segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Tempos incertos e suas armadilhas

A complexidade do mundo atual, especialmente a do mundo dos negócios, é indiscutível. Novos concorrentes, novos clientes, novas tecnologias, novos meios, novos desafios surgem todos os dias. Tudo realmente muda o tempo todo e, por mais arrojados e bem-intencionados que sejamos, não fomos “programados”, como bons humanos que somos, para mudar na mesma velocidade. O que isso significa na prática? Que nós (ou pelo menos grande parte de nós) tendemos mais a temer o desconhecido do que a agir sobre ele.
  
Medo, angústia por precisar de respostas (para ontem) que ainda não nos ocorreram, paralisia e sensação de impotência são alguns dos sentimentos comumente vivenciados em tempos de incertezas.
Logo, quando mais precisamos ser ágeis e inovadores, a conta “produtividade + competitividade” não fecha. Acuados, produzimos menos e nos preocupamos mais. Ficamos tomados, inclusive, com o que nossa equipe pensa sobre as respostas que ainda não demos.
 
E quer saber? Muito provavelmente não daremos. Pelo menos não o faremos sozinhos. E é exatamente aí que mora o cerne da questão.
 
Os tempos em que sabíamos quais eram os próximos passos, em que tínhamos as respostas e que podíamos prever as movimentações seguintes provavelmente chegaram ao fim.
 
E isso nos coloca diante de uma questão tão humana quanto verdadeira: não somos super-heróis. Precisamos – mais do que nunca – uns dos outros para acharmos (ou cocriarmos) as respostas. A era do campeão solitário acabou. Na verdade, se pararmos para pensar, ela nunca existiu. Para brincar um pouco com essa ideia, gosto de lembrar que até mesmo o Super-Homem apelava para a Liga da Justiça quando a coisa ficava realmente “feia”.
 
Por isso, meu desejo de ano novo vai nessa linha: que todos nós possamos enxergar os super-heróis que existem em nossas equipes e em nossas organizações. E que em vez de cairmos nas armadilhas de nos preocuparmos em darmos as respostas, de sairmos na frente e nos destacarmos individualmente, que possamos arregaçar as mangas e nos colocarmos à disposição, como líderes que somos, para a cocriação das soluções – tenham elas o tamanho que tiverem.
Mesmo porque, meus amigos, a única certeza que temos é a de que hoje e daqui pra frente tudo – literalmente tudo – vai ser diferente. Feliz 2016!
 
Sofia Esteves
DMRH e Cia de Talentos

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