segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Veículo: BLOG DA FOLHA - PE

Tipo: Matéria

Data: 10/01/2016 12:08

Assunto: GOVERNADOR, SECRETARIA DE AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA, SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, SECRETARIA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO, CASA MILITAR



Sem obras, como minar o Aedes?

O surto de arboviroses - doenças provocadas pelo mosquito Aedes aegypti - tornou-se um dos maiores problemas de Saúde das últimas décadas. Além do sofrimento e danos à população, pode atingir, em cheio, o desempenho do governo Paulo Câmara, caso o Estado não consiga contê-lo. E um dos principais entraves para barrar o mosquito, principalmente no Interior, é a falta de abastecimento nos municípios. Sem água corrente, moradores estocam o líquido, facilitando a vida do Aedes.
Barreira que só poderá ser superada com a conclusão de obras hídricas. Com escassez de recursos no caixa estadual, Câmara vem adotado estratégias diversas para garantir recursos à conclusão desses projetos. As alternativas incluem a aprovação de uma lei para utilizar superávit da máquina estadual e a busca por linhas de financiamento diversas. Foi dessa forma que conseguiu destravar as obras de três adutoras: Pirangi (recursos do Banco Mundial), Sirigi (do Tesouro estadual) e Serro Azul (do Banco Interamericano de Desenvolvimento).
O uso de contrapartidas também será responsável pelo andamento de projetos, como a barragem de Panelas, Lagoa dos Gatos, Barra de Guabiraba e Brejão. "Estamos atuando em várias frentes para conseguir viabilizar as obras. Trabalhando com recursos do Tesouro e com linhas de financiamento. Graças a esse esforço, estamos conseguindo avançar com algumas benfeitorias", destacou o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Thiago Norões.
Em 2015, Paulo Câmara conseguiu autorização da Assembleia Legislativa para utilizar os superávits de órgãos públicos e estatais no financiamento e financiar benfeitorias e ações no combate à seca. A aprovação da lei é responsável pelo Estado conseguir acelerar obras que andavam em ritmo lento, desde o ano passado. O Palácio das Princesas culpa o atraso, pela falta de repasse de verbas federais.
Os convênios para a construção das barragens de Panelas, Lagoa dos Gatos e Barra do Gabiraba, por exemplo, não tiveram nenhum repasse do Palácio do Planalto em 2015. Apenas Igarapeba recebeu recursos. Uma esperança do governador é contar com a liberação das operações de crédito para financiar obras hídricas. O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, ficou de dar uma resposta ao gestor até o fim deste mês.
Caso a liberação do empréstimo seja aprovada, o Estado já possui obras na agulha, para correr atrás de financiamento. Além da construção de barragens, o governo solicitou, ainda, a perfuração de sete poços e a instalação de mais sete para atendimento emergencial no Interior.
Apesar das articulações, Thiago Norões admite que a construção das benfeitorias não é suficiente, e que o combate ao surto de arboviroses não será possível sem a contribuição da população. "Vamos conseguir melhorar muito o problema da água, mas não vamos resolver a necessidade de armazenamento em algumas regiões. Tomamos as medidas necessárias, mas ainda é preciso conscientizar a população do armazenamento correto de água", destacou.
Em uma frente específica, o governador Paulo Câmara estabeleceu 16 metas para o combate ao mosquito aedes aegypti em um monitoramento semanal da Secretaria estadual de Planejamento. As ações incluem a estruturação da rede de saúde a aquisição de equipamentos, a vigilância sanitária, a mobilização (incluindo ações de comunicação) e pesquisa. Dessas, 14 estão em andamento e duas foram concluídas - ação de conscientização nas escolas estaduais e ações de controle do vetor (mosquito) com o Comando Militar (capacitação dos militares).

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