir os mesmos direitos e objetivos, e não percebem que, quando deixamos o ego se tornar autoritarismo e competição, e entramos na figura do "eu sou melhor e você é pior" ou "eu sou o sabe tudo e você não sabe nada", fatalmente nos perdemos em nossa existência. E tudo passa a importar muito menos do que apenas aquilo que traga algum tipo de controle, ganho e favorecimento.
Infelizmente, a maioria de nós cresce sendo ensinado a competir. De que a vida é um jogo e não dá mole pra gente fracote. De que tem que matar um leão por dia. Ser o melhor da classe, o vencedor da corrida e claro, sempre ganhar mais do que o outro. E sem perceber, acabamos, por um grande descuido diga-se de passagem, transferindo essa competição para os nossos relacionamentos. Porém, em uma relação afetiva, esse é um jogo onde ninguém ganha. Os dois perdem. A vitória é só uma sensação fútil e enganosa nesses casos.
Quando aceitamos nossa existência e entendemos que na vida não há ganhadores ou perdedores, mas apenas um monte de gente aprendendo um com o outro, como viver melhor e ser mais feliz, tudo se torna mais leve, saudável e criam-se espaços para o amor e a parceria entrarem em cena. É quando passamos, saudavelmente, a desejar e a vibrar pelo sucesso e pela felicidade do outro, tanto quanto desejamos as nossas próprias. Toda conquista, todo melhoramento e toda vitória que fortalece o outro, nos fortalece também, pois permitimos nos contagiar pelo bem estar e pela realização daquela pessoa que escolhemos, entre tantas no mundo, para seguir de mãos dadas com a gente.
Só assim a parceria é consolidada. E num mundo onde pode-se contar nos dedos em quem podemos confiar, seria de grande valia e conforto, sabermos que estamos dormindo ao lado de um parceiro e não de um adversário, onde a competitividade se apresenta disfarçada de amor. É como sempre menciono em grande parte de meus textos sobre relacionamentos interpessoais, independentemente de que tipo sejam. Preste muita atenção se suas relações são "mais de dois" ou "menos de dois". Esse é o mais importante sinal para você avaliar se elas estão sendo, realmente, saudáveis e produtivas pra tua vida e pra vida de quem está ao seu lado!
PERSONAL DEVELOPER (Especialista em Master Coaching, Psicanálise, PNL, Mind Control, Espiritualidade e Gestão de Comportamentos e Relacionamentos)

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